Capítulo Sete - Vai Ficar Tudo Bem (continuação)

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     Todos estavam sentados na sala de espera. Haviam várias dessa, eram pequenas e aconchegadas. Finn, Alex e Millie estavam sentados no sofá. Alex, estava no meio dos dois e abraçado com a sua filha e Finn estava quieto.
Matt havia saído da sala para ligar para sua esposa. Depois de uns minutos, ele voltou da ligação e trouxe quatro bebidas. Entregou um café para Alex e um chocolate quente para Millie.
     — Obrigado, Matthew — Alex agradeceu.
     — Por nada. Eles ainda não disseram nada?
     — Infelizmente não, estou preocupado.
     — Fique tranquilo. Ela vai ficar bem. Os dois vão. Conte comigo se precisar de alguma coisa.
Alex ía agradecer até que um homem apareceu na entrada da sala.
     — Alex Sparks — chamou.
O mesmo levantou e foi até o doutor e o cumprimentou com um aperto de mãos.
     — O Dr. Harris...
     — A Minha esposa e meu filho estão bem? — Alex o interrompeu e perguntou baixo e muito preocupado.
     — O Dr. Harris falará com você em particular, tudo bem? Ele está com a sua esposa.
     — Eu já volto, filha. — disse olhando para Millie.
     Depois disso, Alex e o homem que havia dado a notícia se afastaram da ssa e foram até o quarto de Allie.

✥✥✥

4h00 AM.

     O celular de Matt tocou, era Anne. Ele se levantou e disse para Finn que atenderia fora da sala de espera.
Novamente Millie começou a chorar, mas agora, baixinho. Estava pensando novamente no seu maior pesadelo. Ela estava com muito medo de perder sua mãe e seu irmãozinho que ainda nem conheceu. Cada vez que Finn olhava para a menina, sentia seu coração apertar.
     — Millie, ela vai ficar bem... falou baixinho. Não sabia mais o que falar.
Millie olhou para Finn e enxugou suas lágrimas, mas logo outras desceram.
     — Estou com tanto medo, Finn — sua voz estava trêmula.
     Ela se levantou e foi até a entrada da sala de espera, olhou para os dois lados do corredor para ver se havia sinal do seu pai. Millie estava encolhida.
     Finn se levantou do sofá e foi até ela.
     — Mills, estou aqui com você — sussurrou.
     Millie voltou a olhar para Finn. Ele se aproximou devagar e o abraçou.    Quando sentiu que os braços dele estavam envolvidos em seu corpo, o choro se intensificou, ela abraçou Finn o mais forte que pode e ele beijou demoradamente a testa da pequena menina.
     — Fique aqui, Finn... — falou entre os soluços. Sua voz era doce e baixa.
     — Não vou a lugar nenhum, Mills. Eu prometo. — apertou o abraço enquanto acariciava suas costas.

✥✥✥


     Alex estava voltando da conversa com o Dr. Harris e Encontrou Matt que estava voltando do telefonema.
     — E aí, Alex? O que ele disse? — perguntou preocupado.
     — Ela está melhor, acordada. Mas entrará em cirurgia agora, será cesariana. O bebê e Allie ficarão internados... — Alex estava um pouco menos preocupado, mas ainda com uma expressão triste.
     — É uma boa notícia! Eu estava falando com Anne. Falei que o médico e cirurgião é o Harris, ela disse que ele é muito bom mesmo.
     — Espero que sim —.tentou um sorriso — Nem sei como agradecer o que tem feito. Ficar aqui não era uma obrigação sua.
     — Nunca deve ajudar por obrigação, certo? — sorriu — É menino ou menina?
     Alex sorriu de volta. Os dois começaram a andar em direção a sala de espera.
     — Menino. O nome será Noah.
     — É um nome bonito.
     Matt via a expressão de tristeza do Alex. Então fez uma cara séria.
     — Temos que torcer para que o menino seja um Dallas. — falou em um tom de preocupação falsa. Alex começou a gargalhar. Pela primeira vez naquela madrugada triste, sua expressão não era de tristeza.
     — Eu não acredito nisso! — disse com um sorriso largo - Bom, com certeza ele não torcerá para CHICAGO BEARS!
Os dois começaram a rir.
     — Matthew, sobre a Millie...
     — Eu posso levá-la pra casa, para a minha. — interrompeu.
     — Obrigado... não quero que ela fique sozinha em casa, nem fique aqui. Vou entrar na cirurgia, talvez. E ela deve estar cansada. Na hora que viu Allie na cama, daquele jeito, ela entrou em choque, ficou desesperada e chorou demais.
      — Eu imagino, deve estar sendo duro pra ela. Não se preocupe, Anne e eu cuidamos dela.
     — Obrigado mesmo, Matt. Depois disso tudo, o próximo jogo do Dallas eu pago!
     — Eu vou cobrar! — os dois riram novamente.

✥✥✥


     Ao chegarem na sala de espera, Alex e Matt se depararam com Finn e Millie abraçados. Millie estava tão cansada que acabou dormindo no abraço de Finn e ele ficou totalmente sem graça ao ver o pai dela. Alex e Matt se olharam e deram um sorriso. Pai de Finn e o de Millie tentavam segurar o riso ao perceberem o rosto vermelho do Finn. Ele estava com muita vergonha do Alex.
     — Mils... acorda... — Finn fala baixinho para Millie enquanto a soltava devagar. Ao abrir os olhos, ela viu seu pai e já o abraçou.
     — Pai! A mamãe, como ela está? — perguntou enquanto abraçava o pai.    Ela estava muito cansada e com o rosto inchado de tanto que havia chorado.
     — Ela está melhor, mas o bebê vai ter que nascer hoje, está com algumas complicações. Eu tenho que voltar pra lá para ficar com ela, tudo bem? — a fala calma, como sempre.
     — Eu posso ficar com você? Eu posso ver o Noah? Como assim complicações? — perguntou olhando para o pai, ainda preocupada.
     —Não pode, Mimi — a chamou com por apelido de quando era bebê -— você vai ficar com Anne e Matt por enquanto. Precisa dormir, comer. Eu vou te ligar assim que sua mãe sair da cirurgia.

     Millie ficou chateada, mas entendeu.
     — Tudo bem, pai... cuida dela, tá? — sua voz era baixa e tristonha.
     — Eu vou cuidar. E você se cuida, tudo bem? — beijou o rosto da da filha enquanto tirava a chave e o celular do bolso — Você vai ficar com a chave de casa se precisar pegar alguma coisa é só pegar lá, e fique com o meu celular, te ligo daqui do hospital, certo?
      — Certo, papai. Eu te amo, muito. — Millie abraçou o pai ainda mais forte e depois o soltou — diz pra mamãe que eu a amo.
     — Eu te amo, filha. Sim, eu digo. — beijou a cabeça da Millie. — Obrigado novamente, Matt.
     — Chega de me agradecer, só quero o Dallas. - sorriu e os dois apertaram as as mãos.
     — Certo! Tchau, Finn! — deu um sorriso largo — Preciso ir. Vejo vocês amanhã!

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora