34 -"...como descobriu o nosso endereço?"

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Se tem uma coisa que eu odeio mais do que mentira, é ele saber que eu estou falando com ele e se faz de surdo. 

— Foi ela? – voltei a perguntar.

— Foi – responde – ela me disse que a a empresa dos seus pais está a frente, e que tem outro no seu lugar que a dos meus pais está falindo pois não querem colocar outra pessoa, e eles me disseram que está tudo fora de controle. Eu preciso voltar. 

— Você é um escroto! 

Caminhei até a cozinha onde eu tirei as coisas da geladeira e joguei na pia, ele me seguiu 
Se tem uma coisa que eu odeio mais do que mentira, é ele saber que eu estou falando com ele e se faz de surdo. 

— Foi ela? – voltei a perguntar.

— Foi – responde – ela me disse que a a empresa dos seus pais está a frente, e que tem outro no seu lugar que a dos meus pais está falindo pois não querem colocar outra pessoa, e eles me disseram que está tudo fora de controle. Eu preciso voltar. 

— Você é um escroto! 

Caminhei até a cozinha onde eu tirei as coisas da geladeira e joguei na pia, ele me seguiu. Pegou-me brutalmente pelo braço e me fez encara-lo.

— Por que você nunca faz nada por mim? Eu mudei minha vida totalmente por sua causa e você não retribui nada.

— Como não? Eu amava viajar, amava a vida que tinha, mais mudei tudo quando fui atrás de você. Sabia que nesse momento eu poderia estar na Rússia?

— Eu estou me matabdo de trabalhar aqui, enquanto a minha empresa está abandonada lá, ja pensou nisso? Eu estou fazendo o impossível para de dar tudoe você não retribui. Eu fiz tudo na sua gravidez e em troca só pedi para você batizar o nosso filho de Lorenzo, mais nem isso você quiz fazer.

— Vai ficar jogando na minha cara? Pois eu nunca te pedi nada.

— Nunca foi necessário.

— Chega – puxa o braço – não quero mais discutir, vai trabalhar!

Ele suspira e sai. Cruzei os braços e me encostei na pia esperando ele sair de casa, uns segundos depois escuto a porta bater e eu suspiro.

Voltei para a sala onde puxei o carrinho do Miguel e fiquei o empurrando para frente e para trás.

O pior de tudo nas nossas discussões, é que ele sempre quer ter razão e fica jogando tudo o que fez para mim na minha cara, mas nunca posso falar do casamento que ele só fica falando para ir com calma e que agora não é o momento. A verdade é que ele não quer casar, só está comigo porque eu engravidei.

Não vou mais continuar nessa farsa, hoje mesmo ele vai voltar, mas vai sozinho, eu vou ficar com o meu filho ele querendo ou não, vai ser bem melhor se ele ficar com a secretaria dele e me deixar em paz.


Desliguei a televisão na intensão de ir para o quarto e me deitar um pouco com o Miguel, mas tive que atender a porta que alguém bateu. Chegando nela, a abriu e dei de cara com uma mulher de cabelos pretos na altura do busto, liso e com alguns cachos nas pontas, pele branca, olhos castanhos, saia social preta e uma camisa social azul bebe com um salto alto preto, uma bolsa na mão com um terninho no braço, quem seria?

— Pois não?

— Dulce? 

— Sou eu mesma  — digo ajeitando o meu filho no colo – por acaso eu te conheço? 

Ela sorri e olha para o meu filho que dormia em meus braços. 

— É o filho do Christopher? – passa a mão no rostinho dele – tem muitos traços dele. 

— Da pra falar quem é você e o que faz aqui? – afasto o meu filho dela –Como sabe quem sou e como conhece o meu marido?

— Sou a secretaria dele, e vim aqui para ve-lo e conversarmos um pouco. 

— Como sabia onde estávamos? E como descobriu o nosso endereço? 

— Ele conversa comigo todos os dias, me falou a um mês onde vocês estavam e me passou o endereço em caso de emergencia. 

— E teve alguma emergência para você vir até aqui? 

— Sim, a mãe dele está passando mal e como eu era a pessoa mais próxima dele na empresa ela me pediu uma ajuda para encontra-lo, parece que com a queda da empresa ela está tendo problemas. 

— Christopher tinha me dito que ela tem diabete emocional. 

— Isso. 

— Terei de conversar com o meu marido a respeito disso. 

— Por favor. 

Mordi o lábio e pensei em um modo de dizer a ele tudo isso, e aquela garota ainda me olhava e também olhava o meu filho enquanto sorria. 

— Perdeu alguma coisa? – pergunto.

— Não, desculpe – sorri para mim – é que seu filho é muito lindo, tem muitos traços do Christopher e é inevitável não falar que é filho dele. 

— Eu sei que meu marido é maravilho, lindo e gostoso, assim como o meu filho, mais são meus. 

— Desculpa – sorri amarga – ele não tinha me dito que tinha se casado, ele me disse que ainda não estava preparado para casar. 

— E por que você está se metendo nisso? 

— Ele me diz tudo, tudo o que acontece eu estou sabendo. 

— Que eu saiba você é só uma secretaria, e nunca foi algo a mais. 

— Eu não queria te incomodar, desculpe, mas e... 

— Cala a boca! – já estava me irritando essa falsidade toda dela –  Já me incomodou assim que tocou a campainha e tirou o meu momento com o meu filho, eme incomodou muito mais ao olhar pra sua cara. 

— Só, por favor, entregue o recado para ele.

— Já que é tão próxima a ele por que não mandou mensagem? Ele não tem o seu numero? 

— Eu não quero deixar ele nervoso,  é perigoso para o transito. Sem contar que queria conhecer vocês e ver ele também, mais já vou. 

— Isso, vai! 

Ela sorri tímida e sai. 



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Oppa, treta... é treta!!!

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