Capítulo Trinta - Sr. Hill

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     Matt estava pedindo informações no balcão e entregando as identidades, mas Finn foi correndo direto para as salas de espera.
     — Ei! Você não pode fazer isso, garoto! Seguranças! — falou umas enfermeiras que estava de passagem.
     Um segurança foi correndo atrás de Finn, mas o garoto foi mais rápido e encontrou Anne e Alex. Ele estava desesperado, mal conseguia falar.
      — Por fa... vor, Alex, a Millie, cadê a Millie? — perguntou gaguejando.
      — Calma, Finn! Se acalma! A Millie está bem, está em coma induzido e acordará amanhã e...
     Antes de terminar de falar, o segurança chegou no lugar e já pretendia tirar o Finn de lá.
     — Espere! Ele está conosco. Ele está com a minha família, por favor, deixe-o aqui! — disse Alex para o segurança que se afastou sem dizer nenhuma palavra.
     — Ei, Alex! — falou Matt enquanto se aproximava e abraçava Alex — Como ela está?
     — É, como ela está? O que aconteceu?
     Finn estava curioso, mas mais preocupado ainda.
     — Um antigo garoto da escola da Millie aqui ne NY estava ameaçando ela. Ela tentou se esconder mas por conta do garoto, o lugar acabou desabando. Não sei de todos os detalhes mas sei que ele... — Alex foi interrompido por Finn.
     — Quem é ele? Aonde ele mora? Eu vou acabar com esse cara idiota! — dizia Finn muito nervoso.
     Sparks colocou a mão no ombro do Wolf e começou a falar com calma.
     — Calma, Finn. Ele foi preso. Já os outros que estavam com Jeff foram os que chamaram a Polícia, ainda irão conversar com eles, mas com certeza algo irá acontecer. Não adianta ficar nervoso e querer mata-los. Acredite, eu queria isso. Mas Millie precisa da gente aqui, precisa de você.
     — Você disse que algo desabou... ela stá bem? Falou em coma induzido? Por quê isso? — sua voz voltou a ser de preocupação.
      — Ela teve que passar por uma cirurgia e no meio dela, houve complicações. Tiveram que induzir um coma ou Millie teria grandes problemas. Temos sorte que o Doutor Ross é um grande cirurgião.
     — Eu quero ver a Millie, por favor, me deixe ver a Millie?
     — Claro que sim, Finn. Vou falar com a enfermeira e então você vai vê-la, está bem?
     Finn não conseguiu responder, apenas abraçou o pai de sua amada. Alex sorriu. Aquele garoto estava preocupado com a sua filha, ele estava alí querendo estar com ela. E da sua maneira, isso era uma prova de amor e Alex sabia disso.
     Um dos médicos da equipe do Ross passou e Alex o chamou.
      — Doutor, desculpe incomodar, mas podemos entrar para ver Millie novamente? Um amigo dela acabou de chegar.
      — Sinto muito, Sr. Sparks. Mas no momento a equipe está no quarto monitorando as atividades cerebrais da Millie. Assim iremos saber se ela ainda está tendo ataque epiléptico ou algum outro problema que possa nos impedir de tira-la do coma induzido.
     — Compreendo... mas, pode me dizer quantas horas isso demora?
     — Isso depende de como estão as atividades. Mas estou sendo informado a todo insrante e assim que possível eu volto para dar a notícia que a visita está liberada.
     — Obrigado, Dr. Ahmad.
     Finn ficou muito desanimado quando ouviu a notícia. Ele não poderia fazer nada, apenas sentar e esperar. Isso o incomodava muito. Alex, Finn comprimentaram o restante da família de Millie e logo em seguida se sentaram para aguardar o horário da visita.

     Enquanto isso, na Carolina do Norte o Jade, Will, Nate e Ryan estavam sentados numa lanchonete. As mesas ficam fora do estabelecimento. Todos estavam beliscando os lanches que haviam pedidos. O desânimo e preocupação também tinha atingindo cada um deles.
     — Finn mandou mensagem para algum de vocês? — perguntou Will.
     — Não, cara. Não faz nem 5 minutos que você perguntou isso outra vez. — respondeu Nate.
     — Estou tão preocupada com a Millie... — disse Jade olhando para baixo.
     — Ela vai ficar bem, Jade. É sério! Se fosse algo muito sério Finn já teria nos falado. Vocês sabem que quando é assim, Finn sempre nos manda mensagem. — Ryan tentava tirar aquele clima triste que estava entre eles.
     — Espero que sim, Ry. Amo muito a Mills.
     Todos ficaram em silêncio novamente, Jade olhava ao redor para tentar se distrair com o movimento e acabou encontrando.
      — Não olhem agora, mas o senhor Hill acabou de entrar na farmácia do outro lado da rua. — disse Jade que não tirava os olhos.
     — Hill? Pai da Amber Hill? — disse Will fazendo careta - Faz muito tempo que ele não vem pra Carolina do Norte.
     — Verdade. Deve estar férias do trabalho, talvez? Ou apenas de passagem. Só sei que aquele cara me dá calafrio. — falou Nate.
     — Ele é a única pessoa que Amber mostra ter medo. Lembro do pré da escola que eles eram muito unidos, mas depois que ele foi trabalhar fora e quando veio visitar a filha e a encontrou bêbada, a relação mudou demais. — Ryan falou.
     — Encontrou ela bêbada? Como sabe disso Ry? — perguntou Nate.
     — Um dos caras que Amber saía junto fazia basquete comigo. Ele falava várias coisas. Sr. Hill ficou furioso com ela.
     — Então quer dizer que Amber tem medo dele? — Jade falava bem devagar e pensativa.
     Os meninos se olharam com se perguntavam um para o outro o que a loira estaria tramando.
     — Eu disse que acabaria com a Amber por causa do que ela fez. Eu esperava fazer algo que a envergonhasse na frente de todos, achava que era o que ela temia. Mas agora mudei de ideia.
     — Nate, a sua namorada é vingativa. Nunca termine com ela! — Will falou sério tentando segurar o riso.
     — Droga, eu estou preso!
      Todos começaram a rir.
     — Certo, meninos. Chega de gracinha! Ryan, descubra aonde Amber está. Nate e Will, fiquem de olho no Sr. Hill, vão me mandando notícias de onde ele está. — disse Jade enquanto se levantava apressada.
     — Está bem... mas aonde você vai, amor? Não quer ajuda? — perguntou Nate.
     — Não! Só vou pegar umas coisas em casa. Se apressem! Não deixem a Amber saber que o dia dela chegou. — deu um sorriso largo e depois se distanciou.

(Concluída) O Amor Mora ao Lado (Fillie)Onde histórias criam vida. Descubra agora