-Bebê? Como assim bebê?.-pergunto boquiaberto para o médico, não acredito que eu iria ter um filho com a minha dama.
-A Estrela estava grávida?.-Meu pai pergunta tão surpreso quanto eu.
-Sim, já estava de três semanas, devido a pancada ter sido muito forte, o feto não aguentou e ela acabou sangrando, fazendo com que o feto saísse.-O médico diz.
-Não acredito nisso, se eu soubesse, nunca teria deixado ela sozinha correndo risco, mesmo sem eu saber o que aconteceu de fato naquele banheiro, se eu soubesse eu poderia ter evitado de alguma maneira.-Digo me sentando na cadeira e desabando em lágrimas, minha dama deve estar arrasada.
-Não foi culpa sua Bryan, mesmo se você soubesse da gravidez, você não poderia ter evitado o acidente, que foi isso que aconteceu, um acidente.-Meu pai diz se sentando ao meu lado e me dando um abraço de conforto.
-Eu quero vê-la doutor.-Digo me levantando e ficando de frente para o. Médico.
-Eu levo você até lá, venha.-O médico diz indo em direção ao quarto da minha dama.
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Estrela Narrando:
Acordo com uma dor de cabeça horrível e uma sensação estranha, eu estava no banheiro e acordei num quarto de hospital enrolada num monte de fios, olho para o lado e vejo uma enfermeira injetando alguma substância no meu soro.
-Moça, o que aconteceu? O que eu tô fazendo aqui?.-Pergunto meio confusa com a situação.
-Você sofreu um acidente doméstico, mas já está tudo bem com a senhorita, é só que...-A enfermeira para de falar como se estivesse tentando me falar alguma coisa, mas não encontrava as palavras certas.
-É só que o que? Vou ficar aleijada? É isso?.-Digo tentando mecher minha perna para ver se era isso, mas vejo que os movimentos das minhas pernas e braços estão normais.
-Não senhorita, não é nada disso, já disse que a senhorita está bem. A senhorita sabia da gravidez?.-A enfermeira pergunta e meu coração dispara, não acredito, eu estou realmente grávida.
-Gravidez? Eu estou Grávida?.-Pergunto aflita com medo da resposta.
-Estava senhorita, mas infelismente a senhorita perdeu a criança.-A enfermeira diz com cara de dó.
-Não acredito.-Começo a chorar sem saber se era de tristeza ou de felicidade, por um lado ia ser bom ter uma coisinha para eu amar incondicionalmente, mas por outro lado, gravidez na adolescência não é nada fácil.
-Se acalme senhorita, você ainda é nova, pode ter quantos filhos quiser, isso foi uma fatalidade da vida.-A enfermeira diz pegando um copo d'água pra eu beber.
-Obrigada.-Digo pegando o copo com água da mão dela.
-Por nada.-Ele diz pegando o copo de volta depois que eu terminei de tomar a água.
-Acho que foi melhor assim, sou muito nova pra ter filho.-Digo.
-Agora é só tomar mais cuidado.-A enfermeira diz pegando um comprimido e me dando.
-Esse remédio é pra quê?.-Pergunto antes de tomar.
-Analgésico.-Ele diz me dando um copo com água.
-Pronto.-Digo dando o copo pra ela.
Vejo a maçaneta da porta se mexendo de repente a porta se abre e eu vejo o meu vagabundo com lágrimas nos olhos e o rosto inchado.
-Minha dama.-Bryan entra correndo no quarto e me abraça forte.
-Meu vagabundo.-Digo o abraçando mais forte ainda e começo a chorar.
-Você tá bem?.-Bryan pergunta me dando vários beijos no rosto.
-Tô sim, é que...-As palavras embargam na minha boca e eu não consigo contar para o meu vagabundo sobre a gravidez.
-O que minha dama?.Bryan me encara com feição de preocupação.
-Eu estava grávida vagabundo, mas perdi o bebê.-Digo abaixando a cabeça e uma lágrima escorre em meu rosto.
-Eu já sabia, o médico me contou, sinto muito.-Bryan diz me abraçando.
-Também sinto.-Digo.
-Mas você sabia da gravidez antes do acidente?.-Bryan pergunta me fuzilando com os olhos.
-Desconfiava, mas não tinha certeza.-Digo.
-Por que você não me falou nada minha dama?.-Bryan se senta na poltrona.
-Por que eu não tinha decidido se teria ou não esse filho.-Digo olhando lhe fitando.
-Como assim você não tinha decidido? O filho não iria ser só seu, antes de você tomar qualquer decisão, você. teria que falar comigo antes, até porque eu seria o pai.-Bryan diz nervoso.
-Tá Bryan, mas eu sou muito nova pra ter filho, quem ia ficar gorda, feia e barriguda era eu não você, o corpo é meu e não seu.-Digo irritada e a enfermeira sai do quarto quando vê que o ar estava ficando pesado.
-Então quer dizer que o acidente que você sofreu foi proposital? Você se machucou de propósito? Não acredito que você teve coragem de fazer isso não.-Bryan diz e desce uma lágrima em seu rosto.
-Lógico que não Bryan, eu caí mas se você não quer acreditar em mim, problema seu, agora sai daqui vai.-Digo chorando.
-Não vou sair, conversa comigo direito.-Bryan se senta ao meu lado na cama e fica me olhando.
-SAI DAQUI BRYAN, TÔ MANDANDO, NÃO QUERO CONVERSAR COM VOCÊ.-Grito com ele.
-Não vou sair.-Bryan fala olhando pra minha cara.
-Então saio eu.-Digo tirando os fios de soro da minha veia e o fio de oxigênio do meu nariz e tentando me levantar da cama, só que o Bryan pula em cima de mim fazendo eu deitar novamente.
-Tá doida Estrela? Deita ai vai, vou embora sim, mas antes vou chamar a enfermeira pra colocar esses fios em você de novo.-Bryan sai do quarto e vai chamar a enfermeira.
Depois de uns dois minutos a enfermeira chegou.
-Por que você fez isso moça?.-A enfermeira pergunta colocando os fios de novo.
-Raiva.-Digo.
-Do namorado?.-A enfermeira pergunta.
-Ele não é mais meu namorado, não quero uma pessoa que duvide de mim ao meu lado.-Digo me virando de lado e fechando os olhos, uma lágrima escorre em meu rosto e sinto um vazio no peito, eu amo esse vagabundo.
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Um Amor Na Adolescência
Ficção AdolescenteAdolescente de 17 anos que perdeu a mãe ao nascer e vive somente com o seu pai, não sabe o que é o amor até conhecer o vagabundo da sua vida! Passa por poucas e boas para conseguir ficar com o seu amado... Muitas surpresas por ai, espero que vocês g...