04 - "Quer Que Eu Chame a Polícia?"

1.1K 101 56
                                    

A proposta era tentadora, mais e depois disso? Como iria olha-lo? Isso não vai acontecer, esta querendo fazer comigo o mesmo que fez com a Michele e as outras meninas que vive na porta da empresa dele, estava decidida a não ser mais uma delas.

—Posso esperar o dia todo pela sua resposta – colocou a mão sobre a minha perna e moveu para frente e para trás fazendo uma carícia.

—Não é necessário – fui firme e tirei a mão dele da minha perna – já tomei a minha decisão.

—E qual é?

—Decidi que agora mesmo, meu nojo e ódio por você aumento, não suporto que homens do seu tipo esteja do meu lado, tenho vontade de sair daqui e tomar um longo banho com vinagre para tirar essas bactérias que você deixou em mim.

—Nossa – se afasta – ficou brava do nada.

—Não Boa, sai daqui!

—Mais um pouco e você já estava indo comigo, faltou tempo, não é?

—Não,  e quer saber? – ele me olhou – perdi a fome – me levantei pegando a bolsa.

Estava quase cruzando a porta do restaurante mais ele me puxou fazendo bater meus seios com o seu peitoral e olhei seu rosto, ele apertava meu pulso mordia os lábios fortemente enquanto olhava meu decote.

—Se não aceitou a minha proposta por que me provoca? – sussurrou.

—E quem foi que disse que fiz isso pra te provocar? Na verdade o botão desabotou sozinho, ok? Sem contar que odeio ficar mostrando meu corpo a pessoas como você.

—É virgem não é? – deu um sorriso cafajeste de lado.

—Não, sou sagitário. Posso ir? – ele mastigava o lábio inferior enquanto olhava o nada e me soltou – obrigada – disse com um sorriso debochado e uma revirada nos olhos.

Eu passei em uma temakeria e comi uns sushis e bebi um chá gelado. Chegando na empresa fui surpreendida pela Michele que admirava um boque de copos de leite muito lindo, me aproximei e senti o cheiro das flores, era delicioso.

—O que é isso Michele, algum pretendente? – perguntei sorrindo para ela.

—Quem dera, são pra você.

Eu arregalei os olhos e a olhei.

—Pra mim? Quem deixou isso?

Ninguém sabia que eu amava copos de leite, não tinha pretendentes nem nada, quem poderia ter deixado isso pra mim?

—Não sei, eu desci para pegar os papéis que sua mãe me pediu e vi isso.

Uckermann... Só poderia ser ele, olhei um cartão no balcão e nem quis abrir, com certeza era ele me pedindo para aceitar a sua propostas, nunca aceitarei!

—Michele jogue isso fora, queime, pise ou sla o que, destrua isso e tire da minha frente.

—Tem um cartão, não vai ver que é? – me mostrou o cartão.

—Não precisa – o peguei e rasguei.

Subi para a minha sala quase quebrando o salto de tão forte de pisava. Ele estava de brincadeira com a minha pessoa, mais iria me pegar.

Já eram umas 15h e a minha cabeça latejava, estava morrendo de dor e ficar olhando esse computador não ajuda em nada.

—Tudo bem por aqui? – minha mãe disse colocando a cabeça dentro da minha sala.

—Um pouco – apoiei minha cabeça nos dedos.

—Não parece bem, meu amor – disse se aproximando de mim e se sentando à minha frente.

—Estou com muita dor de cabeça.

—Tem muito trabalho?

—Estou adiantada.

—Estão vá pra casa, não é bom ficar olhando o computador com a cabeça doendo, pode piorar.

—Falta apenas três horas para irmos embora.

—Seu trabalho esta adiantado, pode ir.

Me levantei e guardei minhas coisas, abracei a minha mãe e sai. Entrei no meu carro e dirigi calmamente até o meu apartamento tomei um remédio e me deitei. Esse remédio costumava me dar sono mesmo

Acordei já estava de noite, adormeci largada no sofá ainda se salto e jeans. Olhei a minha camisa e tinha um botão estourado.

—Droga! – disse.

Me levantei já com a dor aliviada, caminhei até a cozinha e procurei algo para comer. Nada! Tinha que ir ao mercado.

Peguei minha bolsa e a chave do carro e sai. Ao chegar peguei uma cesta e caminhei até o açougue. Estava uma fila pequena mais eu não estava com muita paciência, mais tive que ficar. De longe avistei o Uckermann caminhar até mim.

—Que bom que te encontrei, precisava muito falar com você – ele disse.

—Eu também – o olhei – com que direito você deixa um boque de copos de leite na empresa dos meus pais? Ficou louco?

—Eu? Mais eu não fiz isso.

—Não magina, foi meu pai quem fez. O que quer comigo?

—Vim perguntar se você vai a premiação esse final de semana na Nova Zelândia?

—Não,  somente a empresa vencedora vai a essa premiação e na verdade é uma festa.

—Sim, e acho que isso é mais uma prova de que somos melhores que vocês – eu revirei os olhos sem dar muita atenção a ele.

—Entendi Uckermann, agora já pode ir.

—Não, ainda não.

—Cara, na boa me deixa, ou quer que eu chame a polícia?

—Pode chamar, não estou fazendo nada.

—Eu só quero ficar em paz, entende?

—Uma Savinón nunca quer ficar em paz, esta sempre planejando algo, assim como a sua mãe,  meus pais contaram tudo, Blanca Savinón não passa de uma qualquer, uma vadia.

Na hora que ele falou da minha mãe eu não aguentei e virei lhe acertando um tapa na cara. Não medi a força apenas apliquei e senti minha mão latejar.

Ele me olhou com uma cara de quem queria matar alguém, seus olhos mudaram de cor e eu fiquei com medo, deixei a cesta cair e sai correndo, entrei no carro e arranquei com tudo. Entrei no apartamento e me tranquei.

Proibido 🚫 Onde histórias criam vida. Descubra agora