ESTEVÃO - Livro Um - Trilogia Russell's Company

Cinco

Eu? Mas como assim? Eu confesso realmente estar encantado com ela, mas apaixonado, e a ponto de Heitor perceber? Será? Percebendo a minha careta de confusão Heitor solta antes de ir:

— Estava até babando!

Nesse momento Olívia vem em minha direção e ao perceber que estamos a sós na sala de reunião ela diz:

— Bom, Senhor Russell... — ela sorri — acho que nossa reunião foi um sucesso!

Como ela era linda quando sorria. Porra Estevão, você parece um moleque adolescente! Sorrio de volta para ela e digo:

— Tirando a intromissão idiota do Flávio, digamos que tudo correu excelentemente bem srta Stirling.

Ela olha para mim e deixa suas coisas na quina da mesa. Ela anda em minha direção e não posso deixar de notar o descompasso do meu coração. Olívia se põe a minha frente e coloca as mãos em meus ombros. Ela sorri amplamente e eu me perco. Ponho minhas mãos em seu quadril e a puxo mais para perto.

— Não brinca com fogo Olívia. — digo com a voz rouca.

Ela coloca lentamente a mão em meus cabelos e com a outra me segura firme contra ela. Olívia abre os lábios sensualmente e diz em um sussurro:

— E se eu quiser me queimar?

Isso é demais! Puta que pariu! Vou ficar maluco com essa mulher. Sem conseguir me conter, uno nossos lábios e a beijo com o desespero que sinto agora. Estou louco de vontade de tê-la desde o momento em que eu a vi e ela sabe disso. Então dane-se que está cedo demais ou qualquer coisa que minha cabeça queira me dizer para me manter longe dela.

Olívia abre seus lábios para mim e é como se as portas do paraíso estivessem sido abertas. Encontrei o meu lar. E esse pensamento, foi a coisa que mais me assustou na vida. Olívia corresponde apaixonadamente me dizendo, mesmo que sem palavras, que ela também queria isso tanto quanto eu. O desejo toma conta de mim, e minha vontade de tomar ela de todas as maneiras possíveis, aumenta de uma maneira surreal. Sinto que Olívia também pensa o mesmo, pois seus sussurros a denunciam e me deixam em êxtase. Mas então ela para o beijo e sela nossos lábios delicadamente. Olívia baixa o rosto e eu aproveito para beijar sua testa. Ela sorri e se vira com os olhos brilhantes para mim.

— Isso foi...

— Incrível — concluo.

Olívia abaixa a cabeça novamente e de repente quando levanta os olhos novamente, seus olhos estão cheios de lágrimas. O que está acontecendo? Por que tá assim? O que eu fiz? Todas essas coisas se passaram pela minha cabeça, mas só consigo dizer:

— O que ouve Liv?

Mas as lágrimas contidas se transformam em choro real depois de minha frase e eu não sei o que fazer. Nunca fui bom com mulheres chorando. Então, apenas fiz o eu achei melhor. A abracei com firmeza e acariciei seus cabelos. Após alguns segundos Olívia para de chorar e levanta os olhos para mim.

— Eu devo estar horrível! — ela diz.

O batom estava borrado pelo nosso beijo e seus olhos um pouco manchados de preto, mas isso a deixava mais linda ainda, como se de alguma maneira isso fosse possível.

— E se eu falar que está maravilhosa, você vai acreditar? — eu sorrio para ela relaxar.

Ela sorri um pouco, e acalma meu coração. Então diz: