No outro dia. Acordei com o quarto totalmente escuro e o meu celular tocando. Minha mãe me ligava em plena 8h da manhã. Não atendi.
Desliguei a ligação e tirei o chip do celular.
Passei a mão pelo meu lado na procura do Christopher, mas não o encontrei. Onde será que ele tinha ido?
Toquei minha barriga e olhei para o lado de novo onde fechei os olhos e me acomodei. Talvez ele esteja preparando algo.
— Amor? – ele diz assim que entra no quarto.
Me virei o e encontrei usando uma calça jeans, polo branca e um tenis branco. Estava arrumado par alguma coisa.
— Bom dia – me fiz de manhosa e abracei as cobertas.
— Trouxe um presente – me entrega um envelope.
Eu estranhei, me sentei na cama e abri cuidadosamente. Ele mordiscava os lábios e observava.
— O que é isso? – pergunto tirando uns papéis de lá de dentro.
— Isso são passagens. Você e eu vamos sair desse pais e moraremos em outro lugar – se aproxima mais – resconstruiremos uma nova vida, você, eu – toca a minha barriga – e o nosso filho.
— Amor – sorrio emotiva e lhe dou um selinho – não sabe o quanto quero isso, mas não posso ir, minha familia.
— Sua familia fez tudo aquilo ontem. E pelo o que sei, é capaz de se juntar o seu pai com o me só pra nos destruir.
— Eu tenho medo.
— Não tenha – beija minha testa – vamos ser muiro felizes juntos. Prometo te dar tudo, nunca faltará nada a você nem ao nosso filho. Jamais deixarei vocês passar dificuldades ou preocupações.
— E o nosso trabalho?
— Tenho um dinheiro na conta. Acredito que dure uns meses e posso arrumar um por lá. Minha faculdade de administração, cuiso de contabilidade e finanças empresárias, não me deixaram desempregado por muito tempo.
Olhei novamente as passagens e me deu um aperto no coração.
— Coréia do Sul?
— Sim, nunca irão nos achar.
Me joguei na cama e pensei. Por um lado seria otimo para nos três, mas eu acho que não tenho coragem de deixar os meus pais depois de tudo.
— Teremos que embarcar em três horas.
Rolei na cama e fechei os meus olhos.
— Tá bom, vou me arrumar.
Ele sorri e me beija.
— Não irá se arrepender.
Sorri escondendo os dentes.
*
Na hora de arrumar as malas foi a pior parte. Enquanto ele só levava meia bagagem, eu selecionava algumas para preencher a outra metade. Eu tinha pouquíssimas peças na casa dele, mas mesmo assim ainda tinha que selecionar.
— Já? – volta ao quarto escovando os cabelo para trás.
— Ainda não.
— Só temos mais duas horas para embarcar.
— Eu não sei o que levar.
— Uma calça, duas camisas, um shorts,camisola e fois sapatos.
— Como vou sobreviver somente com isso?
— Vamos fazer compras quando chegarmos.
— Já pegou a necesserie?
— Ja, so falta você ir tomar café.
Fechei a mala e me levantei pra colocar a sapatilha.
— Certeza de que não vai passar frio com esse vestido?
Eu usava um vestido preto justo até metade das coxas e de manga longa.
— Não.
— Certo. Vamos comer para sairmos logo.
Passe um pouco de perfume e coloquei no guarda roupa de novo.
— Pronta?
Concordei e caminhei até a porta do quarto. Chegando até a sala eu corri para o banheiro e vomitei de novo. Christopher veio até mim e segurou os meus cabelos.
— Melhor tomar mais um remédio antes de sairmos – ele diz enrolando o meu cabelo nas mãos e me dando um pano.
— Sim – respondo.
Me levantei e lavei a minha boca.
*
Uns minutos mais tarde. Já estavamos no aeroporto esperando anúnciarem o nosso vôo.
Christopher olhava um jornal enquanto eu eatava deitada em seu ombro quase dormindo.
Me bateu uma incerteza dentro do meu peito que eu fiquei com medo de deixar tudo. Meu pai pode ter errado, mas era o meu pai e sempre esteve comigo, assim como minha mãe. Mamãe sempre foi minha melhor amiga na adolescência, sempre conversávamos sobre tudo e ela entendia o que se passava comigo só por um olhar e principalmente pela maneira que agia.
Não sei se tenho coragem de deixa-los.
— Por que esta chorando? – Christopher pergunta.
Nem eu havia percebido que estava chorando.
— Amor, me desculpa – me levantei e o olhei – mas você ficaria chateado comigo caso eu desista de ir embora com você? Não sei se tenho coragem de deixar os meus pais.
— Depois de tudo o que eles fizeram pra você?
— Mas são os meus pais. Imagina se fosse os seus.
Ele abaixa a cabeça.
— Faria o mesmo.
— Sei que não, seus pais nem sabem o que está acontecendo.
— Sabem, minha mãe viu uma foto nossa, ai brigamos e ela disse que iria estragar a nossa vida se não terminasemos.
— Como ela soube?
— Eu era muito apegado com a minha mãe, ela sempre cuidou de mim muito bem, era a minha rainha – penetra os olhos nos meus – nunca escondemos nada um do outro. E quando chegou na minha sala ontem, viu um monte de papéis e um envelope em cima, mas sem entiqueta e ela abriu, e quando ela jogou as fotos em cima da mesa eu vi que tinha um monte minha e sua se beijando e outras até mostram a aliança.
— Brigaram feio?
— Acho que você não percebeu, estava tão cansada ontem que nem notou – levantou um pouco a camisa.
Eu fiquei boquiaberta ao ver a mancha roxa em seu abdômen, acho que nem a mão dele tapava essa marca.
— Sim, brigamos, e ela jogou a cadeira em mim. Mas como é minha mãe, não tive coragem de ir pra cima dela, então eu simples mente segurei seu braço e pedi para ela nunca mais olhar nos meus olhos, e sai.
A historia dele era pior do que a minha. Ele deveria ser muito proximo.
Eu o abraço e ele beija a minha cabeça.
Nosso vôo foi anunciado e ele me olha confuso.
— Se não quiser ir pode ficar, eu não vou te obrigar a ir.
Eu pensei um pouco, mas eu o amo e quero construir uma familia com ele.
Peguei sua mão e coloquei na minha barriga, dizendo:
— Vamos contruir nossa família.
Ele sorri e beija a minha barriga.
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Proibido 🚫
FanfictionSavinón e Uckermann. Duas familias completamente opostas e ao mesmo tempo tão similares, ambas são conhecidas por ter uma empresa que na maioria dos anos entra na premiação como uma das mais sucedidas. Os pais de Dulce e Christopher os preparam des...