Capitulo 26

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- Me responde Pai, porque você ia rasgar essa carta?
- Eu não ia rasgar filha, você entendeu errado.
- Eu entendi errado, me da essa carta. - puxei da mão dele.
- Filha eu fiz isso para o seu bem.

Ignorei o que ele disse e abri a carta e comecei a ler e era do Guilherme, meus olhos se encheram de lagrimas, eu não acredito que meu Pai fez isso.

- Pai qual é o seu problema?
- Eu quis te proteger.
- PROTEGER MENTINDO?

Minha mãe que estava na cozinha e ouviu a briga veio correndo.

- O que está acontecendo aqui?
- Mãe você sabia que o papai estava escondendo a carta que o Guilherme me mandou?
- Você fez isso Alex?
- Eu queria proteger ela.
- Protegendo errado você quer dizer.
- Calma filha.
- Calma nada mãe, não acredito que ele fez isso.

Minha mãe pegou o Michael e o David e saiu com eles para que eu e o meu Pai pudéssemos conversar.

- Filha me perdoa.
- Porque você fez isso comigo? - comecei a chorar.
- Esse garoto não é um bom rapaz para você Alice.
- E quem é você pra decidir o que é bom ou não para mim?
- Eu sou teu Pai.
- Sim, meu pai... Mas você não manda na minha felicidade e nem com quem eu quero dividir ela.
- Alice...
- Sem mais Pai, você mentiu pra mim, você destruiu minha vida, estou decepcionada.

Sai andando e meu Pai veio atrás e segurou meu braço.

- Por favor filha me escuta...
- Não tenho mais nada para escutar, você é o pior pai do mundo.

Ele começou a chorar e eu entrei no meu quarto, tranquei a porta e comecei a chorar, eu não acredito que meu Pai escondeu isso de mim esse tempo todo, ele via eu chorando por causa do Gui, ele via minha angústia em não saber se ele estava bem.

Minha mãe bateu na porta e eu abri para ela entrar.

- Filha...
- Mãe não quero mais falar sobre isso.
- Me escuta. - segurou minhas mãos.
- Hm..
- Você sabe que seu Pai é protetor, ele quis cuidar de você e do Michael.
- Mãe ele não tem esse direito.
- Eu sei, ele agiu errado, mas pensando na sua felicidade.
- Pareço feliz agora?
- Filha...
- Ein mãe, pareço feliz?
- Dê uma chance para ele filha.
- Mãe por favor me deixa sozinha.
- Tudo bem.
- Cade o Michael?
- Ta brincando com o David.
- Ok, depois trás ele pra eu dar banho.
- Tabom.

Minha mãe saiu do quarto e eu peguei meu notebook e fui ver se achava o perfil do Guilherme.

Pesquisei o nome dele e não apareceu nada, pesquisei com apelido e também não apareceu, comecei a chorar, ele deve ter deletado, não acredito que isso está acontecendo comigo.

Deitei na cama e acabei dormindo de tanto que chorei, acordei já estava escurecendo e desci pra pegar o Michael pra dar banho e minha mãe estava dando papinha pra ele.

- Cade meu Pai?
- Saiu.
- Ok.
- Já dei banho nele filha, só falta por para dormir.
- Obrigada mãe.
- Seu Pai está muito chateado.
- Eu que deveria estar né?
- Filha quando ele chegar conversa com ele.
- Mãe, não...
- Você vai ficar assim com ele até quando?
- Não sei, mas ele vai se arrepender de ter me feito de boba.
- O que você vai fazer?
- Vou me mudar.
- QUE? PRA ONDE?
- Não sei.. vou procurar uma casa, eu tenho um bom dinheiro no banco e vou comprar uma casa.
- Alice não faça isso.
- Mãe eu quero ter minha casa, quero que o Michael cresça no lar dele.
- Mas o lar dele é aqui.
- Sim, mas eu quero um lar só nosso, eu fiz entrevista em dois empregos.
- Aonde?
- Em uma loja de instrumentos musicais e em uma loja de roupas esportivas.
- Espero que dê tudo certo.
- Eu também.
- E a casa? vai se mudar mesmo?
- Vou, já vou começar procurar.
- Pensa direito, não faça nada arriscado.
- Pode deixar.

O Michael terminou de comer, eu peguei ele no colo e meu Pai chegou e ficou me olhando.

- Posso falar com você?
- Não.

Gui

Entrei no meu perfil e vi que não tinha chegado nenhum convite da Alice, então resolvi deletar minha conta, ela não quer mais saber de mim então vou seguir minha vida.

Hoje vou para uma festa com uns colegas que eu fiz aqui em Toronto, eu não vou a festas faz tempo, amanhã é o meu aniversário e finalmente vou fazer 18 anos, quem me vê acha que já sou adulto por ter tantas responsabilidades.

Hoje não deu para eu ir ver minha mãe, ela estava muito focada nos tratamentos e eu não quero atrapalhar ela.

Tomei banho e me arrumei para a festa e meus colegas vieram me buscar.

- E ai cara.
- Eai.
- Animado?
- Claro. - sorri.

Chegamos no local da festa e era na casa de uma garota bem popular, ela me cumprimentou e eu percebi que ela estava dando em cima de mim, mas ignorei.

- Oi gatinho, é novo aqui?
- Sim. - sorri.
- De onde você é?
- Chicago.
- Hm, americano e com bom físico. - colocou a mão na minha barriga.
- Sim. - ri de nervoso.
- Fique a vontade se quiser falar comigo meu nome é Sofi.
- Ok.

Ela saiu de perto de mim e eu senti um alívio não gosto de garotas atiradas.

A festa foi muito legal, eu bebi algumas bebidas, mas não muito, tentei ficar o mais sóbrio possivel, meus colegas já estavam totalmente embriagados.

A festa já estava acabando e todos já estavam indo embora.

- Eai carinha vamo embora? - falou com voz de bêbado.
- Você não vão dirigir nesse estado, me da a chave do carro.
- Vem pegar. - saiu correndo.

Eu fiquei parado olhando o que ele estava fazendo, ele caiu do chão e ficou rolando, os outros garotos estavam nos quartos da casa fazendo safadezas com alguma piranha.

- Vamo Jack, vamos embora.
- Não, vamo ficar aqui, ta muito bom.

Peguei ele e apoiei nas minhas costas, coloquei no chão e procurei a chave do carro e não estava com ele.

- Cade a chave?
- Não sei.
- Ai meu Deus.

Entrei na casa e abri as portas dos quartos a procura do Nathan, tenho certeza que a chave está com ele.

- Nathan?
- Ei...
- Desculpa.

- Nathan?
- Fecha a porta noiado.
- Foi mal.

- Nathan?
- Oi?
- Cara cade a chave do Jack?
- Mano não seja empata foda, sai daqui.
- Ta transando com quem? Com o vento?

A porta do banheiro se abriu e a Sofi saiu de lá.

- Oi americano, que bom te ver.
- Oi.
- Gostei de ver vocês dois aqui comigo.
- Que bom, agora preciso ir.
- Fica mais um pouco. - se aproximou.
- Adoraria, mas não dá.

Ela trancou a porta e colocou a chave entre seus peitos e começou a rebolar.

- Abre a porta.
- Ta com medinho? - sorriu.
- Abre a porta.

Ela abriu a gaveta do quarto e pegou uma arma.

- Senta na cama e tira a roupa.
- QUE?

O destino da paixão. (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora