Trinta e Nove

9K 880 16
                                    

Depois de longos tempos nos satisfazendo e matando a saudades, Olívia e eu resolvemos comer a massa que eu havia trazido. Bebemos nosso vinho e comemos a vontade, conversando sobre como eu fui parar lá e todas as coisas que eu tinha pensado antes de vir e quando eu cheguei.

— Eu não podia ficar mais um dia longe de você! — confesso a Liv.

Ela sorri para mim e se aninha em meus braços. O calor de nossos corpos se fundem e sinto em meu coração que somos um. Olívia se vira para mim e solta:

— Bem, eu não quero reclamar de sua estadia aqui, muito pelo contrário, mas agora você vai ter que me compensar pelo meu gasto.

Gasto? Que gasto? Olívia percebe minha cara de interrogação e pega seu celular. Ela mexe em algumas coisas e me entrega o telefone aberto em algo. Eu pego o aparelho e verifico o que está na tela. Eu simplesmente não podia imaginar. Olívia havia comprado uma passagem para o Brasil para amanhã. Ela iria me ver. Meu peito se enche de felicidade. Ela iria me ver. Ela. Iria. Me. Ver. Olívia estava encarando meu rosto com expectativa, e apenas a seguro e selo nossos lábios em um beijo.

— Eu não acredito que você ia para o Brasil! E sem me falar...

Olívia sorri e põe suas mãos em cima das minhas. Eu as abaixo e as descanso sobre as coxas de Liv.

— Ué, eu achei que você gostaria da surpresa, e eu já não estava aguentando de saudades. Quando falei com Kat, ela disse que você estava deixando Heitor louco. Então achei que precisava fazer alguma coisa.

A sinceridade dela me comove, além do esforço que ela ia fazer para me ver. Eu nunca tive ninguém que realmente se dedicasse a mim dessa maneira, como para ser sincero, eu também nunca desejei me dedicar tanto a ninguém, somente a Olívia.

— Eu te amo. — sussurro.

Olívia ergue seus lábios e sussurra:

— Eu também te amo.

E foi naquele momento, na sala de Olívia, olhando dentro de seus olhos que eu percebi, que eu não apenas a queria para sempre, mas eu precisava dela. Era questão de sobrevivência. Ela me inspirava a ser um melhor homem, um melhor profissional, um melhor amante, tudo porque eu achava, e tenho certeza, de que ela merece o melhor de mim. Eu precisava de seus sorrisos fáceis para clarear meu dia, precisava da sua calma para combater minha impaciência, precisava do seu amor que me fazia acreditar que o mundo era belo e que poderia ser mais belo ainda se ela estivesse comigo. Eu precisava que ela fosse a mãe dos meus filhos, a mulher forte e decidida que ensinaria, junto comigo, nossos valores as crianças, que não permitiria diferenças entre filhos, sendo mulheres ou homens. Eu precisava que ela ficasse comigo a minha vida inteira, porque tempo nenhum seria suficiente para eu fazê-la feliz como ela merece, então eu passaria o que eu tivesse de vida tentando. Assim, minha ficha caiu. E eu sabia o que fazer.

Olívia tirou três dias completos para ficar comigo, sem trabalhar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olívia tirou três dias completos para ficar comigo, sem trabalhar. O que foi difícil, devo dizer. Os três dias se passaram rapidamente. No primeiro dia, peguei minhas coisas no hotel e as levei para o apartamento de Liv, depois, Olívia me levou a quase todos os lugares legais de Sydney, fomos ao Royal Botanic Garden, Opera House, Sea Life, The Rocks e todas as coisas turísticas que poderíamos fazer na cidade. Andando por lá, nesses dias, percebi que a cidade era realmente fantástica, e eu entendia perfeitamente o porque de Olívia amar tanto Sydney. Com essa experiência aqui, conhecendo o local, pude aprimorar a ideia que eu havia tido. E era sobre uma parte dela que eu deveria falar com Olívia agora. Ela estava deitada em um sofá na sacada, olhando o mar. Seu vestido havia subido alguns centímetros, deixando sua coxa exposta, seus cabelos estavam bagunçados dando um ar informal. Na meia luz da varanda, com o barulho do mar batendo, ela parecia relaxa e feliz, exatamente como eu me sinto nesse momento.

— Liv, o que está observando? — digo chamando sua atenção.

A essa hora da noite a praia estava tecnicamente fazia, algumas poucas pessoas passavam pela mesma. Mas Olívia parecia observar os movimentos lá embaixo. Ela levanta o olhar pensativo e sorri.

— Estevão. Estava apenas vendo como as pessoas se comportam, preciso aproveitar que não sou vista.

É claro, as portas de vidro da sacada estavam fechadas, então mesmo que transparentes para nós que estávamos dentro, era apenas preto para quem tentava observar de fora. Eu me aproximo do sofá onde ela está e correspondo ao seu sorriso. A pego pela mão e a levanto, segurando-a em meus braços. Ela põe suas mãos em meu torso e eu a olho nos olhos, a apertando mais contra mim.

— Preciso conversar com você.

Eu deposito um beijo rápido em seus lábios e ela corresponde ávidamente. Será que um dia eu me cansaria de seus beijos? Eu já sabia a responta: nunca. Olívia abre seus lábios para mim, e minha língua a invade buscando a sua. Antes que pudéssemos nos distrair completamente, separo nossos lábios em um selinho e vou em direção ao sofá onde ela estava deitada, será que digo sofá ou cama, por que certamente mais parecia uma cama. Sento em um lado, esticando minhas pernas no comprimento do sofá e abro espaço para Olívia sentar ao meu lado, mas a mesma parece ter outros planos pois se aproxima de mim e senta em meu colo e começa a beijar meu pescoço.

— E eu, preciso te ter urgente. — diz Liv.

Seus lábios macios mordiscam alguns lugares me causando arrepios. Olívia passa sua língua pelo lóbulo da minha orelha e o chupa delicadamente. Suas mãos estão em meu torso, levantando sutilmente minha camisa. Perco o foco do que ia dizer e me dedico a ela. Prioridades. Instintivamente, ponho minhas mãos no quadril de Olívia a encaixando em cima de meu membro. Olívia leva sua boca a minha e me beija com avidez, em sua ansiedade de aprofundar o beijo, Liv roça seu sexo em meu membro me deixando louco. Eu correspondo seu beijo e ponho minhas mãos por baixo do seu vestido, buscando suas nádegas. Eu as aperto com vontade, fazendo Olívia se encaixar mais. Sinto meu membro latejar e quase rasgar meu short. Olívia se levanta um pouco e abaixa meu short apenas o suficiente para o libertar. Eu passo meus dedos por cima da calcinha de Olívia e sinto sua umidade, então coloco a calcinha de lado e a trago de encontro a meu membro livre. Ela pega o mesmo com as mãos e posiciona de modo que roce em seu clitóris. Ela me beija e mexe, rebola e rebola, me deixando louco. Eu a levanto, e tiro seu vestido e sua lingerie, ela arranca minha roupa me deixando nu. Olívia me empurra para o sofá novamente, e se joga em cima de mim. Ela literalmente, encaixa meu membro em si, e começa a me cavalgar. Eu puxo seus seios para minha boca e isso só a faz ir mais rápido. Nossos gemidos e arfadas ganham volume, e em questões de segundos estamos os dois cansados, suados e satisfeitos. Olívia, como sempre, deita em meu torso e eu mecho em seus cabelos. Ficamos nos acariciando, até que Liv diz entre risos:

— Bem, agora você pode dizer o que queria.

ESTEVÃO - Livro Um - Trilogia Russell's CompanyOnde histórias criam vida. Descubra agora