Cap. 50

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Peguei uma pá que com certeza algum jardineiro deixou por ali, e bati com tudo em sua cabeça quando ele se aproximou. O mesmo colocou as mãos na cabeça, mas se posicionou novamente, pronto para me atacar de novo. Ai, meu Deus, esse cara não consegue me deixar em paz por menos de um segundo?

Antes que eu pudesse fazer qualquer ação ele me segura pelo pescoço. De onde ele surgiu?

— Você vai ser minha!

Nesse momento meus pés já não estavam mais no chão, e sim, flutuando, como eu.

— Me... Solta. — olho com raiva para ele.

— Me desculpa, cara, mas ela não é de ninguém não. — olho para o dono da voz, era Jake.

Meus sentidos estavam confusos, eu não conseguia processar mais nada depois que Louis apertou meu pescoço com mais força ainda. Finalmente ele me soltou, me fazendo cair de quase sessenta centímetros de altura.

Eu puxava e soltava o ar o mais rápido que eu conseguia. Mas na hora parecia impossível. Só conseguia ver Jake batendo no rosto daquele cretino. Não sei como, mas ele conseguiu dar conta sozinho. Jake tirou, de não sei onde, uma algema. Em poucos golpes conseguiu deixa-lo deitado no chão e prende-lo. Mas, antes, deu tantos socos que achei que iria matá-lo. Embora fosse o que eu queria, vê-lo morto, não era isso que eu queria que Jake fizesse. Não queria vê-lo preso ou acusado de algo por minha causa.

Jake... — sussurro.

Ele fingiu ou realmente não ouviu, continuando a distribuir vários e vários socos naquele idiota.

— Jake, me escuta... — me deu algumas crises de toce. — Deixe esse embuste ser preso apenas por algemas, não com você. Por favor, você não pode matar alguém a base de socos, ser preso, e eu me sentir culpada o resto da vida.

Ele parou o que estava fazendo e se levantou devagar. Talvez não acreditasse no que eu acabará de dizer. Para falar a verdade, nem eu estava acreditando.

Jake finalmente se virou, me olhando de longe. Seu olhar, em meio a escuridão se destacava, como a lua em meio toda a escuridão. Fazia tempo que ele não me olhava daquele jeito. De um jeito diferente. Sem dizer nada, ele abriu o porta-malas, colocando o psicopata lá dentro, logo fechando. Jake ficou um tempo parado antes de qualquer coisa, talvez uns dez segundos. Olhou para mim, começou a se aproximar.

— Você está bem? — toca em meu rosto.

Senti uma onda de eletricidade percorrer o meu corpo com apenas o seu toque.

— Com falta de ar. — digo e respiro lentamente. — Ai...

Senti uma pontada na barriga.

— Fora isso...

— Está tudo bem. — respiro fundo.

— Vem, vou te levar para o hospital e...

— Não, apenas me leve para casa. No...

Jake Dornan

Vi Jade desmaiar em meus braços, aquilo me assustou. Peguei ela no colo, com um pouco de dificuldade abri a porta de trás do carro, colocando-a lá dentro. Peguei também suas compras, deixando tudo no banco do passageiro. Por mais que eu quisesse, era impossível ela passar despercebida.

— Você vai morrer! Vocês todos vão morrer! Esperem só para ver.

Não acredito que aquele babaca ainda tem coragem de falar depois de todos os socos ou ainda com a certeza de ter sido preso.

— Vamos. Mas esse dia não vai ser hoje, nem amanhã, nem depois de amanhã. Você não é Deus, meu caro.

— Não sou mesmo, mas eu mesmo vou matar um por um de todos vocês. Policiais de merda.

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora