Cap. 36

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O avião pousou no aeroporto do Rio às nove e quarenta. Me levantei do acento, pegando minhas malas pequenas no espaço em cima de mim. Saí do avião já sentindo aquele ar de casa. Peguei minhas malas grandes um tempo depois. Luna não veio comigo. Tinha que ter atestado médico, carteira de vacinação em dia, entre outros milhões de documentos burocráticos.

Mas como Lorenzo ia vir no próximo sábado, 3, ia aproveitar para fazer os últimos exames e renovar a carteirinha de vacinação dela com últimas vacinas adicionais. Também fazer documentos de vôos aéreos e etc. Assim, logo mais ela moraria comigo.

Peguei um táxi que já estava à espera. Era até um alívio entrar num transporte e não precisar falar inglês, mas também estranho ao mesmo tempo.

— Para onde quer ir, moça? — pergunta após terminar de botar minhas malas no porta-malas.

— Para ***** ******.

— Ok.

O caminho foi tranquilo. Rápido também. Em quarenta minutos, mais ou menos, eu cheguei no portão do Batalhão. Nossa, como isso mudou! O incrível, era que, por mais que os muros estivessem com a pintura renovada, os portões diferentes, enfim, muitas coisas que mudaram, ainda sim, continuava o Batalhão que eu conheci à três anos atrás.

— Murilo, quanto tempo!! — abraço um dos seguranças camaradas que eu tinha amizade.

— Jade Williams, que bom que está de volta!! — me abraça apertado. — Os outros vão ficar felizes em te ver por aqui novamente.

— É, eu espero. — risos.

Continuei andando pelo caminho de paralelepípedos. Passei pelo estacionamento, ficando próxima da quadra. Tinham muitas pessoas em treinamento ali. Voltei alguns corredores, parando em frente à sala do Delegado. Bati algumas vezes, logo ouvi um "entre".

Abri a porta, dando de cara com uns seis policiais.

— Jade Williams!! — o Delegado levantou sorridente, vindo me abraçar.

— Delegado, que saudade. — sorrio, abraçando o mesmo.

— Nem me fale, Jade. Você é uma das melhores policiais. — risos.

— Que exagero.

— Não, é apenas a verdade. Não é àtoa que foi para Nova York à três anos atrás, ser capitã.

— Foi um sorteio.

— Destino. — corrige, rindo.

— Tabom, então. — me rendo. — Prazer. — digo para geral, que estavam curiosos, olhando nossas ações.

— Jade Williams... Já ouvimos falar de você. — um deles se pronunciou.

— Hum, coisas boas? — sorrio.

— Ótimas. — ele retribui o sorriso. — Voltou?

— Sim, agora é permanente.

— Jade, você será ajudante local, tudo bem?

Ajudante local era para informar ou obedecer ao capitão como uma segunda voz, depois de sua (seu) ajudante fixo. Como um segundo olho.

— Tudo bem, tudo bem. Quem é o capitão?

— Jake Dornan.

Aquele nome me deu um frio na barriga. Ainda era ele? Nossa.

— Ainda ele?

— Sim. Se não quiser podemos transferir...

— Não, está tudo bem. Não podemos levar o lado pessoal para o profissional. — sorrio, sem graça.

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora