Ele tem falado pouco durante o trajeto, apenas frases curtas e necessárias. Dois dias no hospital foi como dois anos, Noah ficou ao meu lado o tempo todo. Eleonor chorou quando confirmei a ela minha gravidez.
- Vem, eu te ajudo... - ele estende a mão para que eu possa segurar ao subir a escada.
Sinto o peso de remorso em sua voz, Noah acha que eu não o perdoei. Ele não foi gentil naquela noite, mas não estou com raiva dele, além de estar se saindo muito bem em cuidar de mim.
- Noah eu te amo! - o abraço de repente.
Me enlaço no seu corpo másculo e forte e ele envolve seus braços definidos pelo meu corpo tão pequeno diante do dele.
- Será que um dia ainda vai me perdoar? - ele sussurra.
- Eu perdoei antes mesmo de você entrar no quarto do hospital...
Ele solta uma respiração quente e pesada.
- Amo os seus abraços repentinos... - ele diz com carinho. - São o melhor lugar do mundo.
Sorrio quando ele termina de dizer isso e me aconchego mais nele.
Estou esgotada, mas feliz por todos saberem que estou esperando um filho. Apenas Charlotte sabe que estou esperando gêmeos, vou esperar a poeira baixar para contar esse detalhe a família Collins e principalmente ao Noah.
O médico recomendou repouso absoluto durante quinze dias, Noah ficou um pouco chateado ao saber que não poderia ficar comigo durante esses dias, alguém precisa trabalhar em dobro. A reação da família Collins foi maravilhosa, todos eles ficaram contentes com a chegada de mais um membro na família. Minha mãe ficou muito feliz, principalmente porque estamos grávidas ao mesmo tempo, é um pouco estranho, mas vou me acostumar.
Noah fica um pouco retraído quando o beijo e desde a saída do hospital que ele não me toca. Fico triste e frustrada por não saber o que está acontecendo entre nós e o porquê ele estar agindo dessa maneira.
- Já tentou conversar com ele sobre isso? - Charlotte pergunta.
- Sim, eu já tentei. Mas ele sempre inventa uma desculpa... - suspiro exausta.
- Você precisa resolver isso logo. Talvez ele esteja assim porque vocês vão ter dois filhos...
- Vou resolver esse assunto e agora! - interrompo a minha amiga e saio apressada do seu apartamento.
Quebrei a regra do médico e levantei da cama, não suportava mais ficar naquele apartamento e precisava sair para tomar um ar e ver pessoas. Normalmente, por volta das 18h00, Noah está chegando do serviço. Ele tem evitado passar mais tempo na empresa e se dedica a trabalhar quando possível em casa, ele está presente e distante ao mesmo tempo.
Entro no elevador pensando no que eu posso dizer para ele. Preciso saber o que ele sente em relação ao nosso filho, se tem medo ou se rejeita a criança. Oh meu Deus! Ele nem sabe que estou esperando o segundo filho também! Os meus bebês são tudo pra mim e me emociono só de pensar que estou gerando seres humanos tão inocentes na minha barriga.
- Vai ficar tudo bem meus amores, a mamãe vai dar um jeito! - digo com carinho ao acariciar a minha barriga.
Confesso que estou nervosa e me atrapalho toda ao tentar abrir a porta do apartamento.
Ao entrar sinto o perfume dele e tenho certeza que ele está em casa. Subo as escadas já que não o vejo na sala ou na cozinha. Empurro a porta do quarto que está entreaberta e um cheiro refrescante invade o meu olfato, Noah está no banho.Prendo o meu longo cabelo em um coque e sento-me na cama a espera dele. Alguns minutos depois ele sai do banheiro com a toalha presa em sua cintura, as gotículas de água escorre pelo seu lindo abdômen malhado e meu corpo já fica em alerta. Ele me nota e sorri.
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Infinita Liberdade ( Revisado)
RomanceFugir é liberdade? Ser livre era tudo o que Anna desejava, mas por ter sofrido muito, fez escolhas erradas e como consequência vários problemas foram desencadeados . Esconder sua identidade e quem ela é de verdade é uma de suas estratégias para não...