Capítulo 47

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                 Manuela

Voltamos para o morro, eu ainda estava assustada com tudo que aconteceu, mas muito feliz por estar de volta. Eu pensava que sequestros, com tiroteio e morte só aconteciam em novelas. É claro Manuela você nunca saiu do seu "mundinho cor de bosta".
Flávia veio correndo me abraçar ao me ver chegar na frente de casa. Vt e os outros também me abraçaram, estavam todos comemorando a vitória de Felipe contra Caveira.

- Aquele merda já tinha passado da hora de morrer mesmo! - VT riu.

-  Como você está minha cunhada linda?- Flávia disse.

- Estou me recuperando de tudo.. Foi um sofrimento da porra, pode pá!

- Ialá. A patricinha tá aprendendo até a falar gírias.- Felipe brincou.

- Haha, idiota. - revirei os olhos.

Realmente, tanto tempo convivendo com as pessoas daqui, eu aprendi a falar e me comportar como o pessoal daqui. Felipe me propôs um baile hoje pra comemorar minha volta mas eu recusei. Só queria um bom banho, uma cama, e ele do meu
lado.

Depois de tomar um banho quentinho com direito a lavagem de cabelo e tudo mais, me deitei e fiquei abraçada com Felipe. Ele acariciava minha barriga e eu sorria.

- Como está minha princesa?

- Bem. Assim espero.

- Vei... Eu tava aqui viajando, pensando qual vai ser o nome da nossa filha. Falta menos de cinco meses pra tu parir e nem decidimos.

- Eu pensei em vários nomes... Mas sei lá. - ri.

- Pode ser Clara.- sorriu. - Era o nome da minha mãe.

- Gostei. É um nome simples e bonito, podemos acrescentar o Ana. Ai ficará Ana Clara.

- Então pode ser esse?

- Sim! Eu amei. - o abracei.

- Tá ligado que eu te amo né loirinha? Tu foi a melhor coisa que me aconteceu.

- Podemos se dizer que o melhor erro. - ri.

- Há males que vem pro bem.

- Olha ele inteligente.

Rimos a noite toda, e depois dormimos juntos.Amava esse moreno, como eu ia imaginar que o amor da minha vida ao iria vim de arma e moto? Nem nos meus sonhos.
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Acordei mais tarde. Felipe estava em casa, o que é um milagre.
Me levantei sem acordar ele e vesti uma roupa.
É, parece que só eu acordei nesta casa. Para o tempo passar fui mexer no celular, vi uma notificação no meu instagram, era o perfil de Paula.
O que essa vaca quer comigo!
Abri o direct, e continha uma mensagem dela.

Paula Abrantes: Oi Manu, como você está? Sabe, sinto muita falta da sua amizade...como está a criança? É menino ou menina? Estão te machucando aí?

Nem me dei ao trabalho de responder essa filha da rapariga. As únicas pessoas que me machucaram, foi as que eu pense ser minhas amigas, e que eu achava que me amava.
Mas, a vida é assim mesmo. É uma reviravolta atrás da outra!

A partir de hoje é só eu, Felipe e minha princesa Ana Clara.

Flávia desceu as escadas devagar e Menor desceu em seguida. Rapaz! Se Felipe descobre isso.

- Bom dia. - ri.

- Manu, tu não tá vendo nada suave?- Menor falou.

- Pode ficar tranquilo Menor, minha boca é um túmulo!

- Por isso amo minha cunhadinha. - Flávia me abraçou.
Ela levou Menor até a porta e se despediram com um beijo.

- Aí como ela está apaixonada.- falei.

- Tô mesmo, esse homem é um sonho minha filha!- riu.- Quero casar com ele.

- Só toma cuidado Flá. Seu irmão não iria gostar de saber.

- O que eu não iria gostar de saber?- Felipe descia as escadas ajeitando o boné.

- Nada amor, só que sua irmã queria dinheiro pra ir pro shopping.- menti.

Ela me olhou aliviada e concordou.

- É mas agora ele já sabe Manu.

- Não vou autorizar isso, todo dia vai no shopping.- revirou os olhos.- Faz algo produtivo parceira.

- Já tô fazendo. - ela sorriu maliciosa e Felipe olhou estranho.

Meu Deus! Ela não tem jeito.

-Mudando de assunto, Flá, eu e seu irmão já decidimos o nome da nossa filha! - disse contente.

- Aí conta bicha!

- Ana Clara.

- Amei. Nome muito fofo, de princesinha que nem ela, ai vou comprar tanta coisa pra minha sobrinha. E quando ela me chamar de titia? Vou chorar de emoção.

- Calma. Ela não vai sair da barriga falando.- Felipe falou nos causando risos. 

Tomamos café juntos sorrindo e contando piadas. Essa rotina era maravilhosa, nunca tive isso na minha vida. Depois, Flávia foi para a faculdade,e eu e Felipe ficamos assistindo TV. Entre aspas né, porque ele estava assistindo um programa de fu futebol lá que eu não estava entendendo nada.

- Me dá um beijo vai nega! - Ele falou.

- Tu escovou os dentes?- ri.

- Escovei né. - revirou os olhos. - Deixa de xibiotagem.

- Xibiotagem? - perguntei. - Que palavra é esta?

- Tipo, quando a pessoa está fazendo cu doce, está se fazendo dr fresca e pá, tá ligado?

- Ah tá. - eu ri sem entender nada.

Segurei sua nuca e fui beijando seu pescoço até chegar em sua boca, beijar era muito bom!!! E beijar quem a gente ama é melhor ainda. Minha felicidade estava completa, quer dizer, quase completa, só faltava a minha princesinha nascer.

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