41 - "Me desculpe por isso, meu amor. "

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 Na mesa de jantar, estava um clima muito pesado. Alexandra enjeria cada garfada com o certo desgosto em quanto me olhava. Meu pai comia calando enquanto olhava o prato. 

Christopher coloca sua mão sobre a minha querendo me mostrara que estava comigo. 

Não me sentia com esses olhares da Alexandra, ela me olhava com tanto nojo que comecei a me sentir constrangida. Estava com vontade de surtar, gritar naquela mesa, mais não poderia fazer isso. 

— A comida está ótima – Vitor diz levando mais um quantia a boca. 

— Sim, realmente muito boa – minha mãe completa bebendo um pouco do suco. 

— A carne está com muito tempero – comenta Alexandra empurrando um pedaço para o canto do prato. 

— Fui eu quem temperei a carne, mãe – Christopher fala com um pouco de raiva – e não adianta ficar com essa cara de nojo da comida, pois Dulce sabe cozinha muito bem e se dedicou ao máximo  na cozinha para recebe-los hoje. 

— Só disse que a Carne está com muito tempero para mim. 

— Não acho, – meu pai opina – eu não posso comer comida com muito tempero, e acho que a minha filha acertou na quantidade. 

— Fala isso por que é sua filha. 

— E você está fazendo ela se sentir mal só para que não se case com o seu filho. 

— Não quero uma qualquer com ele – adiciona – ele merece alguém que saiba cozinhar, limpar, cuidar de uma criança, que seja uma boa mãe e uma boa esposa. Pessoas da classe da sua filha não estão muito bem colocadas para acompanhar o meu filho. 

— O que quer dizer com isso? – Minha mãe se levantou apoiando as mãos sobre a mesa – está falando que a minha filha não é uma boa mãe, esposa, cozinheira e faxineira? Está dizendo que ela é uma imprestável? 

— Não disse isso. 

— Pois fique sabendo... Se quisesse uma boa cozinheira, faxineira e sei lá mais o que? Deveria ter coloca o seu filho para se casar com uma empregada. 

— Mais vale uma empregada do que uma Savinon. 

— Alexandra... – Vitor tento faze-la calar a boca. 

— Meu filho não é para casar, ele só quer mesmo uma idiota para transar, e eu aposto que a sua filha deu para ele assim que o viu. Assim como todas as outras vagabundas que ele... 

Alexandra se calou assim que a minha mãe lhe acertou com um tapa na cara. 

— A UNICA VAGABUNDA AQUI É VOCÊ!  – aponta o dedo na cara – devemos tocar no assunto do passado quando eu estava estudando para poder abrir a empresa que sempre sonhei e você como sempre sendo invejosa, abriu antes de mim e pagou para o Fernando terminar comigo e se juntar a você num sonho que era meu? 

Meu sangue começou a ferver, eu queria voar no pescoço dela, queria esmurar sua cara, tirar todos da minha casa e sumir com o meu marido e o meu filho, mais eu não ia cair bem para o Christopher. 

— Ele aceitaria se você não tivesse dado o golpe da barriga, assim com o a sua filha fez com o meu filho. 

Fechei os olhos contendo a raiva. A discussão entre as duas continuou e minha cabeça começou a latejar. peguei a garrafa de vinho que tinha na mesa, a puxei para mim e taquei na parede fazendo-a derramar todo o liquido no chão junto aos cacos de vidro. A atenção de todos veio para mim. 

Funguei o nariz e passei a mão no rosto para limpar as lagrimas que eu nem havia percebido que escorreu. 

— Eu estou cansada – me levantei – eu não quero saber se sou uma boa mãe, esposa, amante, aparento ser a pessoa perfeita ou não. Podem fazer o que quiserem, podem vir para cima de mim, pagarem para que alguém destrua nossa relação, para todos os juízes não casarem a gente. Mas eu vou ficar com o Christopher, eu o amo, quero ficar com ele, quero criar o nosso filho ao lado dele, vocês querendo isso ou não. Só chamamos vocês aqui para convidar ao nosso casamento, não para pedir benção ou coisa do tipo, pois não precisamos de nada de vocês – olhei para o Christopher sentado na cadeira com uma expressão seria – meu amor, me perdoe por isso – voltei a olhar todos na mesa – quero todos vocês fora da minha casa, fora da nossa vida. Não preciso de gente falando como sou ou como tenho que ser para o meu marido, somente ele vai poder me dizer isso. 

Respirei fundo e escutei o Miguel começar a chorar. Christopher se levantou, mas eu o impedi: 

— Pode deixar que eu pego ele – coloquei a mão no seu ombro – se eles forem apoiar a nossa união, os deixe ficar, mas se não forem, os acompanhe até a saída. 

Me retirei da mesa. Já sabia que Christopher iria explodir, mas seria bem pior do que eu. 

Entrei no quarto, peguei meu filho no colo e o balancei com o seu rosto perto do meu e seu copinho grudado ao meu peito. Deixei as lagrimas caírem para ver que a raiva que sentia no momento amenizava. 

— Me desculpe por isso, meu amor. 

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