Os pais de Millie estavam a caminho de Rochester - NY State e deixaram Noah sob os cuidados de Anne. Ela estava na casa deles, Noah estava dormindo em seu berço. Matthew estava falando no celular, uma ligação atrás da outra e ninguém explicava nada para Finn. Matt saiu de casa e foi até a casa dos Sparks falar com Allie.
— Péssima notícia. Precisaram da ambulância, Mills está inconsciente e...
— Mills está o que? — perguntou Finn entrando na casa — O que aconteceu? — sua respiração foi ficando mais forte.
Anne se aproximou do filho e tentou falar com calma.
— Finn, a Millie estava em perigo. Alguém tentou machuca-la e depois de um tempo a encontram inconsciente. Os pais dela foram pra lá.
— Machucar? Inconsciente? Mãe, como assim? Por que ninguém me contou nada? — os olhos dele começaram a encher de lágrimas — Por ninguém me contou? — falou quase gritando.
— Finn, Noah está dormindo. Se acalma, por favor. Ela vai ficar bem, acredite, por favor filho, não chora...
As lágrimas do menino começaram a escorrer descontroladamente e o mesmo correu para a sua casa.
— Matt, leve Finn até NY. Ele precisa ver a Millie.
— Está bem, vou trazer Rob pra ficar aqui e vamos.
— Tudo bem, amor.Matt voltou para casa e Finn estava sentado na escada e chorava escondendo o rosto, ele tremia. O pai sentou do lado dele e o abraçou.
— Por que as coisas acontecem só com ela, pai? — perguntou em meio choro.
— A gente nunca sabe essa resposta. Mas gosto de pensar que é só um tempo ruim, Finn. Uma fase que logo vai passar e aí só coisas boas acontecerão para Millie. E uma das coisas boas que pode acontecer agora é você ser forte para ela.
— Mas eu não sou forte! — falou enquanto tentava limpar as lágrimas.
— Sim, você é, Finn. Se lembra de quanto passei por aquelas coisas ruins com sua mãe? Você foi forte pra ela, para o seu irmão Rob e até pra mim. Agora a menina que ama precisa disso também. Nós vamos lá, pegue algumas roupas limpas. — abraçou mais forte o filho e sussurrou — Eu amo você, filho. Tudo vai ficar bem. Confia em mim?
Finn assentiu com a cabeça e levantou devagar por causa do gesso em seu pé.
— Eu te amo, pai. — disse passando a manga da sua blusa em seus olhos.
Alex e Allie estavam no quarto do hospital. Allie sentada de um lado segurando as mãos de Millie e Alex andava de um lado para o outro esperando alguma notícia dos médicos.
Millie estava inconsciente, a perna esquerda e o braço direito já estavam engessados. No seu rosto havia cortes e machucados fortes assim como no pescoço. Finalmente, um médico entrou na sala com a sua equipe.
— Olá, Senhor e Senhora Sparks. Sou o cirurgião Francis Ross. — disse apertando a mão de Alex — Estou com todos os exames da sua filha. Infelizmente teremos que leva-la para uma cirurgia agora mesmo.
Allie se levou e foi até o Dr. Ross.
— Como assim cirurgia? Cirurgia do que? Por que? — disse enquanto tentava controlar o choro.
— Houve fraturas nas costelas da filha de vocês. Quando a fratura é pequena e não apresenta risco, não é necessário a cirurgia. Mas no caso da paciente Millie, o risco é de perfurar o pulmão. Qualquer movimento que ela faça pode ter risco.
Alex abraçou forte a Allie que começou a chorar desesperadamente. Ele dizia baixo para a esposa que iria ficar tudo bem, mas acabou não aguentando e suas lágrimas escaparam aos poucos. Dr. Ross apoiou a mão no ombro de Alex e voltou a falar.
— Sei que parece assustador, mas não rompeu nenhum órgão e isso é um bom sinal. A cirurgia vai ser simples, uma cicatriz pequena.
— Quais os riscos, doutor?
— Como toda cirurgia, existem diversos riscos. Mas o que mais devemos nos preocupar é que o corpo da sua filha passou por um stress e trauma muito grande com a queda, fora a batida de cabeça, ou seja, durante a cirurgia, não sabemos como ele pode reagir. Minha equipe e eu daremos tudo para fazer com que sua filha fique bem e algum cirurgião da equipe sempre irá informa-los sobre a cirurgia. Mas agora, precisamos ir, está bem?
Assim que Ross terminou de falar, algumas pessoas entraram no quarto e com todo cuidado passaram a Millie da cama para a maca. Em seguida, Allie e Alex foram até a filha e beijaram a testa da pequena Mills, sussurraaram palavras de amor em seu ouvido, mesmo sabendo que ela não ouviria.
— Nós te amamos tanto, filha... — disse Alex beijando novamente a testa da filha.
— Temos que ir. Logo informaremos vocês.
Dr. Ross e sua equipe saíram do quarto e Millie foi encaminhada para a sala de cirurgia. Os pais da pequena esperariam na sala de espera e assim que possível seriam informados sobre a cirurgia. Na sala já estavam os avós de Millie, pais de Allie, e o Tio Cam. Todos muito preocupados e ansiosos para a primeira informação. Ninguém conversava, só haviam lágrimas.Todos foram informados duas vezes sobre a cirurgia, mas as duas vezes foram apenas boas noticias. Depois de um bom tempo sem informação, um outro médico aparece na pequena sala de cirurgia.
— Senhor e Senhora Sparks? — chamou.
— Aqui! — disseram Alex e Allie andando em direção ao Doutor.
— A filha de vocês teve uma crise epiléptica. Peço que se acalmem, não é anormal nessas circunstâncias. Ela ficará em coma induzido. A boa notícia é que essa crise não perfurou o pulmão da paciente e a cirurgia está ocorrendo bem novamente e está sendo finalizada. Millie Sparks ficará bem.
Apesar do começo da notícia ser um tanto assustador, no final, Allie e Alex abraçaram o médico que ficou completamente sem graça mas muito feliz com o gesto. Todos na sala se abraçaram e pela primeira vez durante aquela situação desesperadora, o sentimento era de alívio e felicidade.
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(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)
FanfictionFinn Wolf tem apenas 15 anos e já tem uma vida amorosa conturbada. Já Millie Sparks, nem sabe o que é ter uma. Ainda não amou e não fora amada, até se mudar para Carolina do Norte. Nessa fanfic você mergulhará em primeiras experiências e novas emoçõ...