Capítulo Trinta e Nove - Cigarras

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     Estava tudo pronto. As luzes estavam em volta da linda árvore, havia rosas nas paredes e a noite estava linda. A lua parecia saber o que estava prestes acontecer. Ela estava enorme.
      Todos estavam sentados na pequena escada que dá acesso a piscina, todos quietos e ansiosos, principalmente Finn.
      — Finn, cade ela? — perguntou Nate.
      — Não sei, mas sinto que estou esquecendo alguma coisa.
      — Hm... vamos pensar. Temos flores, as luzes, música, uma noite maravilhosa! Não sei o que falta! — falou Jade.
      — Cara, não é possível. Tá faltando alguma coisa.
      — Um presente pra Millie? — perguntou Ryan.
      — Isso!! Isso mesmo, Ryan! — falou animado — Preciso de um presente para Millie. Droga, eu não sei o que dar. — falou com as mãos na cabeça e ainda sentado.
      — Podemos ir na joalheria. Não é muito longe daqui, podemos ir no carro do Nate! — Jade falou enquanto se levantava.
      — Certo, mas já gastei todo o meu dinheiro e não posso mais pegar o do Ryan.
      — Por que não? Claro que pode, Finn. Você sabe que gosto de ajudar. — falou Ryan colocando a mão sobre o ombro do amigo.
      — Eu também posso ajudar. — falou Will.
      — Eu também! — Jade e Nate falaram juntos.
      — Não sei o que faria sem vocês. Vou procurar o resto do dinheiro que devo ter por aí, já volto! — falou correndo para dentro da casa.
       Enquanto Finn pegava o dinheiro, os amigos decidiam se precisava ir todo mundo. Talvez a Millie chegasse e alguém deveria ficar ali.
       Nate e Ryan ficaram na casa enquanto Finn foi com Will e Jade comprar algo para Mills.

      Millie estava sentada no banco de trás do carona, do lado seu irmão Noah dormia na pequena cadeira.
      — Pai, vai demorar muito chegar até em casa? — perguntou Millie.
      — Por que está com tanta pressa? Vamos passar em um amigo antes de ir pra casa, Mimi. — respondeu.
      — É aquele perto do meu Colégio? Eu posso ir pra casa enquanto vocês estão la? Por favor, pai! É importante!
      — Tá bom, tá bom! Pode. Mas eu quero saber o porquê disso.
      — Depois eu conto, né pai? Nem eu sei.
      — Algo com Finn, com certeza! — disse a mãe enquanto sorria.
      — Mamãe!
      Os pais de Millie começaram a rir e seu pai fez um comentário em voz alta, mas a única a ouvir foi Allie, que riu ao ouvir.
       Depois de alguns minutos, Alex parou o carro na frente de uma bela casa de madeira. Millie se despediu dos pais e saiu correndo. A rua estava iluminada mais pela lua do que pelas suas luzes, estava calma, não havia ninguém na rua e os únicos sons que rondava o bairro eram os das cigarra.
      Finalmente chegou em casa, abriu a porta rapidamente e fechou batendo sem perceber. Correu até seu quarto e foi direto pegar as cartas que Finn havia entregue. Sentou-se na cama e começou a ler com atenção. Cada palavra daquele papel fazia seu coração esquentar, e cada vez que o coração esquentava, mais ele acelerava e mais borboletas surgiam no estômago. Suas lágrimas escorregavam pelo seu rosto e passavam pelo sorriso que estava desenhado em seus lábios.
     
"Te faço aqui um convite.
Se sente as mesmas coisas que sinto, se existe alguma chance de me amar como eu te amo, apareça na minha casa hoje às 8h da noite.
Confie em mim e siga seu coração.

Do seu Finn"
      Ao ler as últimas palavras seu corpo amoleceu como se tivesse ganho o seu primeiro beijo, mesmo sem qualquer toque. Sem ver hora, Millie deixou as cartas em cima da cama, desceu as escadas rapidamente e foi até a casa do seu vizinho.
Chegando na mesma, ficou parada na porta e tomando coragem para tocar a campainha. Finalmente a coragem veio e uma pessoa abre a porta.
      — Millie? — disse Ryan com uma expressão no rosto de quem estava olhando para um fantasma.
      — Oi, Ry. Finn está? — perguntou com um sorriso nos lábios.
      — Não, ele ainda não chegou. Ele não disse pra você vir as 20h? — perguntou Ryan ao mesmo tempo que abriu a porta inteiramente.
      — E que horas são? Desculpa eu não vi as... — Millie não conseguiu terminar a frase. Ela conseguia ver porta dupla de vidro que estava atrás de Ryan, a que dá para a piscina. Viu as um caminho entre diversas rosas e então passou por baixo do braço do louro alto.
      — Millie, não... é surpresa! — disse Nate se aproximando da Millie.
      A pequena ignorou o amigo e foi até o meio das rosas. Rodou lentamente para ver todo o lugar, estava maravilhada com toda aquela beleza. Viu a árvore, as luzes, as rosas na parede.
      — Isso tudo é tão bonito! — falou enquanto olhava para todo o lugar novamente.
      Estava realmente encantada com o lugar. Quem não ficaria? O encanto foi quebrado quando ouviram um carro parando na frente da casa.

(Decidi fazer em duas partes, SUSPENSE HAHAHA aguardem!)

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora