Chegamos na entrada do morro e todos os pivetes desceram, todos eles fortemente armados. Peguei a minha arma e fui seguindo Nando, a metade do pessoal começou a trocar tiros com os caras da Rocinha, a outra metade subiu o morro em direção a casa que o Jorge usa para massacrar alguém, Nando tinha certeza de que ele estava lá com a minha dama. Na entrada da casa haviam alguns pivetes que já começaram a trocar tiros com os pivetes do Nando, eu entrei com o Nando dentro da casa e já vi minha dama deitada num colchão velho, toda amarrada e com uma mordaça na boca, um dos caras do Jorge atirou na minha direção só que não acertou, me virei rápido e meti o tiro no meio da testa dele, Nando deu um tiro na perna de Jorge, o mesmo caí no chão parecendo uma Jaca mole, corro até minha dama que ainda não tinha me visto, pois estava com os olhos fechados. Desamarro minha dama e tiro a mordaça de sua boca, a pego no colo e vou com ela direto para a Van, enquanto o Nando e os outros pivetes ficaram trocando tiros com os caras do Jorge.
-Ei amor da minha vida, pode abrir os olhos, tá tudo bem.-Digo lhe dando um beijo.
-Ai que bom que você está aqui, achei que nunca mais iria te ver.-Minha dama diz chorando e dando vários beijos em meu rosto.
-Eu nunca deixaria que acontecesse alguma coisa com você, eu sou capaz de matar pra te proteger.-Digo olhando no fundo de seus olhos.
-Te amo.-Minha dama diz e do nada desmaia no banco da van.
-Estrela? Estrela? O que você tem minha dama?.-Pergunto a chacoalhado.
-Ela deve estar sem comer o dia todo, deve que esse louco não deu nem água pra essa menina.-O comparsa do Nando que estava dirigindo a van, diz.
-Tem razão, lá na casa do Nando eu dou alguma coisa pra ela comer.-Digo colocando minha dama em meus braços.
45 minutos depois que nós saímos da Rocinha, chegamos no Morro Azul, fomos direto pra casa do Nando, o cara que estava dirigindo a Van, parou a mesma na frente da casa, peguei minha dama no colo, entrei na casa, subi as escadas e levei ela até o escritório, quando abri a porta, o Leonardo ficou eufórico, coloquei minha dama deitada no sofá e o pai dela sentou ao seu lado.
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Estrela Narrando:
Abro os olhos e vejo meu pai na minha frente, tento levantar mas estou muito fraca, meu pai me abraça e chora.
-Me perdoe filha, não queria te colocar nessa situação, minha profissão quase acabou com sua vida, eu nunca vou me perdoar por isso.-Meu pai diz chorando.
-Não foi culpa sua pai, não tenho nada que te perdoar, te amo.-Digo e dou um beijo em seu rosto.
-Também te amo minha pequena.-Meu pai me da um abraço super apertado.
-Também quero um abraço viu?.-Heitor diz vindo em minha direção.
-Lógico, meu segundo paizão.-Digo e Heitor me da um abraço apertado, é tão bom se sentir amada.
-Nossa é um alívio ver minha dama bem.-Bryan diz e me da um beijo.
-Graças ao meu herói né, vagabundo?.-Digo rindo.
-Com certeza.-Bryan ri e me beija.
-E graças a mim também.-Um cara que eu nunca vi, entra pela porta do escritório, aliás, tudo aqui eu nunca vi, aonde eu estou mesmo?.-penso.
-Eu não tenho palavras pra te agradecer, você trouxe a minha vida de volta Nando.-Meu pai diz Para o tal Nando que estava encostado na parede ao lado da porta.
-E você me deu a oportunidade perfeita de acabar com o Jorge, agora ele está em outro plano.-Nando diz com um sorriso no rosto, e convenhamos, que sorriso lindo em? Só não mais lindo do que o do meu vagabundo.
-Você matou ele?.-Meu vagabundo pergunta surpreso.
-Lógico parceiro, cê acha que eu iria invadir o morro do cara e não iria acabar com ele? Que graça teria nisso?.-Nando diz rindo.
-Agora o morro é seu?.-Meu pai pergunta.
-Infelizmente não, a esposa do desgraçado está grávida, e por lei (lei dos traficantes), não podemos pegar o morro, quando existe um herdeiro envolvido, temos que esperar o moleque crescer, invadir o morro e matar ele, daí sim o morro seria meu.-Nando diz.
-Ai gente que crueldade, é só uma criança e já tem a morte traçada?.-Pergunto horrorizada.
-No mundo do crime é assim, quem tem pena é galinha.-Nando diz rindo.
-Tem alguma coisa pra minha dama comer aí? Ela passou o dia sem comer nada.-Pergunto pro Nando.
-Realmente, aquele ogro não serviu nem pra me dar um copo de água, que descanse em paz.-Digo.
-Vou buscar alguma coisa pra novinha.-Nando diz e sai do escritório.
-É sério que eu devo a minha vida a um cara que me chama de "novinha"?.-Pergunto incrédula.
-É.-Todos dizem num uníssono e começam a rir.
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Um Amor Na Adolescência
Teen FictionAdolescente de 17 anos que perdeu a mãe ao nascer e vive somente com o seu pai, não sabe o que é o amor até conhecer o vagabundo da sua vida! Passa por poucas e boas para conseguir ficar com o seu amado... Muitas surpresas por ai, espero que vocês g...