Manuela narrando
O dia passou devagar, minha barriga pesava demais. Eu tinha enjôos, dificuldades de andar, entre outras coisas chatas da gravidez.
- Manu, eu vou no supermercado qualquer coisa tu me liga. - Nanda falou.
- Ok Nanda. Flávia já chegou?
- Não.
Ela se despediu e foi ao mercado, fiquei sozinha mais uma vez.
Liguei a tv e fiquei assistindo Bob esponja, tem nada de melhor mesmo.
Nanda chegou do mercado, abasteceu o armário,terminou de arrumar as coisas e foi embora, pois seu horário de trabalho já tinha encerrado.- Tchau minha filha. - depositou um beijo em minha testa.
- Até amanhã Nanda. - sorri.
Continuei assistindo pois não tinha nada pra fazer. Não ligo muito pra companhias, até porque sempre fui sozinha, minha mãe vivia em seu mundo cor de rosa, e meu pai era o escravo dela.
- Cheguei! - Felipe se pronunciou adentrando a sala.
- Oi. - sorri.
- Tudo bem? - falou deixando a arma em cima do criado mudo.
- Tudo e contigo?
- Suave...
Felipe estava estranho, era nítido em sua expressão facial.
- Aconteceu algo?
- Nada de mais só precisamos conversar.
- Tudo bem. - falei meio aflita. Podemos conversar quando quiser.
- Eu vou tomar banho, e comer algo. Você já jantou?- neguei com a cabeça. - Ok, daqui a pouco eu venho.
Ele subiu sem dizer mais nada. Suspirei e me sentei no sofá, só espero que eu não me arrependa de minhas escolhas. Mas o fato é que tanto meu bebê, quanto o pai dele se tornaram tudo para mim.
Recebi uma mensagem no aplicativo whatsapp e pensei que fosse Léo, mas era Flávia.
Flá: Manu, eu vou dormir na casa de Menor hoje, por favor diz ao meu irmão que vou dormir na casa de uma amiga, bjs te amo♥
Meu Deus, Flávia era louca. Não sei porque não assume logo esse lance com Menor.
- Pronto. - ele desceu as escadas sem camisa exibindo seu peitoral ainda com gotículas de água, meu coração disparou.
- Nanda deixou tudo pronto é só esquentar.
Ele não disse nada apenas esquentou o jantar, tirou o suco da geladeira e pôs os pratos e talheres na mesa.
Caminhei também em silêncio e me sentei, coloquei meu prato, havia frango grelhado, salada de maionese e macarrão de forno.
- Hum.. - sorri. - Está uma delícia.
- Que bom que você está se alimentando bem. - deu um sorriso.
- Antigamente eu jamais comeria isso.
- Você devia se alimentar de iorgurte natural.
- Basicamente isso. - falei sorrindo.
- Seu sorriso é perfeito!- Para. - corei na hora.
Terminamos de jantar, estava cheia comi que só, meu bebê agradece.
- Cadê Flávia.
- Ela foi dormir na casa de uma amiga.
- Tem certeza? - arquiou as sombrancelhas.
- Foi o que ela disse.
- Hum-hum.. - fez cara feia. - Preciso conversar com essa garota. - Mas agora como disse, preciso conversar contigo.
- Pode falar. - falei meio com receio.
- Manu... eu não sei como começar essa conversa.
- Melhor que diga logo, estou ficando preocupada.
- Eu quero que saiba que quero você pra minha mulher, e que você é a mãe do meu filho, e que não tínhamos nada e...
- Felipe. - o interrompi. - Sem mais delongas por favor.
- Beatriz está esperando um filho meu. Quer dizer eu acho que é meu, só poderemos ter certeza quando ele nascer.
- Não acredito nisso. - me levantei nervosa.
Eu não sabia o que dizer, meu coração doía, eu não sabia como proceder, como reagir.
- Amor... Eu não tinha nada com você ainda, ela engravidou antes de você chegar aqui, acredita em mim.
- Felipe eu não posso te cobrar nada, mas dói.
- Eu sei, você acha que fiquei feliz? É claro que é uma criança inocente mas a mãe dele é uma qualquer, Manuela entende que não posso abandonar um ser que pode levar meu sangue.
- Eu entendo.- falei decidida. - Você não teve culpa, a criança não tem culpa. - abaixei a cabeça.
- Não fica assim. - me abraçou. - Eu estou com você, me perdoa por favor eu não sabia...
- Eu sei! - segurei em seu queixo. - Eu não tenho o que te perdoar, apenas te apoiar.
- Você é perfeita mina.- selou nossos lábios.
- Não sou perfeita, apenas estou tentando ser justa. - dei um sorriso fraco.
- Eu nem sei se esse filho é meu Manu... Beatriz é uma.. digamos uma mulher do morro inteiro.
- Compreendo, o que resta é esperar Lipe. - acariciei seu rosto.
- Não vai desistir de mim né?
- Não. - sorri. - Se eu escolhi ficar, eu fico, independente de tudo.
- Eu prometo te fazer a garota mais feliz. - me beijou. - Eu, você e nosso filho.
Se eu fiquei mexida com essa notícia? É claro, sou mulher e não tenho sangue de barata.
Mas ao mesmo tempo eu sei que a culpa não é dele, nem dessa criança, imagina se fosse eu. Grávida, sem ter rumo e a mulher de Felipe não aceitasse meu filho, nossa eu iria desabar.Se fosse em outro tempo eu iria pensar só em mim, nos meus caprichos, mas as pessoas mudam. E eu, Manuela Montenegro mudei aprendendo com a dor .
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Consequências De Uma Noite
Подростковая литератураNum dos mais ricos bairros do Rio De Janeiro, conhecemos Manuela, uma jovem de quinze anos mimada e acostumada com uma vida de luxo, vê seu mundo virar de cabeça para baixo ao descobrir que está grávida de um rapaz que conheceu em uma festa. Desespe...