Cap. 13

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De manhã...     

Acordei mais cansada ainda. Abri os olhos lentamente, vi que estava tudo a mesma coisa, porém, a luz do dia invadia o quarto de uma forma incrível.

— Está melhor? — olho para o meu lado direito, onde Caleb estava pela última vez que eu o vi, era Lorenzo. Mesmo sem olhar minha primeira impressão foi ele, eu sabia, aquela voz...

— Mais ou menos. — suspiro.

— Nossa, como você está rouca. — sorri.

— Muito? — risos. Ele assente.

— O médico disse que você vai receber alta hoje à tarde. E também que você terá que tomar muitos remédios.

— Aff. — coloco a mão direita no rosto.

— Ah, para, vai. — dá risada. — São só uns oito remédios. — tiro a mão do rosto e encaro ele. — Tô zuando. São só três. Eu juro. — continuo séria. — É, ué. Esperava que não tomasse nenhum? — risos.

— Cadê o Calleb?

— Foi trabalhar. Disse para eu ficar aqui contigo.

— Mas você também não trabalha? — faço cara de desintendida.

— Sim, mas hoje a agência está fechada.

— Que horas são?

— 11h30.

— Hum... — olho para minhas mãos.

— Está com fome? — assinto. — Vou buscar alguma coisa para você comer, a comida do hospital é horrível.

— Não, mas você vai gastar dinheiro comigo? — balanço a cabeça negativamente.

— Sim. Não vejo problemas. Ou você quer comer aquela papa até levar alta? — dou risada. — Já volto.

Lorenzo é um homem muito bonito. Tem seus cabelos curtos, num corte moderno, sempre mantendo eles arrumados. Tinha uma barba bem rasa, dando um charme total para sua face. Igual a do... Enfim.

Confesso que estar ali naquele quarto era muito chato. Percebi agora que a TV estava ligada num canal de desenho animado. Bob Esponja. Bom, melhor do que nada, não é mesmo?

Lorenzo On

Quinze minutos depois...

— Desculpa a demo... — assim que abri a porta e ia terminar de falar, vejo Jade assistindo desenhos, bem interessada. Ela olha para mim esperando que eu continuasse. — O restaurante estava cheio mas consegui trazer macarrão ao molho branco. Eu sei que não é algo que se deseja comer num hospital mas não tinha quase nada que você poderia comer nesse estado. Estou até quebrando as regras você nem poderia estar comendo massas. — risos.

— Tudo bem, obrigada. Você já fez muito só em gastar seu dinheiro comigo. — reviro os olhos.

— Eu faria por qualquer um. — sorri simpático.

— Que horas exatamente você quis dizer que eu iria sair desse lugar? — pergunto olhando para ele e abrindo a marmita.

— 15h00.

[...]

— Eu vou pegar uma peça de roupa e seus chinelos na sua casa, pode ser? — assinto.

Após ele sair uma enfermeira entra, quase na mesma hora.

— Olá, vim trazer alguns avisos já que está quase na hora da sua alta. O médico receitou esses remédios. — me entrega uma folha. — À cada oito em oito horas o comprimido ********, quatro em quatro o ***********, e ao acordar e antes de dormir a pomada para ajudar na cicatrização. — assinto, concordando com as informações. — Para tomar banho pode tirar a faixa, porém, tem que colocar uma nova. Daqui quinze dias você volta para podermos tirar os pontos, tudo bem?

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora