Capítulo Bônus - Cara, Eu Odeio Isso.

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"O Amor Mora ao Lado" completou +500 leituras. Para muitos, isso pode ser pouco, mas para mim, esses +500 significam muito.

Agradeço a todos os leitores que estão acompanhando a minha primeira fanfic. Agradeço por cada comentário que já fizeram por aqui. Saibam que isso me deixa muito feliz e com mais vontade ainda de continuar publicando a história.

Como forma de agradecimento, deixo aqui um "bônus" para vocês.  Chamo assim pois ele realmente não etava nos meus planos.  Espero que gostem.
Boa leitura!

Com amor e muita gratidão,
Cherry.






*Atenção: Capítulo Bônus é narrado por Finn Wolf.*














     Entrei em casa praticamente correndo. Bati a porta sem querer e a minha sorte é que meus pais trabalham no período da tarde e meu irmão está na creche. Senti aquele nó na garganta ficar ainda maior e meus olhos encherem de lágrimas.
     — Não chora, seu idiota! — falei para mim mesmo. Sentei no sofá com a esperança de me acalmar, mas desabei. Comecei a chorar feito uma criança de 8 anos.
Comecei a pensar em várias coisas e diversas perguntas passaram pela minha cabeça.

"Por que? E pra quê? Droga! Por que eu tive que passar tudo isso com a Amber?Por quê eu não desisto? Por quê ela fez isso comigo? Eu sou um estúpido!"
     Quanto mais eu me perguntava, mais eu chorava.
"Não sei o que fazer em relação a Amber. Devo terminar? Devo continuar? Isso é uma droga."

     Tentei me acalmar novamente. Não sabia o que pensar para manter a calma, mas uma coisa me veio a cabeça: o abraço da Millie. Comecei a pensar nisso e fui me acalmando aos poucos. Lembrei dela alí me abraçando enquanto estava nas pontas dos pés. Ela é tão pequena... lembrei do seu perfume doce, dos seus olhos grandes e castanhos. Me senti melhor, mas ainda pensando na Millie.

Por que eu estava pensando na Millie?
          
     Balancei a cabeça como se fosse me livrar desse pensamento, peguei o meu celular para me distrair e mandei uma mensagem para o Will:

"Will! Estava pensando, sexta é meu aniversário de 16 anos. O que acha que podemos fazer? Alguma ideia?"

Will:
"CARA! Você tá muito velho! Hahahahaha está pensando em algo com bastante pessoal ou só os mais chegados?"

Respondi:
"Acho que só com vocês mesmo... não tô afim de ralação sobre aquilo na minha festa. Sabe como são!"

     Enquanto Will não respondeu, fui almoçar. Minha mãe sempre deixa minha comida na geladeira e eu esquento no microondas.

Will:
"Também acho melhor. Ainda mais depois que você se irritou com ela na saída, pelo menos era o que estavam comentando no ônibus do Colégio. Vou ver como vai estar o clima/tempo, aí penso em algo."

Respondi:
"O que? Eu não me irritei com ela! Só falei um pouco alto mas foi porque estava chateado."
Fiquei irritado.

     Will estava me ligando. Coloquei meu prato no microondas, liguei o mesmo e atendi o Will.
     — Oi! — falei.
     — Oi! Sobre a chateação, eu imaginei mesmo. O que rolou entre vocês? Então, a casa dos meus pais em Nags Head não é tão longe. Meu pai pode nos levar e Nate pode ir dirigindo. Assim cabe todo mundo. Podemos passar o dia lá, independete do clima, vai ter coisa pra fazer: barco, piscina quente, praia, fogueira...

Caramba, Will é muito tagarela.

     — É uma boa ideia! Gostei! Vou falar com o pessoal amanhã. Hmmm, sobre isso da Amber, ela perguntou se eu a amava e eu meio que disse não.
     — Cara, fez certo. Não tem como mentir nisso. Vocês terminaram?
     — Não, não terminamos.
     Nesse momento deu pra ouvir a decepção do Will de tão grande que foi.
     — Ainda vai tentar, né? — havia chateação na voz dele.
     — Sim, eu vou. Will, eu preciso desligar. Vou comer agora.
     — Tudo bem... depois quero falar mais sobre isso. Até mais bundão.
     — Até, idiota! — desliguei o celular.
     Voltei peguei minha comida no microondas, comi muito. Estava morrendo de fome. Enquanto comia, fiquei pensando se deveria ter falado para o Will sobre a conversa com a Millie, o choro, o abraço ou o fato de ter me acalmado apenas quando pensei nela.
     Depois de alguns estantes, comi tudo e lavei o prato - minha mãe odeia prato sujo na pia - agora tudo em que eu pensava era ir pro quarto e dormir.
     Fui até o meu quarto, já entrei fechando as cortinas das janelas. Fechei a da janela que fica de frente pra rua e fui fechar a da que fica de frente pro quarto da Millie.
     Ela estava de costas para a janela, sentada na cadeira de sua escrivaninha. Tá, não sou um idiota que fica olhando garotas pela janela. Mas quando vi a Millie alí, não consegui parar de olhar. Fiquei curioso. Ela estava escrevendo, pelo menos parecia, só que depois se debruçou sobre a escrivaninha.
     Droga, será que eu a magoei ao sair daquele jeito e agora ela esta chorando?
     Isso era a única coisa que passou pela minha cabeça. A baixinha realmente parecia mal.
Fechei a cortina, me deitei na cama e fiquei pensando em milhares de coisas:
Magoei a menina que foi legal comigo. Ela me chamou de amigo e eu a magoei. Sou um péssimo amigo... ou talvez ela se cansou e dormiu alí mesmo. Não, eu acho que a magoei mesmo... E sobre ter pensando nela pra me acalmar? Droga, ela me tem comigo amigo, não posso pensar nela assim. Gosto da amizade dela... e é o que ela quer... o que queremos, Millie quer amigos, eu também.

     Fiquei pensando isso por horas, cada minuto que passava mais confuso eu ficava. Acho que estou assim porque ela me consolou, deve ser. Não vou perder uma nova amiga por causa de pensamentos idiotas.

Cara, eu odeio isso.

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora