64. Feliz

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Noah voltou do serviço bem mais cedo do que o normal. Depois de me dar um beijo ele subiu ao quarto para tomar um banho. Levei meus livros e anotações para o seu escritório depois de estudar por um pouco, estou sem coragem para ler diretrizes e códigos jurídicos.

Deitada no sofá, aliso minha barriga redonda pensando nos meus amados filhos. Nunca imaginei que eu seria mãe tão cedo, em vez de estar nervosa ou ansiosa, estou pronta para ser a melhor mãe do mundo. Vou dar o meu melhor para criar os meus bebês, sei que não vai ser fácil por ser mãe de primeira viagem.

Eu não sei como Noah vai lidar com toda essa situação, tenho esperança que pelo menos ele esteja presente nos momentos que eu mais precisar.

Perdidas em meus pensamentos, sinto um sopro no meu ouvido.

- No que está pensando? - ele diz por trás do sofá com as mãos nas costas.

- Estava pensando como vai ser quando os meninos nascerem...

Ele suspira e dá meia volta até se sentar aos meus pés. Ainda deitada, me recolho e sento ao seu lado e vejo uma caixa marrom em suas mãos.

- O que é isso? - fito a caixa curiosa.

- São fotos da nossa família... Peguei essa caixa quando sair da casa dos meus pais, queria uma parte deles comigo quando eu estivesse longe. - Noah diz ao olhar a caixa com atenção.

- Posso abrir? - pergunto.

Ele põe a caixa em meu colo, retiro a tampa e vejo várias fotos de tamanhos variados. Pego uma de uma criança loura, seus olhos azuis ressaltam de longe. Olho para ele a procura de quem seja essa criança.

- Sou eu... - ele responde. - Acho que tinha uns cinco anos de idade.

Dar para ver o quanto Noah é doce, desde de pequeno ele emana uma serenidade incrível.

- Você era muito fofinho! - falo ao apertar as sua bochechas e ele fica sem jeito.

Pego uma outra foto e nessa está a família Collins reunida e mais uma porção de gente que eu nunca vi.

- Essa é de umas das nossas noites de Natal, eu já tinha uns doze anos. Esses são os meus tios da Irlanda. - ele aponta para um casal meigo.

Enquanto tento reconhecer outros membros da família, Noah revira a caixa.

- Essa é minha querida avó, Sarah Collins! - ele chama minha atenção para a foto comprida em suas mãos.

Maravilhada, contemplo a beleza de Sarah, agora sei o que tanto chamava a atenção de Abraham. Ela era adrenalina em pessoa e parece que nunca se cansa de descobrir as coisas, engraçado que em apenas uma foto conseguimos descrever alguém.

Noah segura a minha mão e chama a minha atenção para si.

- Me perdoe por tê-la deixado sozinha nessa... Eu estava com medo de não conseguir ser um bom pai... - ele abaixa a cabeça. - Nunca fui apegado com crianças e saber que estou esperando gêmeos me deixou sem chão!

Sem pensar muito, o abraço forte.

- Vai ficar tudo bem, não estamos sozinhos nessa. Dizem que na hora saberemos o que fazer, a famosa intuição. - tento acalmá-lo.

- Eu te amo Anna e amo os nossos filhos, prometo que vou ficar ao seu lado para sempre, não importa o que aconteça. - Noah promete ao me encarar seriamente.

Sinto meus olhos marejarem, sei que ele está com medo e por me sentir mais preparada não entendo o que ele está passando. Mas só de saber que ele ama os meninos já é uma alegria imensa.

Infinita Liberdade ( Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora