09 - "Me beija... Agora!"

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Mais tarde umas 22h ou 23h, eu estava arrumando algumas coisas na minha sala e antecipando o meu trabalho para poder viajar pois sei bem que quando chegar vou estar abarrotada.

Nessas horas só tinha eu naquele prédio, ficava com um pouco de medo, mais minha mãe havia me dito que trancou tudo e se certificou de que eu estava sozinha.

Me sentei na minha cadeira e fiquei olhando alguns empréstimos que o meu pai fez e não se lembra pra quem, na missão de hora era descobrir com quem estava esse dinheiro. Meu estomago roncou, eu tive minha última refeição no almoço à mais de cinco horas atrás. Me levantei e caminhei pelos corredores dos últimos andares. Dona Blanca havia apagado todas as luzes. Entrei no elevator e depois segui até a copa, por sorte havia chá, café, bolachas, na geladeira um pudim e uma banana, perfeito! Me sentei na mesa peguei meu café e tomei comendo as bolachas.

Meu celular vibrou com uma mensagen da Michele e eu li e ri. Ela estava contando que na boate de hoje conseguiu pegar um enquanto pensava no outro.

Depois de comer caminhei até o elevador novamente distraida olhando para o celular, entrei no mesmo e segui ate a minha sala. Ao entrar sinto alguém me agarrar e tapar a minha boca me impedindo de gritar.

Sou prensada na parede de costas para a tal pessoa. Ela funga meu pescoço me deixando completamente apavorada.

—Amo cheiro de morango com avelã – ele adivinhou o meu creme.

E me soltou eu me afastei pra trás da mesa trêmula. Olhei ele e corri ate o interruptor da minha sala e acendi a luz.

—Christopher? – congelei.

Seria ele? O que ele fazia na minha sala, como entrou? O que quer?

—Surpresa?

—O que quer na empresa dos meus pais?

—Nada, vim aqui para conversar – caminha de um lado para o outro da sala.

—Não temos nada para conversar.

—Temos sim.

—Acho que ja disse tudo hoje cedo quando joguei aquele suco em você e na vagabunda da sua namorada.

—Namorada? Nunca! E acertou, vamos falar sobre hoje cedo e sem o suco.

—Não temos nada a falar.

—Vamos conversar Savinón – se senta na minha cadeira e coloca os pés na minha mesa – começando pelo o motivo de ter jogado o suco em mim.

—Não – caminhei até a mesa – vamos começar por você tirando os pés da minha mesa – os empurrei – e depois você sai daqui e eu te mando um email respondendo tudo o que quiser me perguntar.

—Nada disso, sou do tipo de falar frente a frente.

—Não tenho nada pra falar com você, ja disse. Agora Tchau!

—Por quê ja quer me expulsar? Minha presença te encomoda?

—Muito, até demais.

Ele me olha, eu cruzei os meus braços e o encarei, ele me imita. Infantil. Vejo seu sorriso crescer somente para a direita e eu me assusto.

—Está com ciúmes? – fala.

—O que?  Não! – caminho até o centro da sala sem vontade de olhar pra ele.

—Está sim – sorri – esta escrito nos seu olhos Dulce.

—Não estou.

—Então por quê você jogou o suco em mim? E ficou de cara feia?

—Por que voce é um idiota e eu o odeio.

—Amor e ódio são os mesmo sentimento sabia?

—Pode sair da minha sala, por favor?

—Ok, esta certo — caminha até a porta.

Depois que a vejo ser fechada e o som toma conta dos meus ouvidos, dei as costas meio tensa e nervosa e caminhei pela sala roendo minha unha. Quando me deu conta estou prensada na parede de novo e ele me segurando.

—Não desisto fácil Dulce – fala próximo da minha boca.

—Christopher… me solta… – falei ofegante,como se tivesse corrido numa maratona ou feito físicos para jogadores profissionais.

—Por quê está nervosa Dulce? 

—Por nada... não, não estou nervosa.

—Gosta de mim não gosta?–funga meu pescoço.

Eu não consigo resistir, solto um longo suspiro e reviro os olhos. Como ele conseguia me tirar do meu estado normal. Minh cabeça é tomada por pensamentos pervertidos enquanto ele beija minha pele.

—Sabia que você é a única mulher que me deixa assim?

—Christopher,… eu… Christopher, eu – as palavras não saiam, ele crava os dedos no meu cabelo fazendo meu rosto se levantar e nossos olhares se encontrarem.

—Diga!

Como pode um homem assim conseguir me dominar?

Ele é... lindo!

Mais é meu oposto.

Mais ele me quer, e eu quero ele.

Ele quer todas.

Preciso dele.

Ele só vai me usar.

E se com isso conseguirmos unir nossos pais.

Eles nunca aceitariam.

Quem sou eu? O que ele está fazendo comigo? Beijando meu pescoço e mordendo minha orelha? Suas mãos segurando minha cintura contra o seu corpo.

Foda-se, eu quero ele.

—Me beija… Agora!

Ele sorri e me beija profundamente, eu retribui. Seu beijo era quente, lento, ágil,  malicioso, saboroso, e… do que estou falando? Nem sei, mais não quero que ele se afaste.

Mais ele se afastou com um tempo gargalhando:

—Minhas peguetes beijam muito melhor, só queria saber de gosta de mim mesmo, até amanhã Dulce  – sai.

Não acredito, como fui idiota! – soco a mesa irritada. Ele vai me pagar, não existe Uckermann no mundo que se mete com um Savinón e sai rindo, Guerra declarada!

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