Capítulo 11

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Felipe narrando:

Essa patricinha tá me enchendo o saco, falar sério. Nem chegou aqui direito e já ta me esculhambando, ai Felipe como você foi idiota de não ter se cuidado.

Acordei meio sonolento, essa vida de dono de morro é foda mano. Tem que acordar cedo porque se deixar pra os moleque resolver as parada, eles só fazem merda.

Tomo um banho rápido e frio pra despertar, visto uma bermuda jeans, uma camisa da Oakley e calço minha kenner. Coloco minhas correntes de ouro, me olho no espelho e tô palozo pra caralho.

Saio do meu quarto e passo no corredor, chego na frente dele e passo em frente a porta da entojada lá. Continuo andando mas me bate uma curiosidade e eu volto lá.

Abro a porta devagar e ela está lá deitada em posição fetal, dormindo até parece um anjo. Seus cabelos loiros estão bagunçados,mas mesmo assim ela ainda continua bonita.

Ah pensamentos ridículos.

Fecho a porta do quarto e desço, logo vejo uma mesa linda cheia de comida boa... Nanda sabe a hora que eu acordo e já deixa tudo prontinho , considero ela pacas é como se fosse minha mãe, ela é uma das poucas pessoas que eu ainda me abro e não sou ignorante e frio.

- Bom dia meu filho. - ela dá um sorriso enorme.

- Bom dia nandinha, já acordo com essa mesona aí...

- É caprichei pra quando a mocinha aí acordar.

- Nem me fale nessa garota. - revirei os olhos.

- Ela tá mesmo grávida Lipe? Tão novinha...

- É, a culpa foi minha. Se eu tivesse tomado cuidado, não teria mais um problema na minha vida.

- Não é um problema , é um filho.

- Mas esse filho , vêm junto com a mãe dele! E não suporto ela Nanda.

Ela apenas me olhou e fez um gesto de reprovação, mas fazer o quê né?

- Tchau já vou trabalhar.

- Tu nem comeu direito menino.

- Depois eu como algo.

- Fica com Deus Felipe.

- Amém. -dei um beijo em seu rosto.

Atravessei meu fuzil nas costas, subi na minha moto e desci o morro. O movimento já estava intenso à essa hora da manhã.

- Bom dia rapazeada, suave?

- Bom dia patrão, cofoi.

- Tudo de boa, movimento tá bom hoje em.

- Ótimo, os drogados não param em serviço. - Zezinho falou.

- É uma corja mesmo, mas quanto mais cliente mais lucro.

- Tá ligado.

Sentei lá e fiquei papeando e "trabalhando" com os moleque. Até que o coisa ruim Do Galego entrou na salinha.

- Coé meu irmão , preciso trocar uma idéia contigo na boa.

- Ih qual foi , se meteu em quê agora ? - Menor pronunciou.

- Não te mete ô soldadinho.

- Ei chega aqui na marra, tratando meus parceiro mal não. Vamo ali que tu fala o que tu quer.

Fomos até um beco , e já olhei feio pra ele . Essa porra todo dia arranja um problema, juro que se não fosse meu primo já tava mortinho. Só não faço nada em consideração ao meu falecido pai.

- Fala.

- É que pô Lipe queria ter um papinho sussa...

Hum, me chamou de Lipe? Ai tem coisa, Zé Povinho só me procura quando precisa. Quando eu tô na fossa aí ninguém estende a mão não pivete.

- Para de encher linguiça e desembola o papo ô galego.

- Tô atolado aí mano, me afundei nas dívidas , apostei em jogo e perdi se eu não pagar tô fodido.

- Mas é idiota mesmo né? Apostar em jogo caraí...- Suspiro. - Mas o que eu tenho haver com tuas dívidas mesmo?

- Eu só queria um favorzinho. Eu sei que tu só libera nossas grana fim do mês , mas faz uma excessão vei sou teu parente, sangue do teu sangue.

- Vem acariciar não mano. Vou te pagar teu adiantamento, agora se precisar de novo de dinheiro se vira, vende o cú na parada gay. - tirei dinheiro do bolso e dei a ele.

- Pô valeu parceria, mas esse papo de vender o cú não. - apertou minha mão e eu quase recusei mas depois cedi.

Ele foi embora, e eu revirei os olhos. Meu santo nunca se bateu com o dele, desde que nós era frangote nós sempre brigava . Poucas vezes se entendiamos.

- O que ele queria ? - Menor perguntou curioso.

- Assunto dele lá pessoal, deixa de curiosidade e fica na ativa .

Depois de terminar o meu "turno" na boca eu fiquei lá na minha salinha resolvendo uns bagulho.

Ouvi a porta bater e era Bárbara, uma puta diplomada aqui na favela..

- O que tu quer? Não tá vendo que tô ocupado..

- Eu só vim te ver amorzinho, faz tempos que você não disfruta do meu corpo..

- Perdi o interesse. - revirei os olhos.

- Ah nem vem Fp, olha o que te espera. - ela abriu o zíper do vestido.

Porra... essa mina têm arte com o capeta mermo.

- Ah vêm aqui Bárbara. - puxei ela e vocês já sabem o que aconteceu né?

Ela não prestava mas era boa no  que fazia.

Enquanto ficava com Barbara so lembrava de Manuela, eu não sabia o que estava sentindo, eu pensava nela, em seu corpo, seus cabelos loiros, seus olhos, isso estava me deixando doido. Eu nao sabia o que iria fazer.

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