O Capitão 2 (Concluído)

Cap. 57

Entrei no carro e fui para o Batalhão. Eu estava num momento em que qualquer coisa minha resposta era "tanto faz". Falei com alguns PM's e seguranças na entrada, como de costume. Entrei na sala que agora eu administrava, isso me dava ódio só de pensar. Mas não era tão ruim assim, eu apenas preferia estar fazendo operações nas ruas. Me sentei na cadeira de frente ao computador, tinha uma enorme lista de relatórios que eu tinha de corrigir. Revirei os olhos e respirei fundo, era o que eu poderia fazer.

Bateram na porta, olhei para a mesma quando ela se abriu.

— Srt. Williams, posso falar com você um momento?

— Claro, sente-se.

Era o Capitão. Não sei o porquê dele estar sendo até que gentil. Geralmente ele é grosso e rabugento.

— O General de Exército pediu para que corrigisse esses relatórios.

— Mais? — arregalo os olhos ao ver aquela pilha de folhas em suas mãos.

— Se não for encomodo...

— Não, não é. — finjo. Eu tinha que dizer isso, aliás, agora que estou administrando a sala de arquivos, é o meu trabalho fazer isso, não posso reclamar.

— Tem certeza?

— Sim. Algo mais? — faço uma cara de tédio.

— Ah, quer café?

Me aproximei de seu rosto, ainda com cada um de nós em um lado da mesa. Encarando bem aqueles olhos negros.

— Fala sério, o que você quer? Tanta gentileza até os santos desconfiam.

— Er... Nada.

— Quem nada é peixe.

— Tá, agora vai falar como uma criança? — ele revira os olhos.

— Jake Dornan! — o repreendo. — Tenho mais o que fazer, diga logo o que você quer.

— Está bem. Você acha que essas flores são melhores que essas? — mostra dois tipos delas no celular.

— Sim, essas são bem mais bonitas. Mas qual seria a ocasião?

— Meu casamento.

Encaro ele. Será que esse ser não me respeita nem no meu próprio trabalho?

— VAI ARRUMAR O QUE FAZER, JAKE DORNAN! — me levanto estressada e empurro ele para fora da minha sala.

— Calma, ainda tem...

Apenas bato a porta na cara dele. Que audácia! Se ele acha que mostrando preparativos de seu casamento ele irá me abalar, ele está muito enganado.

Peguei os relatórios que ele deixou na minha mesa e juntei com os que eu já estava para fazer. Eu estava morrendo de dor de cabeça, isso porque não se passou nem vinte minutos que estou aqui.

— Pode me trazer café? Sim, eu sei, mas quando estou cansada ou com sono eu costumo tomar. Sim, sim, eu não gosto, mas eu quero tomar. Traga para mim dois copinhos por favor, estou precisando urgentemente. Tudo bem, eu espero.

Coloco o telefone no gancho novamente depois de ter pedido café à Jéssica.

Em poucos minutos, depois do que ela disse que ia fazer, a mesma chegou na minha sala.

— Me desculpe, aqui está o seu café.

Jéssica deixou dois copinhos, como eu havia pedido.

— Ok, obrigada. Pode se retirar.

Ela assente e saí. No mesmo instante Diego, Max e Cecília pedem para Jéssica não fechar a porta. Eita, quanta visita para um único dia.