Capítulo 52

50 4 1
                                    

Chegamos na entrada do morro e todos os pivetes desceram, todos eles fortemente armados. Peguei a minha arma e fui seguindo Nando, a metade do pessoal começou a trocar tiros com os caras da Rocinha, a outra metade subiu o morro em direção a casa que o Jorge usa para massacrar alguém, Nando tinha certeza de que ele estava lá com a minha dama. Na entrada da casa haviam alguns pivetes que já começaram a trocar tiros com os pivetes do Nando, eu entrei com o Nando dentro da casa e já vi minha dama deitada num colchão velho, toda amarrada e com uma mordaça na boca, um dos caras do Jorge atirou na minha direção só que não acertou, me virei rápido e meti o tiro no meio da testa dele, Nando deu um tiro na perna de Jorge, o mesmo caí no chão parecendo uma Jaca mole, corro até minha dama que ainda não tinha me visto, pois estava com os olhos fechados. Desamarro minha dama e tiro a mordaça de sua boca, a pego no colo e vou com ela direto para a Van, enquanto o Nando e os outros pivetes ficaram trocando tiros com os caras do Jorge.

-Ei amor da minha vida, pode abrir os olhos, tá tudo bem.-Digo lhe dando um beijo.

-Ai que bom que você está aqui, achei que nunca mais iria te ver.-Minha dama diz chorando e dando vários beijos em meu rosto.

-Eu nunca deixaria que acontecesse alguma coisa com você, eu sou capaz de matar pra te proteger.-Digo olhando no fundo de seus olhos.

-Te amo.-Minha dama diz e do nada desmaia no banco da van.

-Estrela? Estrela? O que você tem minha dama?.-Pergunto a chacoalhado.

-Ela deve estar sem comer o dia todo, deve que esse louco não deu nem água pra essa menina.-O comparsa do Nando que estava dirigindo a van, diz.

-Tem razão, lá na casa do Nando eu dou alguma coisa pra ela comer.-Digo colocando minha dama em meus braços.

45 minutos depois que nós saímos da Rocinha, chegamos no Morro Azul, fomos direto pra casa do Nando, o cara que estava dirigindo a Van, parou a mesma na frente da casa, peguei minha dama no colo, entrei na casa, subi as escadas e levei ela até o escritório, quando abri a porta, o Leonardo ficou eufórico, coloquei minha dama deitada no sofá e o pai dela sentou ao seu lado.

                                  ••♠••

Estrela Narrando:

Abro os olhos e vejo meu pai na minha frente, tento levantar mas estou muito fraca, meu pai me abraça e chora.

-Me perdoe filha, não queria te colocar nessa situação, minha profissão quase acabou com sua vida, eu nunca vou me perdoar por isso.-Meu pai diz chorando.

-Não foi culpa sua pai, não tenho nada que te perdoar, te amo.-Digo e dou um beijo em seu rosto.

-Também te amo minha pequena.-Meu pai me da um abraço super apertado.

-Também quero um abraço viu?.-Heitor diz vindo em minha direção.

-Lógico, meu segundo paizão.-Digo e Heitor me da um abraço apertado, é tão bom se sentir amada.

-Nossa é um alívio ver minha dama bem.-Bryan diz e me da um beijo.

-Graças ao meu herói né, vagabundo?.-Digo rindo.

-Com certeza.-Bryan ri e me beija.

-E graças a mim também.-Um cara que eu nunca vi, entra pela porta do escritório, aliás, tudo aqui eu nunca vi, aonde eu estou mesmo?.-penso.

-Eu não tenho palavras pra te agradecer, você trouxe a minha vida de volta Nando.-Meu pai diz Para o tal Nando que estava encostado na parede ao lado da porta.

-E você me deu a oportunidade perfeita de acabar com o Jorge, agora ele está em outro plano.-Nando diz com um sorriso no rosto, e convenhamos, que sorriso lindo em? Só não mais lindo do que o do meu vagabundo.

-Você matou ele?.-Meu vagabundo pergunta surpreso.

-Lógico parceiro, cê acha que eu iria invadir o morro do cara e não iria acabar com ele? Que graça teria nisso?.-Nando diz rindo.

-Agora o morro é seu?.-Meu pai pergunta.

-Infelizmente não, a esposa do desgraçado está grávida, e por lei (lei dos traficantes), não podemos pegar o morro, quando existe um herdeiro envolvido, temos que esperar o moleque crescer, invadir o morro e matar ele, daí sim o morro seria meu.-Nando diz.

-Ai gente que crueldade, é só uma criança e já tem a morte traçada?.-Pergunto horrorizada.

-No mundo do crime é assim, quem tem pena é galinha.-Nando diz rindo.

-Tem alguma coisa pra minha dama comer aí? Ela passou o dia sem comer nada.-Pergunto pro Nando.

-Realmente, aquele ogro não serviu nem pra me dar um copo de água, que descanse em paz.-Digo.

-Vou buscar alguma coisa pra novinha.-Nando diz e sai do escritório.

-É sério que eu devo a minha vida a um cara que me chama de "novinha"?.-Pergunto incrédula.

-É.-Todos dizem num uníssono e começam a rir.

Um Amor Na AdolescênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora