Capítulo Dezenove - A Melhor Loucura do Mundo

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     Millie já estava na sala de aula e estava sentada ao lado de Jade.
     — Mills, Finn falou algo pra você? — Jade perguntou.
     — Não... ele estava estranho. Por que? Ele vai me falar algo?
     — Sim, é importante. Acho melhor ele falar, se não fosse importante eu que te falaria.
     — Jade! Você só me deixou mais curiosa.
     — Calma, relaxa! — falou e deu um sorriso — Talvez ele fale no depois dessa aula, quem sabe? Enquanto nós lanchamos.
     — Espero que sim. Tô muito curiosa.
     — Mills, você gosta do Finn, não gosta?
     — Jade! — Millie sorriu
     — Você ficou mal quando vou a foto dele com a Amber....
     — Fiquei. É que o Finn é uma pessoa tão boa! Ele é carinhoso, inteligente, me da a maior intenção. Eu nunca tive isso de algum menino, Jade. Então fico chateada por ver ele com alguém como Amber.
     — E foi só por isso?
     — Não sei... ando sentindo umas coisas estranhas. Não sei se consigo te explicar. São coisas novas, eu nunca tinha sentido antes.
     — Tipo o que, Mill?
     — Uma coisa no estômago, um arrepio quando estou com ele e ele se aproxima demais. Me sinto tão estranha quando vejo ele com a Amber... é como nervosismo e tristeza junto. Agonia, você me entende?
     Jade ía responder a Millie mas o professor entrou na sala e já começou a falar.
     — Tenho um comunicado, pessoal. Além da semana que vem sem aula, a partir de quarta feira dessa semana também não haverá aulas, apenas o campeonato.
     Todos vibraram com a notícia do professor. Logo em seguida, a aula começou.

✥✥✥


     Em outra sala Finn estava sentado ao lado de Nate. Era aula de Literatura e o professor era substituto que nem se importava em dar aula, apenas com silêncio.
     — Você vai falar pra ela sobre o diário? — perguntou Nate.
     — Vou. Não seria justo eu não contar.
     — Finn, posso te perguntar uma coisa? Mas precisa ser sincero. Se não for assim, nem... — foi interrompido por Wolf.
     — Pode, Nate. Vou falar a verdade.
     — Você gosta da Millie? Quer dizer, ama? É apaixonado? Sei lá... é? — perguntou em voz baixa.
     Finn ficou em silêncio por alguns segundos e desviou o olhar para seu livro. Ele desenhava coisas aleatórias na borda. Nate achou que o amigo não responderia, então se ajeitou na cadeira e continuou lendo a página de um livro que estava em sua mesa. Alguns minutos depois, Finn começou a falar.
     — Sim. — Finn sussurrou.
     — Desculpa, não ouvi.
     — Sim, eu gosto dela. Quer dizer, amo. Não sei... nunca amei, eu acho. Não sei com o que comparar, Nate.
     — Finn, não tem como comparar. Você só sente. É diferente pelo o que sentia pela Amber?
     — Sim. Eu gostava muito da Amber Amber no início, mas com a Millie é uma coisa diferente. Não sei explicar. — disse olhando pro amigo.
     — Você pode tentar, se quiser.
     — É como.... — Finn fazia pausas para tentar achar as palavras certas — É como se ela tivesse aparecido na minha vida para me salvar de todo o mal que eu estava sentindo. Quando ela sorri, cara, sinto uma coisa estranha, como se alguém me fizesse cócegas. No dia que aconteceu aquilo de ambulância e a mãe dela ficou mal, por exemplo... Millie ficou mal e eu só pensava em tomar pra mim toda a dor que ela estava sentindo. Ver aquelas lágrimas no rosto da Mills me deu a sensação de que alguém estava pisando no meu peito. Doía. E quando ela dormiu na minha casa... — Finn estava com um sorriso no lábio lembrando daquele dia.
     — O que, Finn? O que você sentiu?
     — Só de olhar pra ela alí segura na minha cama, me deu um alívio enorme. Eu não conseguia parar de olhar pra ela. É como se houvesse um imã. Quando cheguei mais perto, parecia que meu coração ia explodir. Quando segurei a mão dela, foi incrível. Me senti completo, sabe? Isso é loucura? — perguntou olhando para o amigo.
     — Sim, Finn. É uma loucura chamada amor com uma mistura de paixão. É a melhor loucura do mundo.— Nate respondeu e sorriu para Finn, deu dois tapas nas costas dele — É, amigão, você está amando.
     Finn deu um sorriso, mas não estava muito feliz. Na verdade, agora estava ainda mais desanimado e triste.
     — Isso não é motivo pra ficar triste. Na verdade, deveria ficar feliz.
     — Millie não gosta de mim, não assim. E eu só complicados a vida dela. Ela é diferente, Nate. Não vai querer nada comigo.
     — Não fala isso, cara. Mills parece gostar muito de você.
     — E se ela gostar? Vai continuar? Mesmo depois de saber do diário? Eu nem tenho a Millie comigo e mesmo assim já estou perdendo ela.
     — O importante agora é ser sincero com ela. Não pode haver mentiras se realmente a ama.
     Finn não respondeu, apenas permaneceu em silêncio e pensativo. Ele ainda estava chateado e não sabia exatamente o que falar para a Millie sobre o diário. Pensava também sobre as coisas que havia falado. Finn nunca disse coisas assim sobre alguém e isso foi incrível. "Libertador" é a palavra certa.
    "De uma coisa eu tenho certeza: agora meu coração já não é mais só meu.", pensou.

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora