Capitulo 7

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Guardei minhas coisas na mochila e fui até meu carro e o Gui ficou parado me olhando.

- Você não vai voltar comigo?
- Não, a gente não pode chegar juntos, o Bruce é desconfiado.
- Bruce é o nome do seu padrasto?
- Isso, então pela sua segurança é melhor você ir sozinha.
- E como você vai voltar?
- Com ela. - apontou.
- De bicicleta? Mas é longe.
- Não se preocupe.
- Tudo bem.

Dei um beijo no rosto dele e entrei no carro, liguei ele e o carro morreu.

- Droga!
- O que houve?
- O carro morreu.
- Deixa eu ver.

Sai do carro e ele entrou e tentou ligar e não deu certo, ele abriu pra ver o motor e nada também, checou a gasolina e estava cheio.

- É realmente ele não liga.
- E agora? Preciso voltar para casa.
- Vamos voltar de ônibus.
- Não posso deixar meu carro aqui, meu Pai vai me matar.
- Então vamos dormir aqui, amanha o carro já deve pegar.
- Amanhã eu tenho aula, não posso faltar.
- Eu também não, vou ligar para o mecânico.
- Tabom.

Me sentei no banco do carro liguei para meu Pai para avisar o que aconteceu.

- Pai?
- Oi filha.
- Meu carro morreu.
- Aonde você está?
- Vou te mandar o endereço por mensagem.
- Filha liga para um mecânico ou para a sua mãe, eu estou no trabalho e não posso ir ai.
- Tudo bem Pai, eu estou com o Gui.
- O nosso vizinho?
- Sim.
- O que você está fazendo com ele? Não quero você em confusão ouviu Alice?
- Calma Pai, a gente está em um lugar seguro, viemos fazer trabalho da escola.
- Tudo bem, filha preciso desligar, liga para o mecânico.
- Pai se eu não voltar eu vou dormir por aqui, o Gui está ligando para o mecânico.
- Deixa o carro ai e vem para a casa.
- Vou ver aqui o que eu faço, beijos. Te amo.
- Te amo.

Desliguei o carro e o Gui veio na minha direção falando que o mecânico só vai vir amanhã de manhã. Eu estava nervosa eu não posso perder o segundo dia de aula.

- Vamos dormir aqui, não se preocupe o Bruce não sabe vir para cá.
- Não sei, melhor eu voltar de ônibus.
- Eu já marquei com o mecânico.
- Vamos dormir aqui no estacionamento?
- Não, lá dentro, aqui é muito frio a noite.
- Tudo bem.

Ele abriu a porta da casa e era linda e muito grande, tinha alguns quadros que provavelmente era da sua vó, tinha foto de uma familia e tinha um garotinho que deve ser o Gui.

- É a sua família?
- Sim.
- Seus pais ainda estão vivos?
- Só a minha mãe.
- Você não fala com ela?
- É uma longa história.
- Ah sim, ela é linda!
- Obrigado.

Continuei andando pela casa e tinha outro quadro da mãe do Gui.

- Sei que você não quer falar sobre isso, mas eu queria saber o que aconteceu para você não morar com a sua mãe.
- Eu vou te contar, mas não agora.
- Quando?
- Em breve.
- Tabom.

Ele foi até a cozinha e pegou algo para a gente comer, vi que os armários estava cheio.

- Você sempre vem aqui?
- As vezes sim, as vezes não.
- E essas comidas não estão  vencidas?
- Não, a vizinha da minha vó Dona Elisabeth sempre faz compras e trás algo para mim, porque ela sabe que eu venho para cá, ela é uma boa pessoa e sempre cuida de mim.
- Que legal, ela é uma otima pessoa mesmo.

Se sentamos na mesa e comemos em silêncio, ele se levantou lavou a nossa louça e me mostrou a casa e era muito grande, dava pra ele viver super bem aqui.

- Você não tem contato com ninguém da sua familia?
- Tenho.
- E porque você não mora com eles?
- Você é muito curiosa, uma hora você vai saber tudo.
- Você é muito misterioso.

Ele me mostrou os quartos e mostrou o quarto que eu iria dormir.

- Uau que bonito.
- Esse quarto era da minha prima.
- E cade ela?
- Morreu.
- Como?
- Assassinada.
- Nossa, sério?
- Sim.
- Sinto muito.
- Não precisa se desculpar.

Ele me levou até a varanda e o sol estava se pondo e ficamos ali olhando aquela coisa maravilhosa que Deus criou.

- Que lindo.
- Demais.
- Vou tirar uma foto pra recordar esse momento. - ri

Ele ficou me olhando e eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

- Você tem uma delicadeza no olhar.
- Eu? - ri timidamente.
- Você mesmo.
- Não tenho, eu sou bem bruta.
- Não vejo brutalidade vindo de você.
- Obrigada. - sorri.
- Sei que é cedo para isso, mas eu quero beijar a sua boca.
- Sério?
- Sim, posso?

Senti borboletas no estômago eu não acredito no que acabei de ouvir, só sabia sorrir, concordei com a cabeça e ele foi chegando perto de mim e me beijou.

O destino da paixão. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora