O destino da paixão. (COMPLETO)

Capitulo 17

- MAE ME AJUDA AQUI. - gritei.
- MEU DEUS. - reagiu chocada.

Minha mãe me ajudou e o Edu se sentou no sofá todo machucado, cheio de sangue, olhos roxos, eu quase não reconheci ele.

- Por favor o que aconteceu?
- Vou pegar um copo de água para você.

Segurei a mão do Edu e ele começou a chorar  desesperadamente.

- Foi ele.
- Ele quem Edu?
- O garoto que conheci.
- Foi ele que te bateu?
- Sim. - voltou a chorar.
- Porque ele fez isso?
- Ele não é gay, ele fingiu ser gay e me espancou, ele é desgraçado homofóbico.
- Como aconteceu isso?

flashback

Sai da casa da Alice e peguei um uber e fui até a casa do Junior, ele estava no portão me esperando.

- Oi. - me deu um beijo no rosto.
- Oi. - sorri.
- Então não vai dar para a gente ficar aqui na minha casa, meus pais chegaram, vamos para outro lugar?
- Que lugar você sugere?
- É um aqui perto, da para a gente ir andando.
- Tudo bem.

Andamos uns 5 minutos e chegamos em um local, era uma rua sem saida e bem escura e eu achei que ele escolheu ela por ser mais reservada.

Fiquei parado esperando a iniciativa dele, mas ele não fez nada, então fui beijar ele e ele me deu um soco, fiquei sem entender e perguntei porque ele fez isso.

- Sua mãe nunca ensinou a não marcar encontro com pessoas da internet sem ser em lugares públicos?
- Não estou entendendo.
- Seu gay imundo.

Ele começou a me chutar, eu cai no chão e ele me batia sem parar, eu tentei proteger a minha cabeça com a mão, foi horrível.

Ele pegou um pau bateu nas minhas costas e quando ele ia chutar minha cabeça um homem que estava passando pela rua ouviu meus gritos e apareceu para me salvar, ele se assustou e saiu correndo.

- SEU FILHA DA PUTA. - gritou.
- Me a-ju-da. - falei chorando.
- Qual é o seu nome? Consegue falar?
- Edu. - falei sentindo muita dor.
- Onde você mora? Porque ele fez isso com você? vem eu te ajudo a levantar.
- Eu não sei, estou confuso.

Ele me ajudou a andar eu estava mancando e sentindo dores, mas não queria ir no hospital, meus pais iriam me questionar o porque de eu ter apanhado na rua, eu ainda não contei para eles que sou gay, não sei como eles vão reagir e eu tenho medo disso, acho que todos da minha familia desconfia disso, talvez meus pais até desconfiam também, mas não querem acreditar nisso.

O Tio da Alice não é o meu Pai verdadeiro, mas é como se fosse, ele cuidou de mim desde meus 4 anos, meu Pai verdadeiro morreu quando eu tinha 8 meses.

O moço que me ajudou me colocou no seu carro, eu ainda estava muito assustado dele me bater também, mas minha intuição pediu para eu confiar.

- Onde você mora? Vou te levar para a casa.

Passei o endereço da casa da Alice, eu não queria chegar assim em casa, eu preciso da ajuda da minha amiga e também meus pais não estão em casa.

Agradeci ao moço que se chama Rodolf, desci do carro e bati na porta da Alice, ele abriu a porta e parecia que viu um fantasma.

flashback off

- Temos que denunciar esse cara Edu.
- Ele ja deve estar longe.
- Podemos pedir para meu Tio ajudar.
- Como?
- Vamos pedir para ele fazer uma busca com o nome desse Junior.
- Tudo bem.
- Agora a gente precisa te levar ao médico, precisamos saber se você quebrou algo.
- Não, não, por favor!

Minha mãe que estava muito chocada e começou a chorar, minha mãe sabe da sexualidade do Edu, ela apoia muito o casamento gay.

- Não adianta Edu, vamos sim ao hospital.
- Por favor Tia, não...
- Edu você está na minha  responsabilidade agora, vamos.

Ele se levantou com a minha ajuda e levamos ele até o carro, ele se sentou e começou a chorar, segurei sua mão como forma de apoio e sorri.

Chegamos ao hospital e ele foi atendido depois de 20 minutos, ele fez alguns exames e as enfermeiras cuidaram dos ferimentos, graças a Deus ele não quebrou nada.

Minha Tia chegou correndo no hospital desesperada e abraçou minha mãe.

- Calma, ele está bem, está cuidando dos ferimentos.
- O que aconteceu com meu filho Any?
- Calma, se senta aqui Eleanor, ele está bem.
- Tudo bem.

O Edu voltou mancando e a Eleanor saiu correndo e abraçou ele, aquela cena foi tão linda!

- Calma mãe, eu estou bem.
- Filho eu fiquei tão assustada quando me ligaram.
- Está tudo bem. - sorriu.
- O que aconteceu com você?
- Eu vou te contar, mas quando chegarmos em casa.
- Vai contar o que filho? O que aconteceu?
- Você vai saber, em breve.