Capítulo 32

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                 Beatriz narrando

Uma atitude desesperadora. Isso define eu mentir para Felipe dizendo que o filho é dele.Se ele descobrir que isso é mentira eu estou morta, ainda mais que o filho é do primo dele.

Galego irá me pagar caro por negar paternidade ao próprio filho. Ele odeia o primo por ter o que ele nunca pôde ter, e agora o filho dele será do primo também.

Eu não sei do futuro. Só sei que eu vou dar um jeito de fugir antes que meu filho nasça.
Ao menos nesse meio tempo vou poder me sustentar, comer bem, pagar minhas contas e juntar grana pra vazar desse morro pra bem longe.

Me sentei no sofá esperando o horário de ir pegar dinheiro lá na boca. Agora sim minha vida ia se resolver, pensei em tirar o bebê mas não irá ser a melhor solução, eu posso me arrepender um dia.

Ouvi batidas no meu portão e fui abrir na lerdeza, calorão desses.

Abri e dei de cara com Galego com um olhar de ódio e me deu um puxão de cabelo fazendo meu pescoço envergar.

- Me solta tu tá louco caralho! - gritei.

- Louca é você filha da puta. Tu acha que eu vou deixar Felipe criar meu filho? - me soltou fazendo eu me debater na parede.

- Seu filho? - ri alto. - Não foi você que disse que não era seu?

- Desculpa caralho! Eu sei que é meu. Mas você é uma vagabunda Beatriz, você foi dar o golpe do baú em Felipe.

- Eu ia passar fome com meu filho?

- Quero ver quando ele descobrir que não é dele, tu tá morta porra. E não pense que vou deixar aquele  cuzão tomar meu filho.

- Ele não vai descobrir. Antes do bebê nascer eu vou vazar daqui.

- Vamos fazer um acordo.

- Que acordo Galego? Tu me expulsou da tua casa seu filho da puta.

- Eu tava drogado, nervoso, mas eu gosto de tu loira. Tu sabe.

- Sei de nada, ninguém gosta de mim nesse mundo, nem eu mesma.

- Mas eu gosto.- deu um beijo no meu pescoço. - E essa criança é meu filho.

- Gosta um cacete, tu não tem onde cair morto.

- Isso é o que você pensa, surgiu uma oportunidade de eu ficar montado na grana e ainda destruir Felipe, e tu vai comigo.

- Tá louco? Explica essa história.

- Você vai aproveitar enquanto meu priminho pensa que o filho é dele, e tirar todo dinheiro possível. Depois vamos eu você e nosso bebê pro morro inimigo.

- Haha. - ri irônica. - Morro inimigo galego? Só se for pra expulsarem nós na bala.

- Eu sou aliado do chefe. - piscou pra mim.

- Aliado... Quer dizer tu tá pagandp de x9 na quebrada Davi?  - Me alterei.

- Fala baixo porra. Tô, mas nós já já vai pra lá. Confia em mim.

- Confiar em você,ata. Prefiro seguir meu rumo sozinha.

- Me ouve cara, deixa de marra. Se estivermos juntos estaremos mais fortes.

- Fechou então, mas eu sei do seu segredo e tu sabe do meu não se esquece disso. - pisquei pra ele.

Peguei meu celular e ia saindo de casa mas Davi me segurou pelo braço.

- Pra onde tu vai?

- Não te interessa galego, se manca!

- Vê se tu não vai vacilar Bárbara Beatriz... tu tá no meu nome agora.- falou em um tom ameaçador.

- Tô no nome de ninguém meu amor, eu sou livre. Agora sai daqui vai.

Ele saiu da minha casa e eu revirei os olhos. Cara chato do caralho!
Onde já se viu piranha tá no nome de ninguém.

É bebê, você veio na hora certa pra resolver os problemas da mamãe...

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