Capítulo Dezesseis - Irmãos

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     Todos os meninos seguiram os planos de Nate. Will acabou com a festa, Nate estava tentando falar com Jade e, o mais importante, Finn e Ryan foram até a casa da Amber ver se o celular não estava com ela.
     — O que deu na sua cabeça de ler o diário da Millie? — Ryan perguntava sem tirar os olhos da estrada.
     — Não sei, sou um idiota. Mas não li, eu juro. Estava querendo apagar.
     — Torça para esse celular não estar com a Amber. Você sabe que aquela menina não é uma boa pessoa, Finn.
     — Agora eu sei.
     — Chegamos. Vou ficar no carro, qualquer coisa me chama. - Ryan parou o carro atrás do que estava estacionado na frente da casa da Amber.
     Finn não respondeu o amigo, apenas saiu do carro e caminhou até a porta. Ele estava nervoso e tenso. Tocou a campainha e alguns minutos depois Amber aoareceu na porta. Ela não abriu toda a porta, apenas uma fresta.
     — O que você quer, Finn? — perguntou Amber pelo pequeno espaço da porta.
     — O meu celular.
     — Como assim? Eu não peguei celular.
     — Não se faça de desentendida.
Amber fazia uma expressão de quem não estava entendendo nada e então Finn socou a porta.
     — Droga, Amber! Me dá a porra do celular! — disse enquanto socava novamente a porta — Me deixe entrar!
     — Você não vai entrar. Eu já disse, não está aqui!
     — Você está mentindo como sempre faz!
     Quando Finn terminou sua frase, a porta abriu, mas não foi Amber. Era Luck. Luck era maior que Finn, era forte assim como Ryan.
     — Já não basta fazer ela chorar na sua festa agora está ofendendo a garota, Finn? — disse Luck indo pra mais perto do Finn como se fosse uma ameaça.
     — Ah, eu já devia saber. — disse Finn enquanto ria.
     — Saber o que? Que eu pego a sua namorada desde o dia que eu saí da cidade?
     — Não me importo. Na verdade, deveriam se casar. Formam um lindo casal. Agora eu quero o meu celular.
     — Não? Se importou quando aconteceu já que perdoou ela e continuaram juntos. Chorou muito pra ela não te deixar? Ah e se eu pegasse a nova garota? Qual é o nome dela mesmo? Millie?
     Finn ficou mais nervoso ainda. Apertava sua mão e estava se segurando pra não bater naquele idiota.
     — Soube que ela é quietinha. Aposto seria uma delicia acabar com a virgin...
     Antes mesmo do Luck terminar a frase, Finn deu um soco na boca do mesmo que acabou cortando os lábios. Ele olhou para Finn enquanto colocava a mão no sangue que escorria da sua boca.
     — Agora você vai ver, seu idiota! — falou enquanto se aproximava do Wolf.
     — Estou aqui, Luck. Sou do seu tamanho, não é mais justo? — disse Ryan enquanto fechava a porta do carro e ía chegando perto do Luck.
     — Não foi você que me socou. Foi ele e eu vou revidar.
     — Sério? Depois de tudo que você fez para o Finn que sempre te ajudou, vai querer revidar um soco? Quer saber? Wolf nunca foi bom em bater. Foi mal, Finn! — ele olhou para o amigo que sorriu e deu de ombros — Mas eu, bom, eu bato bem.
     — E daí? Vai me bater? — Luck sorria ao falar.
     Amber estava atrás dele e segurava o seu braço. Começou a puxa-lo para trás.
     — Luck, para. Deixa esses idiotas aí, vem, amor. — falava a Amber.
     — Não, Amber. Eu quero ver qual é desse idiota.
     Ryan deu risada e começou a falar enquanto se aproximava dele.
      — Vou te falar qual é a minha. A minha é que diferente de você, eu defendo os meus amigos. Não sou covarde, não fujo como você que trai o amigo que mais te ajudou. Então, a minha é essa!
     Ao terminar de falar, Ryan socou o Luck tão forte que fez o mesmo cair no chão, Amber gritou na mesma hora e logo em seguida foi ajudar o rapaz.
     — Vá procurar o celular, Finn.
Finn foi correndo pra casa e já subiu as escadas indo em direção ao quarto da Amber. A primeira coisa que ele viu ao entrar foi seu celular na cama da ex namorada. Ele pegou e desceu rapidamente.
     — Eu vou ligar pra Polícia. Não deixei vocês entrarem na minha casa, isso e invasão!
     — Ótimo — dizia Finn enquanto saía da casa da Amber — E eu falo sobre o seu roubo. Certo? — ele sorriu e parou na frente da ex que estava ao lado de Luck.
     Luck olhava para o gramado, não tinha coragem de levantar a cabeça depois do soco que levou e das palavras que ouviu. Finn ficou olhando para os dois e voltou a falar depois de alguns minutos.
     — Amber, eu não estou surpreso com a sua mentira. Mas com você, Luck... você sempre me disse que nunca se tonaria um merda igual o seu pai. Esse era o seu medo. Agora olha só! Está igualzinho. E eu nunca precisei pedir pra voltar com ela. Amber que pediu. Pelo jeito ela não mentiu apenas pra mim. De qualquer forma, fico feliz por vocês. — Finn falou e se afastou indo em direção ao carro. Ryan foi logo atras e Luck continuava parado sem erguer a cabeça.
     Os dois entraram no carro e Finn respirou fundo.
     — Cara, ainda bem que você chegou lá. Eu ía morrer. — Wolf começou a rir e Ryan também.
      — Somos irmãos, Finn. Sempre vou te defender assim como você sempre me defendeu.

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora