Cap. 28

1.8K 92 5
                                    

— Hello. — chegou até nós sem percebermos.

— Hello. — respondemos após notar sua presença.

— Relatives of Jade Williams? (Parentes de Jade Williams?)

— Yes.

— She fainted because of something psychological. Such as a nightmare, a memory... (Ela desmaiou por causa de algo psicológico. Como um pesadelo, uma memória ...)

•••

O médico informou que ela está cedada e que precisa descansar. Pediu para que não fizéssemos perguntas sobre o ocorrido. Segundo ele, ela poderia se estressar e seu quadro piorar. Ele disse também que, por mais simples que a situação pareça ser, teve pessoas que tiveram casos piores que o de Jade. Que já chegaram a ter ataque cardíaco, por exemplo.

Dessa vez não demoramos muito esperando. Uns vinte e cinco minutos depois que ela entrou em uma das salas de exame e o médico veio, mais uns dez minutos já poderíamos subir para visitá-la. E era isso que estávamos fazendo. Ver ela naquela cama de novo me doía. E ainda mais por não saber o motivo de toda aquela euforia. O que me tranquilizava era que ela não estava tão mal como das outras vezes. Não estava pálida nem com muitos aparelhos em volta de si. Apenas no soro e dormindo.

— O que ela disse quando acordou? — Camilla questionou olhando a mesma com os braços cruzados.

— Ela gritou. Depois ela começou a dizer "Não me toca. Não me toca." E mesmo eu tentando acalmar ela, Jade parecia abatida e assustada. Ela negava meu pedido de ajuda, talvez sem saber quem eu era ainda.

— Será que, como o médico disse, ela teve uma lembrança?

— Não sei, Calleb. Mas com quem ou o que ela teria essa lembrança ruim?

— Sei lá, ela já passou por tanta coisa. Difícil de adivinhar.

Me sentei em uma das poltronas, assim como Camilla e Calleb fizeram. Toquei em suas mãos. Ela fez uma careta como se estivesse acordando, coçou os olhos e olhou para mim.

— Como está se sentindo?

— O que eu estou fazendo aqui? — ela parecia bem confusa.

— Você desmaiou.

— Estou cansada. — ela fecha os olhos e depois de alguns segundos volta a abri-los.

— Bom, tente não gastar muitas energias.

Ela fechou os olhos e dessa vez foi permanente. Acho que o soro ajudou nisso.

00h44


Eu estava mexendo no celular esperando o tempo passar. E por mais que eu quisesse que ele passasse isso nunca acontecia. Eu queria ver Jade bem, em casa, logo. Parecia algo impossível!

A porta foi aberta pelo mesmo doutor que falou conosco sobre o estado de Jade antes de entrarmos no quarto. Ele informou que assim que Jade se sentisse bem ela já poderia ir para casa. Ela já tinha recebido alta. Alguns minutos depois despertou um pouco lenta.

— Está melhor? — me levanto, indo até ela.

— Uhum. — diz, apenas. — Já posso ir para casa? Estou me sentindo bem, não tem necessidade de eu permanecer nesse hospital.

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora