Capítulo 50

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Estrela Narrando:

Acordo amarrada em cima de um colchão sujo em uma casa velha que não faço a menor ideia de onde fica, olho pro lado e vejo um velho barrigudo com uma lata de cerveja na mão me olhando.

-Acordou, bela adormecida?.-O velho pergunta com uma feição de deboche.

-Onde é que eu estou, cadê o Bryan?.-Pergunto assustada.

-Seu namoradinho a essa hora já deve saber que você está aqui comigo.-O Velho diz palitando os dentes.

-O que você quer comigo?.-Pergunto aflita.

-Nada, eu quero é com o seu pai, aquele almofadinha que me botou na cadeia, mas agora ele vai pagar, eu fugi de lá só pra acabar com ele, e pelo jeito vai ser mais fácil do que eu imaginei.-O Velho diz Rindo.

-Você não vai fazer nada com o meu pai, seu velho nojento.-Digo me contorcendo toda tentando me desamarrar, EU VOU MATAR ESSE VELHO!

-Fica quietinha ai, sua garota rebelde, comigo cobra não se cria não, levanta a voz pra mim de novo que eu te mando pro inferno com passagem só se ida.-O Velho fica na minha frente e aperta meu queixo com força.

-Eu quero ir embora daqui.-Falo e uma lágrima escorre sobre meu rosto.

-Você vai, mas seu pai vai ficar no seu lugar, aliás, vou ligar pro amiguinho dele agora, o outro Almofadinha, Heitor.-O velho diz se levantando e pegando um celular velho em cima da cadeira.

O Velho nojento começa a conversar com o Heitor, só que não deu pra eu escutar nada, de repente o velho vem até mim e coloca o celular no meu ouvido.

Digo desesperada: Heitor, cadê meu vagabundo? Por favor me tira daqui, eu tô com medo.

Não deu pra falar mais nada, pois o Velho tirou o celular do meu ouvido, o desespero bateu e eu comecei a chorar, não quero perder meu pai, minha mãe já foi, se meu pai for também, eu não terei mais motivos pra viver.

-CALA A BOCA GAROTA, EU NÃO CONSIGO PENSAR COM ESSE CHORORO NO MEU OUVIDO.-O velho grita comigo.

Engulo o choro e deito no colchão sujo, depois de chorar muito, acabo caindo no sono, na esperança de que quando eu acordasse, já estaria nos braços do meu vagabundo e do meu pai.

Leonardo Narrando:

Chego no aeroporto, vou até o desembarque pegar minhas malas, chamo um uber e vou direto pra casa do Heitor, tenho que achar minha filha.

50m depois...

Bryan Narrando:

Ouço a campainha tocar e vou atender, só pode ser o Leo.

-Tem notícias da minha filha?.-Leonardo entra perguntando aflito.

-Ainda nenhuma, estamos esperando eles ligarem novamente.-Digo.

-A Maria já está quase fazendo um balde de água com açúcar pra ver se nos acalma.-Meu pai diz se sentando no sofá.

-Eu não vou ficar sentado de braços cruzados esperando o pior acontecer, vou ligar pra polícia.-Leonardo diz tirando seu celular do bolso.

-Não faça isso!.-Meu pai Segura o Braço de Leo.

-Ah Heitor, eu não posso ficar sem fazer nada, é minha filha poxa.-Leonardo senta no sofá e cai no choro.

-O Jorge está com sua filha, e ele já avisou que se a gente meter a polícia nisso, ele vai matar ela.-Meu pai diz dando um copo de água com açúcar pro Leo.

-Já sei como eu vou salvar minha filha, nada melhor do que acabar com um traficante com a ajuda de outro traficante, ainda mais se os dois forem inimigos.-Heitor fala.

-Do que você está falando?.-Pergunto confuso.

-Na favela, existem morros e cada morro tem um dono traficante, só que os traficantes ficam querendo tomar os morros uns dos outros, o Jorge é dono do morro da Rocinha e o Nando é dono do morro Azul, o Nando quer tomar o morro do Jorge de qualquer maneira por tanto eles são inimigos e eu posso contar com a ajuda do Nando pra resgatar minha princesa.-Heitor diz.

-Então o que estamos esperando?.-Digo.

-Vamos pro morro azul.-Leonardo diz.

-Agora, vou pegar a chave do carro.-Meu pai diz, ele pega a chave do carro, nós entramos no mesmo e fomos em direção a favela, vou tirar minha dama das garras desse tal Jorge, nem que pra isso EU TENHA QUE DERRAMAR SANGUE!

Um Amor Na AdolescênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora