Prólogo

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Tudo começou a vinte anos atrás quando eu tinha apenas quatro anos, fui a primeira vez na empresa do meu pai e enquanto ele estava distraido em uma reunião com a minha mãe e os demais funcionarios eu me afastei, todos membros da empresa me olhavam e sorriam. Em fim na rua, vi um prédio bem alto e bonito, entrei, la dentro tinha um menino sentado no chão brincando de carrinho, não lembro muito como ele era mais era bem bonito.

-Oi - disse me aproximando.

-Oi - ele me olhou e sorri.

-Eu posso... - parei de falar ao sentir meu braço seu tomado brutalmente.

Olhei pra cima e tinha uma mulher loira com uma trança de lado e usava roupas social.

-O que esta fazendo aqui? - ela perguntou.

-Eu só quero brincar - minha voz saiu mais fina e tremula.

Ouvi barulhos de ponta de salto batendo no chão e meus pais se aproximando.

-Solta ela Alexandra - mamãe falou pra mulher que ainda me segurava.

-O que sua filha faz aqui Blanca? Perto do meu filho? - perguntou.

-Ela é so uma criança, não sabe o que é certo e errado, e nem a vimos sair.

-Voces são uns irresponsaveís, como deixam a menina atravessar a rua sozinha?

-Me solta tá machucando o meu braçinho - balancei ele.

Ela me soltou e deu um empurrão para ir até minha mãe que me pegou no colo. Deitei minha cabeça no seu ombro e chorei.

-O que está acontecendo? - um homem com a voz mais grossa se aproximou.

-Foi tudo um mal entendido Vitor - meu pai respondeu - ja estamos de saida.

Dito isso eu sai com os meus pais, olhei o menino e acenei pra ele.

-Tchau - acenei pra ele

Ele acenou de volta, a mulher loira pegou na mão dele e se afastou também. Fechei meus olhos e continuei chorando até chegarmos na sala do papai e ele me sentar na mesa ficando ao lado da mamãe e de frente pra mim.

-O que fazia do outro lado Dulce? - papai pergunta.

-É que.... É que eu pensei que ele poderia ser meu amigo.

-Amigo dulce? - falou levantando a voz e me assustando.

-Sim.

-Eles nunca serão seus amigos - falou entre dentes como se tivesse me ameaçando - vê se entenda, eles são maus, querem que todos nós fiquemos no meio da rua e ainda...

-ELA NÃO TEM CULPA FERNADO! - mamãe gritou fazendo ele se calar - ela não entende essa rivalidade entre nós, a culpa foi nossa de termos nos distraido.

-Que isso nunca mais se repita.

-E não vai, vou pedir pros seguranças não deixarem ela sair - sai.

Meu pai me olhou ainda bravo.

-Eu nunca mais quero te ver daquele lado, muito menos com aquele moleque.

-Eu so queria brincar - voltei a chorar.

Meu pai saiu da sala e voltou com uma funcionaria que olhava com pena.

-Claudia, brinca com a Dulce, o Jonathan fará o seu trebalho hoje.

Dito isso saiu, e eu fiquei alí com ela, caminhei até a janela do meu pai e vi o menino me olhando também até a Claudia descer as cortinas e depois sorriu pra mim, eu mostrei e língua pra ela e sai da sala.

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