Estávamos deitados e suados, com apenas um lençol cobrindo minhas costas e as pernas do Christopher. João Miguel em fim resolver nos dar um paz e dormiu a noite inteira por incrível que pareça.
— Você me enganou direitinho – digo o olhando na minha frente.
Estávamos deitados de lado, um de frente para o outro, ele com o braço apoiando a cabeça e eu com as mãos de baixo do travesseiro.
— Já estava na hora de fazer isso.
— Pensei que nunca iria querer se casar comigo.
— Pra mim casar é uma coisa muito besta, mas já que era o seu sonho desde quando me conheceu, achei melhor conceder.
Me aproximei dele e lhe dei um selinho.
— Obrigada.
— Não precisa me agradecer, eu faço de tudo para que vocês sejam felizes. Nunca vou deixar faltar algo para vocês.
— Você sempre se preocupou com isso, e eu nunca fiz o que você queria – digo sentindo um pouco de culpa.
E isso é verdade ele sempre fez de tudo para mim e o João Miguel, mas eu nunca consegui fazer nada para retribuir isso para ele.
— Pois é, mas o importante pra mim é a felicidade de vocês dois.
Ele sorri de canto e se vira ficando com a barriga para cima da e entrelaça os braços em cima do umbigo. Suspirou e fechou os olhos, talvez seja a minha vez de fazer algo por ele ou tentar fazer.
— Amor, – me sentei na cama cobrindo minhas nudez com o lençol que tinha sobre nos – ainda quer voltar para perto dos seus pais?
— Não precisa se preocupar comigo, quero que sejam felizes.
— Seremos felizes se você for feliz também.
Ele se vira pra mim e sorri.
— Você faria isso por mim? Deixaria tudo por aqui, enfrentaria os nossos pais de novo só para me deixar feliz?
— Claro que sim, é o minimo que posso fazer depois de tudo, sem contar que eles devem dar a benção ao nosso casamento.
Ele pula em cima de mim fazendo nós dois cairmos sobre a cama e me beija intensamente.
Valeria a pena arriscar um pouco por causa dele, não devo pensar somente em mim , mas também devo pensar nele e no nosso filho que já tem três meses e ainda não sabe quem são seus avôs. Mas sei que poderemos ser felizes de novo e termos a vida que sempre sonhei, so que agora com um bebê no meio.
De manhã, eu estava balançando o bebê que havia acabado de mamar e resolver dormir um pouco, enquanto arrumava algumas coisas na cama. Christopher caminho até mim, saindo do quarto e me deu um selinho.
— O que está fazendo? – fala olhando as roupas do meu lado.
— Arrumando a mala do João Miguel – respondo colocando mais umas roupas na sua bolsa – e você não vai fazer a sua?
— Já pretende ir hoje?
— Melhor né, antes que eu desista de tudo isso. Sem contar que seria o melhor momento.
— Calma, ainda tenho que pegar a demissão na empresa, tenho que vender esse apartamento e cancelar as contas.
— Só se demitir, já falei com a pediatra do bebê, o apartamento pode ficar aqui pois sempre que quisermos viajar já temos um lugar para ficar, o carro a gente deixa ai também, e se não gastarmos não teremos conta a pagar.
— Então só me resta a demissão?
— Sim, e já vi as passagens, te para daqui a 9 horas, vamos chegar de noite.
Ele me da um selinho seguido de outro, e outro, e outro. Pegou o celular e foi até a varanda levando-o ao ouvido, enquanto eu permaneci colocando as coisas na bolsa
Estávamos terminando de pegar as coisas para ir embora, o taxi já estava lá em baixo. João Miguel dormia no braço do pai enquanto eu pegava as demais malas e fechava a porta. Minha mão começou a tremer, não conseguia colocar a chave na porta para trancar estava muito nervosa.
— Quer ajuda? – me pergunta.
— Eu consigo – respondo fazendo mais força para encaixa-la, mas acabei errando e a chave quebra – Droga!
— Relaxa – ele tira a outra chave do bolso e me entrega – Quer mesmo fazer isso ?
Ele pergunta notando o quão nervosa eu estava, terminei de trancar a porta e coloquei a chave na bolsa enquanto o olhava com uma mirada baixa.
— Como assim?
— Sei que você não quer voltar, sei que só está fazendo isso por mim – segura no meu queixo, fazendo-me olha-lo – Não precisa se sacrificar tanto.
— Eu quero voltar, tenho que fazer isso – tiro sua mão do meu queixo e coloco a bolsa no chão – João Miguel já vai fazer quatro meses e ainda não conhece os avós, estamos fora a mais de um ano e está tudo abandonado, minha casa, a sua e as empresa, mas eu ainda não me sinto pronta para enfrentar os meus pais – jogo o cabelo pro lado – esqueceu como ela me tratou quando descobriu que eu tinha algo contigo? Imagina se eu for apresentar nosso bebê a ela.
— Eu não vou deixar fazerem mal a ele.
— Eles vão rejeitar o nosso filho, meus pais não aceitam o seu sangue nem os seus o meu.
— Mas o João Miguel é do sangue deles também, tem que conviver com isso.
— Eu só tenho medo do pior, mas se algum deses se atrever a mexer com o meu filho, eu quem vou para cima.
Ele ri com o meu comentário e revira os olhos.
— Não estará sozinha nisso.
Eu fico na ponta dos pés e lhe dou um selinho demorado.
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Proibido 🚫
FanfictionSavinón e Uckermann. Duas familias completamente opostas e ao mesmo tempo tão similares, ambas são conhecidas por ter uma empresa que na maioria dos anos entra na premiação como uma das mais sucedidas. Os pais de Dulce e Christopher os preparam des...