48. Passeio

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- Ele é tão fofo.... - olho com muito amor para Benjamin, é tão bom vê-lo dormir. - Nem acredito que estamos noivos!

- Pois vai se acostumando, porque será apena eu, você e nosso apartamento. - Noah fala ao beijar o meu ombro.

Não deixo de notar que ele mencionou que o apartamento é nosso, isso já é um bom começo. Estamos deitados e cansados, já são duas da manhã e ainda estou encantada com tudo o que aconteceu ontem.

- E depois um bebê... - digo ao contornar os traços do seu rosto com o meu dedo indicador.

- Bebê?! Você quer dizer... Um filho? - Noah fica tenso e se afasta um pouco.

- Sim, um filho. Nunca pensou em ter um? - pergunto mesmo sabendo a resposta.

- Na verdade, eu não sou muito achegado a crianças... - ele diz com cautela. - E não sei se vai ser uma boa ideia ter filhos!

- Como assim Noah? Eu amo crianças! E sempre quis ter um bebê...

Ele enrijece e muda sua expressão, Noah não está gostando muito dessa conversa. Ele não quer ser pai e ainda tem a audácia de dizer que ter filhos não é uma boa ideia, fiquei chateada por ele ter dito isso.

- Eu pensei que esse amor fosse só pelo Benjamin... - Noah respira fundo. - Vamos descansar, está tarde, amanhã nós conversaremos sobre esse assunto.

- Quer saber de uma coisa... - saio da cama antes de terminar a frase.

- Anna! Pra onde você vai? Não acredito que você vai ficar chateada por causa de um assunto bobo? - Ele diz sem nenhuma consideração. Desde quando falar sobre filhos é bobagem?

- Noah vá dormir, eu irei tomar apenas um pouco de água! - e saio do quarto para tomar um ar fresco.

Depois de descer a escadaria, passo pela sala de reunião onde nos divertirmos nessa madrugada. A luz ainda está acesa e caminho até lá, vejo Eleanor sentada com uma xícara em mãos e olhando fixamente para a árvore de natal que fica ao lado da janela. Um sorriso aparece em seus lábios e fico bastante curiosa para saber no que ela está pensando, bem no momento que estou me retirando, Eleanor me nota.

- Ainda acordada?

- Sim, foi muita emoção por hoje! Só vim beber um pouco de água... - digo sem jeito.

- Verdade, foi o melhor natal da minha vida...

- A senhora não vai dormir?

- Ah claro que vou, só estou terminando de esvaziar essa xícara... Mas pode ir, não se preocupe comigo.

Depois de me despedir dela, vou até a cozinha com passos pesados por causa da raiva que estou sentindo. Noah não quer ser pai e eu quero ser mãe, mais um impasse para ser resolvido, se bem que nem casamos ainda e os problemas já começaram a surgir.

Em vez de seguir para o meu quarto, vou para o de Charlotte. Bato na porta, mas ela não responde, deve estar dormindo. Entro mesmo assim, ligo o abajur e não vejo Charlotte na cama e não penso em outra coisa a não ser que ela esteja dormindo com o Jake. Sorrio ao imaginar o que eles devem está aprontando e me deito na cama.

Ouço passos lentos, mas não abro os olhos. A porta do quarto é aberta e acordo desnorteada por causa do barulho. Estou com o edredom por cima de mim, o quarto está escuro e noto luzes fracas invadindo várias brechas entre o cortinado da enorme janela.

- Quem está aí? - pergunto sonolenta.

- Anna! - Charlotte responde assustada.

Ela abre a cortina para que a luz entre e ilumine o quarto. Pelo jeito, ainda é bem cedo e Charlotte me olha de uma forma estranha.

Infinita Liberdade ( Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora