Cap. 22

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Dei um tiro no ombro do segundo, fazendo ele cair no chão.

- Ei! - gritei para um dos homens que trabalhavam lá. - Abre a bolsa do banco do passageiro e pega duas algemas, por favor.

- O que? - ele parecia inseguro.

- Pode entrar. - o tranquilizo.

Depois de tal procedimento rápido, as algemas são jogadas no chão, parando em meus pés. Sinto um braço ao redor do meu pescoço, me fazendo perder totalmente o ar. Dou uma cotovelada no rosto dele, fazendo o mesmo se distanciar com as mãos no nariz, que deveria estar sangrando ou algo do tipo.

- Bomba, vamos nos entregar. - o que estava no chão levanta a cabeça e logo após a deita de novo no chão. - Eu estou machucado, está doendo.

- Não, chegamos até aqui. Vamos acabar com esse policial. - fala com sangue nos olhos.

"Nossa amor, nosso filho tem tanta sorte em ter você como pai. Ele terá orgulho de te chamar como um."

- Por favor, você também está, vamos logo nos entregar. Nossa saúde em primeiro lugar. - implora com os olhos fechados.

- Pensasse nisso antes de se voltar para o lado do crime. - falo. - E relaxa, você não vai morrer. Isso é drama. Sei onde acertei e sei também que não dói tanto assim. - encaro ele no chão.

- Você vai morrer! - o sujeito distante diz.

- Não hoje. - sorrio irônico.

Algemo o cara no chão apontando a arma para o outro. Foi tranquilo algemar ele. Até porque, acho que a "dor" dele importava mais.

- Por bem ou mal, amigo? - coloco as mãos na cintura.

- Eu não vou ser preso por um policial depois de tudo que planejamos. - responde com desgosto.

- Um... - aponto minha arma para ele. Ah, até tinha esquecido, mas a arma dos dois tinham caído muito longe deles. - Dois... Dou um tiro no pé dele, para assustar.

- Aahhh... - ele coloca a mão direita no pé direito, onde eu atirei. Emitiu um som de dor. - Tabom, tabom... - olha para mim com cara de sofrimento. - Eu me entrego. - junta as mãos para a frente. Algemo ele também.

Olho para a moça do caixa, que estava apavorada.

- Me desculpe por isso. Sinceramente.

- Eu tenho que agradecer à você. Provavelmente a uma hora dessas eu estaria morta, ou quase. - suspira aliviada.

- Bom, agora preciso que responda algumas perguntas para mim, tudo bem? - assente.

Uns minutos depois os policiais chegaram em uma viatura. Terminei as perguntas, anotando numa folha que ela deu. Os policiais entraram.

- Desculpa a demora. - um deles diz, parecia sincero.

- Não... - dou uma pausa. - Tudo bem.

- Mas... Você conseguiu prender eles sozinhos? - o segundo arregala os olhos, não acreditando.

- É, não foi tão fácil, mas consegui. - sorrio sem mostrar os dentes. - Bom, tenho as respostas das perguntas que fiz para a vitima feita de refém. - olho para a moça e ela sorri. Nem percebi direito durante todo o ocorrido, mas ela aparentava ter uns quarenta anos, parecia que cuidava e se importava com a aparência. - Quando eu chegar no Batalhão vou fazer o relatório. Bom, poderiam tirá-los daqui e levá-los para a delegacia para fazerem a ficha? Eu informo para o Matheus que vocês vão para lá e o que vão fazer, ele vai estar ciente de tudo. - eles assentem.

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora