Capítulo Trinta e Oito - Luzes Piscantes

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     A formatura do primo da Millie havia terminado. Ela parabenizou o Liam e depois ambos começaram a relembrar de quando eram um pouco menores. Depois da formatura, Liam decidiu sair com os amigos e Millie permaneceu com seus pais. Ela fora convidada pelo primo, mas estava ansiosa demais para ir pra casa e não iria curtir com um pessoal que ela mal conhecia.   
      Todos estavam na casa dos pais de Liam, a casa estava simplesmente lotada. Para todo canto tinha gente bebendo, rindo, contando histórias de anos atrás. Normalmente a Millie se interessaria pelas histórias, mas ela queria mesmo estar em casa lendo a carta e se preparando para ver o que Finn queria mostrar a ela.
     A pequena Mills saiu pela porta dos fundos e foi pela garagem que seu Tio transformou em uma pequena sala de música. Tinha piano, violão, violoncelo, flautas. Ela adorou aquele lugar. Estava reparando todos os enfeites um tanto antigos e depois foi até o piano.  Admirou o mesmo passando sua mão delicada por algumas teclas. Tudo estava calmo, até que uma voz quebra a calmaria.
     — Você toca? — perguntou alguém.
     Millie olhou para a entrada e viu um menino parado alí mesmo.
     — Um pouco. — respondeu e deu um sorrisão tímido.
     — Piano combina com Millie. — falou enquanto entrava na sala e se aproximava da menina.
     — Como sabe meu nome?
     — Sabia que não lembraria... — suspirou. — Sou Jake. Nos conhecemos quando éramos pequenos. Você passou um final de semana com seu avô em Tahoi, não ser lembra? Ele é amigo do meu pai.
     — Desculpe, não me lembro.
     — Tem certeza? Lembra que eu... bem, eu tentei te beijar uma vez. Mas éramos crianças e...
     — Eu realmente não me lembro, sinto muito. — interrompeu.
     Millie se lembrava. Ele era o menino chato de Tahoi. Ele não largava do pé dela e ela sempre tentando fugir. Um tanto inconveniente. Desde pequeno já sabia ser arrogante.
     — Eu vou falar com os meus pais. Sinto muito não lembrar de você. — Tentou um sorriso e depois saiu da sala sem mesmo esperar a resposta do garoto.

     Finn havia ligado para Jade assim que vou Millie e seus pais saírem com o carro. Pediu para que ela mandasse mensagem para os meninos e que fossem até a casa dele com urgência e que levassem pisca-pisca. Ninguém entendeu nada, mas mesmo assim casas um levou o que foi pedido.
     — Cara, pra quê esse pisca-pisca? Ainda não é Natal. — Will.
     — Vocês verão! — disse Finn com um sorriso enorme no rosto.
      Assim que ele falou, duas vãs chegaram em sua casa e businaram.
      — Eu já volto! — falou olha do para os amigos.
     Nate e Jade se olharam com curiosidade e Will ficou tramando vários motivos para aquela reunião com luzes piscantes.    
     — Talvez ele queira matar alguém. — falou Will e Ryan olhou para ele com cara feia — Ué! — deu de ombros — O irmão dele é uma peste, vai saber se...
     Antes do Will terminar de falar, vários homens com vários vasos altos entraram na dentro da casa, indo direto para a porta de trás que dá para piscina e um jardim.
     Todos ficaram olhando aqueles homens que não paravam de entrar e sair com rosas brancas e vermelhas. Ryan saiu da casa e estava indo até o Finn, dava para ouvir o que o  cacheado falava. 
     — Desculpe, eu pensei que tinha dinheiro suficiente — se explicava para um dos homens da floricultura.
      — Então teremos que levar metade das flores embora.
      — Nada disso. Quanto falta? — perguntou Ryan já tirando a carteira do bolso — Isso dá? — Entregou algumas notas para o cara.
      — Dá e sobra! — disse o homem devolvendo algumas notas para Ryan.
      — Pode ficar com o troco. Parece que esse meu amigo aqui deu um trabalhão para vocês. — todos deram risada.
      — Obrigado, Irmão — disse Finn socando o braço do Ryan.
      — Tudo por um apaixonado — disse sorrindo e depois retribuiu o soco, o que fez Finn fazer uma careta de dor.
      — Agora me explica, como vai ser isso?
      — Vou explicar la na piscina, vamos!

     Todos se reuniram perto da piscina e Finn começou a explicar o tanto de flores.
      — Eu quero fazer uma surpresa romântica pra Millie, mas não sei se exagerei... na minha cabeça parecia diferente.
      — Acho que seu o que pensou, Finn. Hummm... vamos ver o que fazemos com todas essas flores! — falou Jade olhando para o lugar inteiro.
       É uma parte realmente bonita da casa. A parede que divide o quintal da casa com o do vizinho é coberta de planta trepadeira. Uma planta que é praticamente colada na parede o que deixa a mesma toda verde e bonita.
       — Podemos colocar algumas rosas nessa parede, vai ficar bonita demais. E nessa árvore grande, podemos colocar algumas luzes piscantes, mas não as coloridas. Pode pedir ela em namoro alí. É uma árvore linda! —  disse Jade com um sorriso enorme.
      — Pedir em namoro? — perguntou Nate.
      — É! E com os outros pisca-pisca, podemos colocar na parede. Vai ficar bem iluminado e bonito. As outras flores podemos deixar no vaso mesmo, mas aí deixamos perto da árvore dando uma passagem até a mesma. Acho que vai ficar lindo! E claro que vou fazer umas plaquinhas...
     — Plaquinhas? O que você vai escrever? — Perguntou Finn com uma cara de assustado.
     — Finn, se acalma! — falou dando risada.
     — Como assim pedir em namoro?— Nate repetiu a pergunta.
     — Para de falar em namoro, a minha barriga treme cada vez que fala isso! Não sei como vai ser, eu... eu... Não sei se vou pedir ela em namoro. Nem sei o que dizer. Acho melhor eu desistir.
      — Nem pensar, você não está nem louco de desistir agora. — falou Ryan — Tenha coragem e faça o que seu coração está te pedindo desde a primeira vez que chegou junto com ela naquele colégio!
      — É isso aí! E se você tentar fugir, te amarramos naquela árvore! — complementou Nate.
      — Tá bom, tá bom... vamos começar logo antes que ela chegue! — tentando disfarçar seu rosto corado.
      — EBAAAA! — gritou Jade já pegando algumas rosas para enfeitar o lugar.
      
     

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora