29 - "EU NÃO VOU ME CASAR COM ELE!"

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Olhei ao redor e todos sorriam para mim. James pegou uma das alianças e segurou a minha mão, na intenção de coloca-la, mas a puxei.

— EU NÃO VOU ME CASAR COM ELE! – gritei.

Todos me olharam chocados.

A pressão subiu, minhas pernas falharam e eu vi o Christopher na porta me olhando boquiaberto.

— Eu não vou me casar com ele, eu amo outra pessoa – falei.

— Sim, ja sei – minha mãe fala – mas você não ficará com o filho da Alexandra e do Vitor.

— Ficarei! Pois ele me ama e eu o amo – olhei a caixa de alianças na mesa e peguei-as – isso tudo foi uma perda de tempo – as joguei no chão – e fiquem sabendo que…

O enjoo voltou e eu corri para o banheiro onde vomitei de novo. Vomitei pouco, pois minha barriga está vazia.

Lavei a minha boca e atendi o celular que tocou no instante.

— Alo? – respondo.

— Dulce? Sou eu, a medica com quem passou ontem.

— Ola doutora, aconteceu algo? – passei a mão nos lábios esperando uma resposta.

— Sim, você está grávida…

Eu paralizei. Grávida!!!

— Seu exame foi trocado com o de outra paciente e você está grávida de duas semanas, meus parabéns.

Desliguei a ligação trêmula. E caminhei até a saida.

— O que foi aquilo? – me pai para na minha frente e segura os meus braços brutalmente.

— Me solta, pai – digo de cabeça baixa para que ele não veja as minhas lágrimas.

— Você não vai se casar com um Uckermann – fala entre dentes a aperta mais meus pulsos.

— Está me machucando.

Senti meus braços serem puxados e Christopher se colocou em nosso meio emburrando o meu pai.

— Não toque nela.

— O que faz aqui moleque? – minha mãe  vem até nós.

Nesse momento percebi que todos nos olhavam mas não faziam nada. Jacque me abraçou e eu chorei em seu abraço.

— Não toque nela de novo – avisa apontando um dedo na cara dos meus pais.

Ele me olha e me puxa para os seus braços, onde esconde o meu rosto e caminha comigo em direção a porta, mas meu pai me puxa pelo braço e acerta um soco na cara do Christopher.

Ja sabendo que ele iria pra cima, eu o segurei e implorei para que ele não fizesse isso.

— Vamos embora – pedia entre lágrimas.

Ele puxa seu braço mas os seguranças do meu pai o pegam e o colocam pra fora.

— Pai, entenda, por favor – tentei pedir.

Ele caminha até mim querendo me bater, mas minha mãe se coloca no meio.

— Saia já daqui. Você é uma vergonha – ela cospe as palavras na minha cara – tenho nojo de você  – cospe na cara – tirem essa menina daqui.

Os seguranças me pegam pelo braço e me jogam lá fora, me fazendo cair no chão.

— Dulce!

Christopher vem até mim e me ajuda a levantar. Ele me coloca contra o seu peito e me abraça.

— Não chora, amor.

— Eu to… – tomei fôlego – grávida!

Digo.

— Vamos embora.

Disse, apenas.

E me levou em seus braços até o carro onde me ajudou entrar e depois entrou. Ele dirigia calmamente pelas ruas enquanto a chuva lavava o carro. Com o balanço e a canseira, acabei adormecendo.

Minha cabeça estava quente, meus pulsos vermelhos doiam, meus enjôo vinha com mais força e uma cabeça doia. Não via a hora de chegar em casa e tomar um remédio para descansar.

Quando abri meu olhos, já  estava deitada na cama. Christopher havia acabado de me colocar ali, mas eu despertei antes dele me deixar.

— Chris…– segurei o seu braço antes dele levantar – me desculpe, eu não…

— Não se culpe – diz contando minhas palavras – você não fez nada.

— Estou falando do bebê.

Ele beija a minha testa e se afasta.

Foi um mal momento para dar a notícia, e pior ainda para falar pra ele. Ele não quer ter esse filho. E eu não posso perder ele agora, só tenho ele. Não tenho mais familia.

— Toma – ele diz se sentando na cama com um copo de agua e uns remédios na mão.

Eu me sentei na cama e ele foi me dando os comrpimidos.

— Para dor de cabeça – me entregou um e eu bebi – e esses são para o seu enjoo – me entrega mais dois.

Eu tomei todos e lhe entrei o copo.

Agora que me toquei de que estamos na sua casa, mas por que não fomos pra minha?

— Por que não fomos para a minha casa?

— Seus pais iriam até lá – sorri de cantou – vai tomar um banho e coloca um roupa confortável pra descansar – toca a minha perna – você precisa.

Ele estava frio comigo. Podia sentir.

— Eu juro que não sabia de nada. Eu nunca iria imaginar isso.

— Esquece tudo – beija minha testa – toma um banho e descansa, eu ja volto.

Acaricia o meu rosto e sai.

Tinhamos com conversar, mas tenho medo de que tudo fique pior.

Caminhei até o banheiro onde me despi e olhei meu reflexo no espelho. Toquei minha barriga e deixei uma lágrima cair sobre a mesma.

Liguei o chuveiro e deixe a água quente acalmar o meu corpo e relaxar meus musculos. Acidentalmente, deixei molhar o meu cabelo,mas era bom deixar pouco da água cair sobre o meu couro.

Me assutei quando senti braços grossos me envolverem na cintura.

— Me assustou.

— Me desculpe – beija minha bochecha – vim te ajudar a se acalmar.

— Obrigada pelo o que fez – deito minha cabeça em seu peito.

— Nunhum homem, jamais a tocará de tal forma.

— Nunca vi meu pai assim.

— Fiquei feliz ao ver como agil pela gente. E o modo que foi corajosa ao enfrentar seus pais.

—Uma hora eu tinha que fazer isso.

— O que acha que vai acontecer?

— Prefiro não imaginar. Tenho medo do pior.

Ele me beija e me abraça carinhosamente. E isso fez-me sentir protegida.

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