Capítulo Trinta e Dois - Adeus amiga Amber

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     Nate mandou uma mensagem para Jade falando que Sr. Hills estava em um café, mandou a localização e Ryan mandou a mensagem falando que Amber estava numa festa na casa de uma das suas amigas mais velhas, estavam bebendo e só Deus sabe o que mais rolava lá.
     Jade foi direto para o Café e procurou o Sr. Hills. Ela hesitou em ir falar com ele, mas lembrou de tudo o que Amber fez para Millie e então tomou coragem e se aproximou da mesa dele.
     — Olá, Sr. Hills. Me perdoa por incomodar, mas preciso muito falar com o senhor. — disse Jade tentando ao máximo não gaguejar.
Hills olhou para a loura e olhou para a cadeira fazia e fez sinal para ela se sentar.
     — Quem é você? — sua voz era grossa, ríspida. Sua aparência e presença trazia um certo desconforto, muito sério. Seus olhos negros e movimentos calmos, lentos.
     — Sou Jade. Estudo com a sua filha Amber. Que.. que bom que o senhor está aqui. Amber deve ter sentido sua falta. — disse tentando um sorriso, mas não com muito sucesso já que sumiu rápido ao ver a seriedade de Hills.
     — Ela ainda não sabe que estou no país. Acabei de chegar. Vamos logo ao ponto, o que houve?
     — Senhor Hills, sei que eu não deveria estar aqui falando com o senhor, mas sua filha tem feito coisas horríveis e magoou uma pessoa que amo.
Hills permanecia em silêncio e então Jade voltou a falar.
     — Ela fez isso — disse pegando alguns papéis da sua bolsa, eram sobre o diário da Millie — É o Diário de uma menina. Amber espalhou pelo colégio inteiro, humilhando a menina.
Hills pegou os papéis e começou a ler. Dava para notar que ele ficou ainda mais sério e furioso.
     — O que mais? Preciso saber o que ela tem feito.
     — Sei que o senhor já sabe sobre as bebidas e...
     — Ela não parou? — disse em um tom mais alto.
     — Não, senhor. Ela bebe muito, humilha as pessoas no colégio e, bem, são tantas coisas que eu nem como contar ao senhor. Agora mesmo ela está em uma festa, eu posso... — Jade foi interrompida novamente.
     — Me leve lá. — disse pegando sua carteira e colocando o dinheiro na mesa para pagar a conta — Eu não trabalho sem parar para essa menina sujar o nome da família e agir como uma idiota. — sua voz ficara ainda mais grossa.
     — Eu levo, sim, sim senhor. — Jade estava nervosa.

     Amber estava na mansão de uma de suas amigas. Estavam todas de biquíni e conversando sobre garotos.
     — Vamos jogar verdade ou desafio! — falou Regina.
     — Topamos! — disseram as outras garotas, uma delas era Amber.
Ashley pegou uma garrafa de cerveja vazia e rodou a mesma no chão.
     — Certo! Geórgia e Tifanny! Geórgia, pegue pesado! — disse Ashley.
     As meninas começaram a rir e então a garota ruiva finalmente falou:
     — Verdade ou desafio? — perguntou Geórgia.
     — Desafio! — falou rindo.
     — Eu te desafio a dar uma cheirar a nisso aqui! — tirou do seu shorts um pequeno saquinho com um pó branco.
     — Caramba Geórgia! Aonde conseguiu isso?
     — Com o meu namorado, é claro! — falou sorrindo.
     As meninas enlouqueceram e repetiam "Vai Tifanny" e então Tifanny despejou um pouco do pó na mesa e cheirou com toda vontade. Todas começaram a comemorar.
     — Isso aí garota! — falou Amber.
     Elas jogaram por mais um tempo. Todas as vezes escolhiam desafios que eram beijar alguma delas, tirar fotos nuas, virar tais bebidas. As meninas sempre passavam dos limites. O maior problema é que Ashley e Amber são as únicas de menores. Mas não seria a primeira vez que Amber Hill participava desses jogos. Isso começou quando seu pai foi embora do país, ela saiu totalmente de controle já que a mãe não se importava e nem se importa com a filha.

     Enquanto a festa rolava, Jade estava no carro do Sr. Hills e estavam quase chegando na mansão da pequena "festa". Antes de sair, Jade mandou mensagem para os meninos estarem na frente da casa esperando por ela e Hill.
     Mais alguns minutos, chegaram na mansão.
     — É aqui, Senhor Hill. — disse Jade.
     Ele continuava em silêncio e casa minuto que passava estava ainda mais nervoso. Estacionou o carro e foi até a porta. Haviam três meninos do lado de fora, Will, Ryan e Nate. Jade se juntou a eles.
     — Vocês fazem parte dessa festa? — perguntou com toda sua seriedade. Os meninos não responderam, apenas balançaram a cabeça em sinal negativo.
     Hill voltou para porta, tocou a campainha e ficou esperando. Os meninos não tiravam os olhos dele. Era de dar medo.

     — Ahá! Bem na hora, deve ser o entregador de pizza. Amber, eu te desafio atender o entregador sem a parte de cima do biquíni. Tira o sutiã bem na frente dele. — falou Tifanny.
     — Isso é moleza! — disse correndo até a porta se preparando para puxar o biquíni, as meninas estavam atrás.
Assim que abriu a porta e puxou o biquíni na mesma hora, se deu de cara com o seu próprio pai. Amber se encolheu o mais rápido que pôde e ficou em choque.
     — Pai... — falou. Todas as meninas estavam sérias. Amber estava com medo, dava para ver em seus olhos.
Hills olhou para a filha dos pés a cabeça e então entrou na casa. Haviam bebidas para todos os lados. Amber seguia o pai enquanto tentava amarrar o biquíni.
     — É pra isso que eu trabalho e mando dinheiro? Pra você agir igual uma imbecil? Sem valor? — falou enquanto pegava uma das garrafas de bebidas da mesa.
     — Claro que não, pai, eu não fiz nada eu não...
     — Não minta para mim! — falou alto enquanto jogava a garrafa de bebida no chão. O som do vidro se quebrando tomou conta da casa e Amber começou a chorar.
     — Eu mal cheguei no país e a mulher de um velho amigo meu vem me dizer que minha filha tem fama de "vadia". Sabe como é difícil pra mim repetir essa palavra? Não acreditei. Agora segui o alerta de uma menina da sua idade que me para numa porra de Café e me mostra que além dessa fama você gosta de estragar a vida de outras garotas? Por que, Amber? — perguntou quase gritando.
     Amber chorava descontroladamente, tentava pedir desculpas para o pai mas gaguejava o tempo inteiro.
     — Não me peça desculpas, Amber. Se despeça das suas amigas e então entre na droga do carro. Você vai morar comigo fora dos Estados Unidos.
     — Não pai! Por favor, não! Nao me deixe longe das minhas amigas. — Ela se agarrou ao pai que logo o afastou dele.
     — Quer ser desobediente? Acabou de ganhar uma matrícula num internato de freiras. Tente falar algo novamente e aí ganhará muito mais.
A menina voltou a chorar e até soluçava.
     — Eu fiz de tudo pra te dar uma vida boa, Amber. Não sei se foi minha ausência te tornou isso. Me lembro que você era minha filha, doce menina, gentil. Agora olha só como está. — falou olhando para a filha, agora em sua voz ríspida não havia apenas raiva, mas decepção — Te espero no carro.
Hill foi para o carro e bateu a porta com força. Jade, Will, Ryan e Nate não falavam nada. Até sentiram pena da Amber. O pai também tinha culpa da filha ter se tornado isso, mas as pessoas que Amber magoou não tinham e não mereciam tanta humilhação.

Os quatro foram até a casa de Nate, estavam todos sentados perto da piscina.
     — Cara, isso foi surreal. — disse Will.
     — Eu me tremi inteiro, juro pra vocês. — Nate falou e depois soltou um riso. Todos começaram a rir.
     — Fiquei nervoso e com pena da Amber. Pelo menos um pouco. Deve ser barra pesada ter um pai assim. — Ryan.
     — Concordo com você, Ry. Mas estou mais tranquila em saber que Amber sumirá desse país. Ela ja causou mal pra muita gente. Estava se tornando uma pessoa muito ruim. — todos concordaram. — Ah, uma pena que não deu para falar "Adeus amiga Amber." — Jade falou e deu um longo suspiro, o que fez os meninos começarem a rir.

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora