O destino da paixão. (COMPLETO)

Capitulo 43

- Guilherme?
- Sim, quanto tempo, como você está?
- Estou bem, você voltou?
- Sim. - sorri.
- Então você já deve saber que a Alice engravidou né?
- Sim, eu já conheci ele.
- Espero que você ajude ela, agora preciso ir embora.
- Ok.

Ele saiu andando e eu achei esse assunto muito estranho, porque eu ajudaria ela? Será que a Alice mentiu pra mim? Será que eu sou o Pai do bebê?

Passei minhas compras no caixa e fui para casa, eu estava preocupado com a minha mãe, espero que ela não tenha feito nada.

Estacionei o carro e vi minha vizinha regando as plantas do jardim dela.

- Olá meu filho que bom que você voltou. - sorriu.
- Obrigado, estava com saudades da senhora.
- Eu também, Ah.. Gui veio uma garota te procurar.
- Hoje?
- Faz um tempo, você tinha voltado para Toronto.
- Sabe o nome dela?
- Infelizmente não meu filho, ela não falou.
- Tudo bem, muito obrigado. - sorri.
- De nada. - sorriu.

Entrei em casa e estava tudo apagado, fui até o quarto e minha mãe estava dormindo, que bom que ela não fugiu.

Guardei as compras no armário e fiquei ligando os pontos, será que sou o Pai do bebê? Será que a garota que veio me procurar era a Alice? Eu quero tanto ir na casa dela e desvendar esse mistério, mas eu não posso tomar decisões precipitadas.

- Oi filho.
- Oi mãe, vai querer comer algo?
- Quero sim.

Ela se sentou na cadeira do balcão e ficou me olhando.

- Que foi?
- Estou admirando o quanto você está grande, o quanto você está bonito e responsável.
- Eu amadureci demais, eu tenho que cuidar da senhora e colocar minha vida no lugar.
- Eu fico triste porque eu que deveria estar cuidando de você, não ao contrário.
- Mãe, eu sempre vou cuidar da senhora, sempre... - sorri e abracei ela.

Fiz um macarrão a bolonhesa para a gente almoçar, eu estava faminto e minha mãe tambem, terminamos de comer e eu subi para meu quarto e deitei na cama e fiquei pensando na vida.

Coloquei meu fone e minha musica preferida e viajei nos meus pensamentos.

- Já sei...

Me levantei e peguei um papel e uma caneta e resolvi enviar a carta para a Alice.

"Oi sou eu o Guilherme, eu resolvi te escrever de novo pra dizer que eu sinto tanta a sua falta, eu só queria estar com você por alguns minutos, dizem que estar perto não é fisico, mas estar perto é diferente de estar distante. O amor pode ser o mesmo, mas só de poder sentir sua pele tocando na minha é diferente, por mais que eu ame ouvir a sua voz eu prefiro te olhar nos olhos, por mais que eu ame seu sorriso eu prefiro te beijar, quanto mais é o sentimento, maior é a  saudade, eu sinto muito a sua falta Alice, eu não sei se você sente minha falta igual eu sinto a sua, não sei se você encontrou outro alguém, mas me responde o que eu faço com essa saudade acumulada?

Por favor eu preciso saber se esse bebê é o meu filho se for me conte e eu serei o cara mais feliz do mundo por ter feito um fruto do nosso amor, eu te amo, você sabe aonde me encontrar. Te amo."

Guardei a carta em um envelope e coloquei na minha mochila, amanhã bem cedinho eu irei colocar na caixa de correio da casa dela.

Alice

Meu Pai chegou do mercado com meu Tio e trouxe muitas coisas, mas eu senti que os dois estavam meio tensos quando eu cheguei perto.

- Que foi?
- Nada.
- Porque vocês estão nervosos?
- Alex eu vou contar para ela.
- Contar o que Tio?
- Encontramos o Guilherme.
- Que? Aonde?
- No mercado.
- Então ele voltou? - sorri.
- Filha não cria esperanças para não se magoar.

Meu coração estava acelerado, eu estava nervosa, minha mão está soando, agora é a hora que eu vou resolver isso, quero ele ao meu lado e agora vai dar certo.

Escutei alguem batendo na minha porta e eu levei um susto.

- Que porra é essa?
- SURPRESAAAAA.
- Caralho que susto Edu, perai é meu?
- SIMMMMMMM. - gritou
- Meu Deus, não acredito, como assim, meu Deus. - sorri.
- Gostou?
- Você ainda pergunta.
- Agora você vai poder praticar.
- Eu não acredito que você me deu um piano.
- Você merece, feliz aniversário - sorriu e me abraçou.
- Eu estou toda arrepiada, vamos colocar ele aqui dentro, mas como?
- Putz não pensei nisso.
- E agora gente?
- Vamos limpar a garagem e colocar ele lá.
- Acho uma boa ideia, a casa do Guilherme é assim também.
- Você falando do Guilherme?
- Sim, você não vai acreditar, ele voltou para Chicago.
- Como você sabe?
- Meu Pai viu ele no mercado.
- Vai com calma Alice.
- Pode deixar Edu, agora vamos logo colocar esse piano na garagem, quero tocar.

Meu Tio e meu Pai colocaram o piano no lugar, a garagem da minha casa não é tão grande assim, mas dá pro gasto, eu só usava ela para guardar meu carro, meus Pais deixam o carro deles na entrada de casa.

- Ficou perfeito. - sorri fascinada.
- Agora toca algo para a gente.
- Ok Pai.

Me sentei no piano e estava apaixonada a cada detalhe, respirei fundo e comecei a tocar a musica que eu toquei na casa do Guilherme.

Gui

Não tinha nada para fazer em casa, nada de interessante na tv, peguei o papel que eu estava compondo a musica pra Alice e comecei a tocar, espero um dia mostrar essa canção para ela.