Antes de continuar certifique-se que leu os capítulos anteriores. Hoje já foi publicado um outro capítulo!
Finn terminou de escrever a carta e então colocou em um grande envelope, nele escreveu com uma caneta "com amor, Finn" e depois o guardou na gaveta do lado de sua cama. Se sentou na cama e respirou fundo, ficou um tempo alí imaginando se daria tudo certo. Estava com medo da Millie simplesmente não aparecer. Se perdeu em pensamento até o seu estômago "roncar" de tanta fome. O menino não havia comido nada desde que chegou do colégio, então decidiu ir comer alguma coisa.
Estava no corredor quando ouviu algumas vozes vindo do primeiro andar.
— Obrigada mesmo, An.. Não sei o que teria feito se não tivesse ficado com Noah aquele dia. Desculpe por não ter parado para conversar assim que vim pegar ele, estava com tanta pressa...
Era Allie. Finn reconheceu a voz doce.
— Imagina, Al! Eu amei ficar com o Noah, ele é um menino tão bonzinho e Rob amou conhecer ele. Eles se deram bem. Rob nunca tinha ficado perto de um bebêzinho, ficou muito admirado! — falou Anne e as duras riram — Fora que nós duas somos mães! Sei como essas coisas nos deixam preocupadas demais... Como está Millie? Está boa a recuperação?
Finn desceu as escadas devagar e foi direto para a cozinha aonde estavam as duas mulheres conversando.
— Oi, Allie! — disse Finn com um sorriso no rosto.
— Olá Finn! Que bom ver você! — Allie o abraçou e o abraço doi correspondido. Ela realmente estava muito feliz em vê-lo.
— Não sabia que haviam chego... A Millie está bem?
— Chegamos hoje. Eu ía falar com você mas entrou tão rápido em casa que nem tive a chance — sorriu. — Ela está bem! E está se recuperando maravilhosamente bem, nem parece que fez uma cirurgia. Eu falo pra ela ir mais devagar mas não adianta — falou desviando o olhar para Anne — Crianças!
— Nem me fale! Finn estava com o pé engessado, chegou a ver? — perguntou a mãe do Finn.
— Sim, eu vi! Como que foi isso?
— Ele foi para a rodoviária, estava fugindo de casa para ver a....
— MÃE! — Finn chamou a atenção da sua mãe e logo ficou vermelho. Era como se seu rosto pegasse fogo.
Anne e Allie se olharam e começaram a rir, mas o menino ficou totalmente sem graça e nem sabia para onde olhar.
— Finn, que tal fazer uma visita pra Millie? Aposto que ela adoraria ver você! — Allie falou com um sorriso nos lábios.
— Sim! Eu vou fazer isso! — Finn nem conseguiu segurar sua animação ao pensar em ver a menina que ele ama. Apenas saiu da cozinha e foi correndo para o quarto pegar o envelope que havia guardado na gaveta.Finalmente na porta da casa da Millie, Finn tocou a campainha algumas vezes mas ninguém atendeu. Ele pegou na maçaneta da porta sem esperança que ela se abriria, mas abriu.
"Ok... relaxa, Finn", falou para si mesmo.
Ele entrou na casa e fechou a porta devagar.
— Mills? — chamou, mas não ouviu nenhum barulho.
Foi até a salas estar mas também estava vazia. Finn então pensou que ela poderia estar dormindo, não iria incomodar. Saiu da sala e estava indo até a porta para ir embora, mas ao passar pela frente da escada, sentiu seu coração acelerar novamente. O cacheado fechou os olhos por alguns segundos na esperança de tomar coragem para subir as escadas. Respirou fundo, abriu os olhos e subiu o primeiro degrau.
— Certo! Pare de ser tão medroso! — falou em voz alta e logo em seguida subiu as escadas indo direto para o quarto da Millie.
Chegando na frente do mesmo, a porta estava apenas encostada e então Finn abriu a mesma bem devagar, entrou no quarto dando passos bem lentos e silenciosos na medida do possível até chegar na cama da Millie.
Ele ficou observando a pequena que parecia estar tendo um sonho pesado.
"Ela é tão linda...", pensou e logo depois deu um sorriso bobo.
Millie não estava tão pálida e machucada como estava no hospital. Sua cor estava voltando ao normal, suas bochechas recuperando a cor de pêssego, os machucados em sua pele estavam quase totalmente desaparecidos e seu braço não estava mais engessado, mas a perna ainda estava.
Finn colocou o grande envelope com a carta no criado mudo do lado da cama. E então se abaixou para beijar a Millie, depositou um beijo demorado na testa e depois se sentou na cama. Bem devagar, acariciou o rosto da pequena com as pontas dos dedos.
— Mills? — falou baixinho com uma voz bem mansa.
Nada da Millie acordar. Então Finn olhou para a mão dela que estava fora do lençol e entrelaçou os seus dedos nos dela como havia feito a dias atrás, por fim, ela começou a despertar.
Abriu os olhos devagar e viu Finn, depois soltou sua mão que o cacheado segurava e esfregou os olhos. Sua visão estava um tanto embaçada, depois de um grande bocejo, tentou abrir os olhos novamente e viu Finn alí parado.
— Finn? — disse com voz de sono e olhando para ele sem ter certeza se era um sonho ou não. Se sentou na cama bem devagar e deu mais um bocejo.
— Oi, Mills... — disse com um sorriso nos lábios. Nesse momento ele sentiu suas bochechas queimarem.
— Finn!!!! — quando Millie se deu conta de que não era um sonho, ela puxou o cacheado para os seus braços e o abraçou forte — Finn, eu sinto tanto... — sua voz agora era baixa e tristonha.
Finn o abraçou bem forte e sentiu seu coração disparar.
— Não, Mills... eu que preciso dizer isso. Me perdoa! Não quis te machucar, eu juro. Eu errei e sei disso. Você pode me perdoar? — ele se afastou um pouco da Millie para olhar seu rosto. Olhos da menina estavam cheios de lágrimas, ela não respondeu com palavras, apenas balançou a cabeça com um "sim" e depois se aninhou nos braços dele novamente.
— Eu senti tanto medo, Finn. — começou a chorar escondendo seu rosto no pescoço do Finn. Ele o apertou e começou a acariciar os cabelos curtos que ele tanto amava.
— Eu sei... também senti. Pensei que te perderia. Nunca senti tanto medo assim. — a voz dele estava falhada pois segurava o choro. — Mas Mills, preciso mesmo conversar com você, olhe para mim, por favor. — disse baixo enquanto se afastava da menina. Ela o olhou nos olhos e Finn quando ele fez o mesmo, por segundo, parecia que o ar estava em falta assim que olhou naqueles olhos grandes e castanhos. As lágrimas ainda desciam, então Finn segurou o rosto dela com toda delicadeza que pôde e limpou todas as pequenas tostas que estavam alí.
— Millie eu sei... eu sei que tem medo de namoro, de relacionamento. Sei que está aprendendo a lidar com seus sentimentos. Mas preciso te dizer que... não consigo mais. Não consigo ser só seu amigo, Mills. Não posso. — Millie se encolheu enquanto ele pronunciava essas palavras. Ele realmente a conhecia. — Aqui nesse envelope — disse tocando no envelope em cima do criado mudo — Tem algumas coisas que escrevi para você, também tem uma coisa no final, quero que leia tudo... olha, eu disse que não quero ser só seu amigo... mas se for o que você quer, irei respeitar, mas teremos que lidar com o que sinto. Se for amizade que quer, tentarei o máximo só pra não ficar longe.
Se a tristeza fosse algo que pudesse ser ouvida, com certeza ela estaria nessas últimas palavras. Ser amigo de quem você ama como o amor da sua vida pode ser muito doloroso.
Millie ficou olhando para o cacheado e não sabia o que falar, ela estava surpresa, não esperava isso. Não conseguiu falar, mas seu coração falou por ela com batidas extremamente fortes e as borboletas acordaram e começaram a voar. Dizem que é "borboletas no estômago" mas pareciam estar pelo corpo todo.
No meio do silêncio, uma lágrima de Finn escorreu de seus olhos e Millie limpou a mesma com seus dedos tão macios. Depois, acariciou o rosto do Finn e por fim começou a falar.
— Eu prometo. — sua voz era ainda mais baixa e seu rosto estava ainda mais corado.
Para a surpresa do Finn, ela sorriu e se aproximou, depositando um beijo na bochecha dele, Wolf sentiu seu corpo estremecer e levantou da cama.
— Eu preciso ir. — depositou um beijo demorado na testa da pequena.Millie pegou o envelope assim que Finn seu as costas, mas não conseguiu abrir logo de cara. Ela tentou manter a calma na frente dele mas a verdade é que estava tão ansiosa e com um pouco de medo do que poderia estar escrito alí. Afinal, ela pensava que aquilo poderia mudar a sua vida. E de fato, mudaria.
Finn saiu do quarto e as últimas palavras da Millie ficaram na sua cabeça "Eu prometo? Que raios de resposta foi essa?", pensou. Ele realmente não havia entendido.
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(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)
FanfictionFinn Wolf tem apenas 15 anos e já tem uma vida amorosa conturbada. Já Millie Sparks, nem sabe o que é ter uma. Ainda não amou e não fora amada, até se mudar para Carolina do Norte. Nessa fanfic você mergulhará em primeiras experiências e novas emoçõ...