50. Noah

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Jake deposita um​ beijo na testa de Charlotte e se levanta para chamar meu avô e a Anna. Vamos nadar com os coletes no mar. Anna não sabe nadar, então vai ser uma ótima oportunidade para ensiná-la.

Nunca estive tão feliz em toda minha vida. Minha família toda reunida e a mulher da minha vida aceitou ser a minha esposa, não poderia pedir algo melhor que isso. Sei que Julie e meu avô ainda não aceitaram o nosso relacionamento, mas com o tempo vão se acostumar.

- A Anna! Ela caiu! - Meu avô exclama desesperado.

- Onde?! - pergunto desesperado e com o coração angustiado.

- Essa garota como sempre chamando atenção! - Julie reclama sem dar muita importância.

- Na água! Ela está se afogando.

Mal espero meu avô terminar de falar e corro para o outro lado do iate. Vejo Jake nadando de volta com muito esforço com a Anna em seu braço. Pulo dentro da água sem pensar duas vezes para ajudá-los, não vou perdê-la de novo.

Assim que conseguimos trazê-la de volta ao iate, Jake deita ao tomar fôlego. Anna está desmaiada e sua pulsação está fraca. Faço respiração boca a boca, mais não adianta.

- Que droga Anna! Acorda meu amor! - digo frustrado.

- Com licença Noah, eu cuido daqui! - ordena Angelin. - Preciso que vocês se afastem.

Angelin começa a fazer compressão no peito da minha noiva e meu coração bate muito forte. Eu não deveria ter deixado ela sozinha, estou desesperado e se ela não acordar? Angelin continua a fazer respiração boca a boca e a checa os pulsos, ela é médica e por isso sabe fazer os procedimentos da melhor forma possível. Confio nela, mas fico sem chão ao pensar que a Anna não possa retornar.

Depois de várias compressões, Anna acorda e cospe muita água para fora.

- O cérebro ficou pouco tempo sem oxigenação e ela engoliu muita água. Peguem dois cobertores, um para ela e outro para o Jake. - a minha tia disse. - Ela vai ficar bem, poderia ser pior...

- Anna vai ficar tudo bem... Vai ficar tudo bem, eu te amo! Não me deixe. - falo ao pegá-la no meu colo.

Assim que terminou de dizer essas palavras, Anna abre os olhos lentamente. Minha mãe me entrega uma manta e a cubro com todo cuidado, sua pele está muito fria. Seus lábios não são vermelhos como antes, um tom de azul arroxeado cobrem-os, e sua respiração volta ao normal.

- Noah... - ela diz baixinho.

- Eu estou aqui! Vai ficar tudo bem...

- Eu te amo. - Ela diz e sorrir fracamente.

- Você me assustou... - Olho para todos ao meu redor. - Assustou a todos nós!

- Foi sem querer, me desculpa...

- Não precisa se desculpar querida! - diz Angelin ao checar o pulso novamente.

- Jake, muito obrigado. - agradeço o meu primo.

- Ela está bem e isso é o que importa. - ele dar de ombros.

Anna tenta se levantar, mas não deixo.

- Acho que consigo andar... - ela tenta de novo e se equilibra.

Angelin pega uma mini-lanterna e pede para que ela olhe na direção da luz.

- Sente alguma tontura?

- Pouca, mas vou ficar bem.

- E a respiração?

Infinita Liberdade ( Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora