Capítulo 41

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              Manuela narrando

Acordei com uma dor de cabeça terrível. Sempre eu acordava com enxaqueca, a médica disse que isso é normal na gravidez, então a única coisa que posso fazer é suportar.

Olhei para o lado, Felipe ainda dormia, pensei em acordar ele mas estava tão lindinho dormindo... E um dia atrasado lá naquele lugar onde ele "trabalha" não importa. Ele precisa realmente descansar.

As vezes me dá tanto medo do que pode acontecer. Esse inimigo que quer destruir ele a a qualquer custo tentar algo contra ele. Eu não suportaria perder a única pessoa que já me amou de verdade na vida, não pelo que eu tinha, mas sim pelo que sou.

Tomei minhas vitaminas, lavei o rosto e alisei o rosto do meu amor. Sua barba roçando em minha mão, não havia melhor sensação.  As vezes bate uma neurose de como será meu futuro com Felipe, não sei se sempre será flores, a única coisa que tenho de garantia é o amor que ele diz sentir.

- Manu. - ele acordou. - Que horas é essa? Caralho eu me atrasei.

- Lipe... Você precisa descansar um pouco, tu sai antes do do nascer e se enfurna naquele lugar cheio de droga, chega em casa e mal consegue dormir cheio de preocupação com o morro.

- Desculpa. Se eu não estou estou um bom parceiro, se eu não tenho te dado atenção mas... As coisas estão difíceis. Eu passo horas planejando combate, caso aconteça algo. E essa favela precisa de mim, não posso deixar um filho da puta invadir meu morro e deixar os moradores nas mãos dele.

- Eu sei que você pensa nisso tudo. Mas vai ficar tudo bem você vai ver.

- Vem cá minha patricinha linda! - me abraçou.

- Aí minha barriga Felipe. Assim você machuca nossa princesa.

- Desculpa, as vezes euesqueço que minha menina está aí.

- Tudo bem. - sorri.

- Eu vou me arrumar. Preciso ir, o movimento tá forte aqui, não posso deixar meu primo lá sozinho.

- Não sei como isso dá tanto dinheiro.Você é mais rico do que muitos empresários que conheço.

- O crime dá grana pô, só não compensa..

- Isso é.- concordei. - Felipe.. Eu tenho muito apreço por PL, mas não achei nada decente o que ele fez com Ju.

- Eu já alertei ele. Mina firmeza vei, se fosse uma vagabunda tudo bem.

- Nem se fosse a pior das vagabundas. Nenhuma mulher merece apanhar de homem.

- É. Depende.

Revirei os olhos .

- Eu posso sair?

- Com quem? Pra onde? Tá doida?

- Calma. - suspirei. - Vou sair com Juliana e Flávia, vamos para o shopping!

- Não. - falou.

- Ah Felipe. Eu preciso fazer o enxoval da minha filha, que droga.

- Você não pode ficar saindo. E se os inimigos atacarem?

- Ninguém vai me atacar no shopping.

- Compra os bagulho do menina aqui no morro mesmo vei, pra que porra ir no asfalto?

- Eu não vou comprar "bagulho" pra minha filha. Essas roupinhas daqui.

- Uma vez patricinha sempre patricinha mesmo cê louco tio, apertando minha mente.

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