Capítulo Quarenta - Porque sua alma e a minha têm de estar sempre juntas

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 Antes de começar, certifique-se que leu o penúltimo capítulo.

     Millie, Ryan e Nate ouviam as vozes do Will, Jade e Finn. Na mesma hora, Ryan olhou para a Millie e disse:
      — Se esconda atrás da árvore, rápido!
      A Menina foi sem pensar duas vezes. Segundos depois chega Jade e Will.
      — Finn comprou uma...
      Antes da Jade revelar, Nate começou a rir e calou a namorada com um beijo.
      — Xiu, amor. Millie está aqui, atrás da árvore. Cadê o Finn?
      — Não acredito! — falou fazendo careta — Apressadinha! — brincou. Como resposta, teve a risada doce da Millie. — Finn foi mudar a roupa. Ele está muito ansioso... O que faremos? Ela vai ficar escondida?
       — Não s... Oi Finn! — Falou Nate com um sorriso em direção ao amigo.
        Wolf não parecia nada bem. Estava pálido e nem respondeu o amigo, foi direto se sentar perto da piscina e esfregando o rosto com  as mãos. Ryan foi até o amigo se sentou ao lado dele.
       — O que foi? Está ansioso? – perguntou o louro abraçando o amigo de lado.
       — Sim. Acho que estou passando mal...
       — Calma, cara... ela nem está aqui ainda! — mentiu.
       — Eu sei, mas... — falou enquanto se levantava, Ryan fez o mesmo.
       — Mas?
       — E se ela não vir, Ryan? E se ela não me amar do jeito que a amo? Se ela nunca me quiser? Eu não sou bom para Millie. Não sou o suficiente. Ela merece alguém melhor.
       — Cara, para com isso! Ela te ama. Claro que ela virá, Finn.
       — E se eu magoar ela? Eu não me perdoaria nunca. Não dá. Melhor isso não acontecer.
       — Finn, sente aqui. — disse Jade que estava sentada nos degraus sem frente a porta de vidro.
       O menino cabisbaixo foi até a menina loira e sentou-se ao lado da mesma.
       — Você vai conseguir falar. É só ouvir o seu coração, dizer o que sente como fez naquelas cartas. Tudo que falar ela vai gostar. Ela vai amar, porquê Mills ama você.
       — Vou começar a tremer igual a um idiota, gaguejar e tudo mais. Melhor terminamos com isso. Não estou preparado.
       — Ninguém está preparado para o amor, Finn. Vamos, treine comigo. O que quer falar pra ela?
       — Que eu... bem, eu...
       — Respira fundo! Vou colocar uma música, isso pode te ajudar.
       Jade apertou o play do celular que estava na pequena caixa de som, então uma música começou.
       — Pronto, agora pode começar. E se acalma, ela nem chegou ainda.
       — Tudo bem... bem, eu quero dizer que a amo. Que nunca amei alguém como a amo. Parece clichê e é. Mas nunca senti isso antes, como se todo o meu mundo girasse em torno dela. Como se ela fosse o que me mantivesse vivo. Parece exagero, é exagero, mas é um exagero com razões. — sorriu. Finn se levantou e continuou a falar, todos os seus amigos estavam prestando atenção ne. — Quero dizer a Millie que desde o dia que me abraçou pela primeira vez, sinto o abraço dela em minha volta sempre que me sinto triste. Isso sempre, sempre me deixa a feliz. E sempre que a vejo triste, minha vontade é de abraça-la e nunca, jamais deixar algo acontecer. Sei que não sou capaz de protegê-la de tudo, mas bem que eu gostaria. Nas vezes que aconteceram coisas ruins com ela — fechou os olhos tentando afastar a lembrança ruim — Foram os piores dias da minha vida. Isso faz parte do que vou dizer. Vou fazer das tristezas dela as minhas tristezas. E quando os dias ruins chegarem, vou embalar aquela menina em meus braços e secar cada lágrima que ousar cair, mas depois... depois vou mover mares e montanhas para resolver o que tiver dando errado, ou então moverei para ver um sorriso dela. Ah... o sorriso... — Finn sorriu — Um dos motivos pelo qual sou tão apaixonado.
       Enquanto Finn falava, todos olhavam para ele com um sorriso. E atrás da bela árvore, a Millie deixava suas lágrimas rolarem pelo seu rosto.
      — O sorriso dela é lindo. É como se ele despertasse a minha alma das maneiras mais bonitas que existem. É como se meu corpo todo pudesse se iluminar. Isso é estranho, mas é bom...
      — Não é estranho, é o que sinto quando estou perto de você. — falou a voz meiga e doce da menina atrás da árvore.
        Finn olhou para árvore e depois para cada amigo. Sentiu seu coração acelerar e então finalmente falou.
     — Millie? — perguntou com a voz trêmula.
     A pequena saiu bem devagar de trás da árvore. Seu vestido vermelho rodado estava combinando com as rosas. Finn olhou para a Millie da cabeça aos pés, sem conseguir ou ao menos tentar disfarçar o quanto estava apaixonado por aquela imagem. Ela estava linda. A mesma limpou suas lágrimas e tentou sorrir. Enquanto se aproximava do Finn em meio caminho de rosas, começou a falar.
