Independente de religião, eu sou contra a intolerância gerada pela ignorância de alguns radicais e fanáticos, que tem como único intuito estabelecer a figura de uma religião única, estabelecendo, a seu critério, que as outras estão erradas. Jesus não era cristão, Buda não era budista e nem Maomé era muçulmano. Eles pregavam o amor, a justiça e a fraternidade.
Intolerância religiosa sempre será sinônimo de medo, ignorância e radicalismo.
Em nome de Deus foram praticadas e continuam sendo, as maiores barbáries do mundo. Mas o que esperar da Justiça de um país que inocenta mensaleiros de formação de quadrilha? O que esperar de um poder que se autointitula maior que Deus e que tem profundas sequelas morais nos seu corpo institucional, nas suas mais variadas estâncias?
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o Brasil possuía 3,8 milhões de espíritas, sendo esse o terceiro maior grupo religioso do país, representando cerca de 2% da população brasileira. Com efeito, o IBGE trata os termos kardecismo e espiritismo como equivalentes em sua classificação censitária.
Religião deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo metafísico, ou seja, de além do mundo físico (http://www.xr.pro.br/religiao.html).
Durkheim definiu a religião como um sistema solidário de crenças e de práticas relativas a coisas sagradas, isto é, separadas, interditadas, crenças e práticas que unem numa mesma comunidade moral, chamada igreja (no sentido de templo - Igreja é uma palavra de origem grega escolhida pelos autores da Septuaginta (a tradução grega da Bíblia Hebraica) para traduzir o termo hebraico q(e) hal Yahveh, usado entre os judeus para designar a assembleia geral do "povo do deserto", reunida ao apelo de Moisés (http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja.), todos os que aderem a ela (http://www.domtotal.com/direito/pagina/detalhe/23867/concepcao-de-religiao-segundo-emile-durkheim).
Segundo a Infopédia, religião (nome feminino) é: Crença de um poder sobre-humano e superior no qual o homem se considera dependente, conjunto de preceitos, práticas e rituais pelos quais se manifesta essa crença, culto prestado à divindade, doutrina ou crença religiosa, reverência ou respeito às coisas sagradas, devoção ou grande dedicação, crença, escrúpulo.
Por fim, o que decide religião não é a justiça e sim a fé do povo que a segue. A perseguição religiosa remonta anterior aos circus romanos e crucificações de cristãos e esteve presente no Brasil no início do século passado. Assim como os romanos, que pela força, não conseguiram impedir o crescimento do cristianismo, ou o Catolicismo não conseguiu impedir o crescimento do protestantismo, do islamismo, etc. Nenhuma religião pode impedir a manutenção, a propagação ou mesmo o crescimento de outra, mesmo que alguém rotule uma religião de não ser religião. Aos meus irmãos espíritas das várias denominações, assim como são meus irmãos, em cristo, os católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, budistas, wiccanos, etc, o meu sentimento de solidariedade e a certeza de que a fé é maior que qualquer intolerância religiosa.
Cada um segue aquilo que sua consciência religiosa determina seguir, e responderá de uma forma ou de outra pelas suas escolhas ao Deus que serve.
Que Deus esteja com todos.
Textode repúdio contra a decisão de juiz federal que afirmou que manifestações religiosas afro-brasileiras não constituem religião em 24/07/2013
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Sentimentos - Ensaios e Crônicas
RandomSentimentos - Ensaios e Crônicas nada mais é o do que o escritor colocando no papel de forma literária seus sentimentos. É o passeio por uma vida e uma viagem pelo sempre surpreendente coração. Uma caminhada firme e confiante pelo mundo dos sentimen...