Infinita Liberdade ( Revisado)

28. Ameaça

Apesar de ter passado a tarde toda ao lado de Noah, ainda ficamos conversando por horas ao telefone. Mas aí o sono veio e tivemos que nos despedir, isso tudo as duas horas da madrugada.

Hoje acordei meio desanimada, mas acho que foi porque não dormir o suficiente. Amanhã é feriado do Dia de Ações de Graças e tomara que hoje não tenha muito serviço. Resolvi levar chá para viagem, preciso me manter desperta quem mandou eu ficar de namorico ontem!

Dou bom dia como de costume para os meus seguranças. E meu celular começa a tocar.

- Oh Deus tomara que não seja o Noah, culpa dele eu estar com sono agora! - resmungo enquanto procuro meu Samsung dentro da bolsa.

Olho na tela e vejo que é um número desconhecido me ligando, mas atendo mesmo assim.

- Alô? - digo.

- Olá senhorita Álvarez! Quanto tempo... - diz uma voz com uma mistura de frieza e ironia.

- Quem é que está falando? - pergunto nervosa.

Ouço uma gargalhada alta e assustadora.

- Ora vejo que não se lembra de mim, pois irei refrescar sua memória. Prazer, Fernan DellaTorre!

Meu corpo congelou totalmente. Eu não sinto minhas mãos e nem sei se estou respirando!

- O q... O que você quer?! - pergunto desnorteada e na mesma hora Matt me olha com estranhamento.

- Temos contas a acertar Anna Álvarez e você me deve e muito! Sei que anda com seguranças por causa de seu namorado rico, mas isso não vai me impedir de chegar até você.

Minhas mãos estão trêmulas, Charlotte tinha razão, eles estão me seguindo.

- E então? - pergunto com deboche.

- E como sou misericordioso deixarei que venha até mim, te darei um prazo para acertamos as nossas dívidas. Caso ao contrário, você sofrerá muitas consequências! - ameaçou Fernan com um tom assustadoramente calmo.

Que misericórdia! Agora estou ferrada de vez, por que não fui embora antes?

- Que consequências? - perguntei mesmo não querendo saber do que se tratava.

- Você não vai querer provar delas, disso eu tenho certeza! Não faça nenhuma besteira e lembre-se que estou sempre por perto... - Fernan alertou.

Eu sou a pessoa mais azarada desse planeta, pode ter certeza! Eu destruí o armazém da facção que continha muitas drogas, mas não fiz tudo isso sozinha, Alejandro me ajudou. E pelo os meus conhecimentos lucraria milhões na venda daquelas substâncias. Eu não tenho nem o terço do valor para pagar a ele pelos prejuízos, e sei que os cartéis amam acertos de conta, e que nesse caso será a minha morte.

Eu nunca estive com tanto medo na minha vida como estou agora, nem quando fugi do Brasil não fiquei com tanto medo assim. Só tenho que respirar fundo e pensar numa solução, ele me deu um prazo, portanto, ainda tenho tempo o suficiente para planejar algo. Me entregar não é uma opção!

- Anna! Eii... - grita Matt.

Me assusto e percebo que estava perdida nos meu pensamentos.

- Ah, oi Matt... Desculpe! - respondi. Bruce e Matt estavam me encarando e o carro estava desligado. - Por que paramos?

- Aconteceu algo que devemos saber? - perguntou Bruce com o tom sério de sempre, mas com um certo tipo de preocupação.

- O quê? Nada, não aconteceu nada! É que a senhora Benson estava me dando uma bronca, mas já resolvemos tudo... - menti.