        — É o que eu sinto por você. Sinto meu corpo inteiro tomar choque, como se estivesse ligado a algo. E quando eu saio de casa e encontro você me esperando? Preciso respirar fundo sempre que me aproximo só para ter certeza que não vai me falar ar quando ver o seu sorriso. Faz ideia do quanto é louco passar a vida se sentindo um passarinho preso numa gaiola sem conseguir ser você mesmo? Eu me sentia assim, até te conhecer. Finn, pode não saber disso, mas me libertou de uma maneira muito bonita. Me aceitou, me apresentou aos seus amigos e deixou eu fazer parte da sua vida. Deu sua cama para eu dormir no pior dia da minha vida e ainda ficou lá com as mãos na minha. Me senti tão protegida. Foi naquela hora que finalmente acreditei que minha mãe e meu irmão ficariam bem. — disse sorrindo.
      Ela se aproximou do Finn. Os dois estavam ansiosos, corações a mil. Finn olhava para a Millie como se pudesse beija-la a qualquer momento, mas ao mesmo tempo lágrimas formavam em seus olhos. E ela, alí parada apertando a barra do vestido tentando encontrar as palavras certas para dizer e ao mesmo tempo tentando vencer as lágrimas novas.
       — Naquele dia que eu parti, Finn... senti que poderia viver a minha vida sem você. Mas não era o que eu queria. Quando fiquei em perigo, por algum motivo, imaginei que estaria lá para me salvar. Tudo o que desejei foi seu abraço para me salvar de tudo. Quero estar com você, Finn. Quero viver assim, ao seu lado, sentindo que sou capaz de tudo quando estamos juntos. Você é o meu primeiro amor e... eu quero que seja o único. — ao falar as últimas palavras, Millie olhou bem nos olhos de Finn, que por fim, fazia o mesmo.
      Finn se aproximou ainda mais da Milli e devagar colocou uma mão no rosto da pequena menina. Com o toque quente da pele dele, ela fechou os olhos e sentiu o arrepio, o que fez fechar os olhos. Quando assim o fez, uma lágrima escapou de seus olhos e Finn a secou cautelosamente.
      — Não nos conhecemos a muito tempo, mesmo assim sinto como se fosse capaz de te amar por toda a minha vida e milhares mais. E é isso que pretendo fazer. — falou o menino com uma voz baixa e doces — Abra os olhos, meu amor. — sussurrou.
       As borboletas no estômago da Millie voaram tão alto quando ouviu ser chamada de “meu amor” que a mesma sorriu enquanto abria os olhos.
     — Eu  te amo, meu Finn. — disse com um sorriso sem jeito, sentindo suas bochechas corarem.
     —  Eu te amo, minha Mills. — respondeu o menino enquanto segurava o rosto da pequena com toda suavidade.
      Finn foi aproximando o rosto dele até chegar bem perto do dela, sentindo o hálito da mesma e sua respiração extremamente quente. Ainda com os olhos abertos, desviando o olhar dos olhos dela até os lábios nunca beijados, sussurrou: Eu te amo muito. Então fechou os olhos e quebrou qualquer centímetro de distância que havia entre eles. Beijou com calma e cuidado os lábios da sua pequena. Sentiu o gosto que ele sempre sonhou: o  dela, o gosto doce que sempre imaginou que ela teria. Millie abriu os lábios devagar acompanhando os movimentos do seu Finn, e então, pela primeira vez na sua vida, fora beijada de verdade. Um beijo apaixonado que fez seu corpo estremecer. Colocou os braços em volta do pescoço do Finn, ficando na ponta dos pés, apertando o corpo dele no seu. Enfim, conectados por um beijo. Dois corações colados e batendo na mesma frequência, acelerados, apaixonados.
     Finn foi parando o beijo com selinhos demorados. Então olhou para a Millie. Os dois estavam corados e Millie se quer ousou distanciar algum centímetro do seu amor.
      — Comprei algo para você. — disse baixinho enquanto colocava a mão no bolso. Tirou uma pequena caixa do bolso e entregou para a Millie.
      Ela abriu um sorriso e depois tirou o pequeno laço da caixa, abriu a mesma e deparou com um colar de prata com um coração com belos detalhes. O seu sorriso ficou ainda maior. Millie olhou para Finn e começou a falar.
     — Ele é lindo, Finn! Obrigada! Eu amei... É maravilhoso...
      — Abra o coração — falou sorrindo, puxando-a pela cintura e depositando um beijo na testa.
       Ela pegou o coração com todo cuidado e abriu o mesmo. Dentro dele  pequeno papel. Ela olhou para Finn e depois pegou o papel e desenrolou. Nele a seguinte frase estava escrita em letras bem pequenas: “Eu sei que passei todas as vidas, antes desta, procurando você. Não alguém como você, mas você, porque sua alma e a minha têm de estar sempre juntas.” – Escrito por Nicholas Sparks, pensado por seu Finn Wolf.” Millie sorriu e então pulou nos braços do Finn.
      — Eu sou apaixonada por você. — falou antes de beijar novamente os lábios que foram feitos apenas para ela.
      Todos os amigos estavam com sorriso nos lábios. Alguns até com lágrimas no rosto. Assim como os apaixonados, eles também sabiam, Finn e Millie foram feitos um para o outro.


Fim

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora