Cap. 72

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Jade Williams

Três dias depois... 18/04

Hoje finalmente era a alta de Jake. Eu estava tão feliz!! Hoje também completo cinco semanas de gestação, e a minha maior vontade era poder contar a Jake tudo o que estou sentindo. A alegria. Mas isso era impossível. Pelo menos agora.

- Já colocou ração para a Penélope?

- Sim. Ela estava um pouco carente. - Diego entorta os lábios.

- Do que vocês estão falando? - me intrometo.

- Penélope é a cachorra de Jake. - Nathan explica.

- Sério? Ele tem uma? - sorrio.

- Sim. Uma dálmata.

- Aaahhh, que fofo!!! Será que eu posso levá-la para a minha casa enquanto estiver cuidando dele? - faço aquela cara de pidona que ninguém resiste.

- Vai dar conta? - eles riram.

- Claro que sim. E além do mais, fiz amizades com todos do condomínio. Sem falar que sou super amiga do síndico. Esse é o segredo. Ser amigo de todos. - pisco. - Eles adoram a Luna, claro que eles vai adorar um dálmata.

- Tudo bem, então.

Os pais de Jake ja tinham trago roupas para ele, o mesmo já tinha vestido elas, só estava no quarto esperando o horário de sua alta. O médico queria que ele ficasse mais tempo, só para garantir, mas vendo a vontade de Jake ele o liberou.

- Vamos para casa? - abri a porta do quarto, vendo ele sentado na cama, olhando para seu pé, engessado.

- Vamos. - ele sorri de lado.

- O que foi? Está... Triste. - me aproximo, segurando suas mãos e o olhando. Seu olhar voltou para os pés.

- Não sei, eu só... Não me acostumei a ser um bebê adulto agora. - ele suspira.

- Por que diz isso?

- Jade, olha para onde eu estou indo. Olha quem eu me tornei. Eu estou indo para outra casa, porque depois que se perde a memória, a pessoa fica debilitada e não consegue fazer mais as coisas de antes, até porque, não se lembra da própria casa. Agora você tem que cuidar de mim, sabe por que? Porque, como se não bastasse apenas perder a memória, eu também quebrei o pé, o meu braço e ainda torci o pescoço. O que tem de bom nisso? - seus olhos enchem de lágrimas.

- Ei. - sorrio, segurando o seu rosto com as duas mãos. - Isso é ótimo! Você está vivo, eu vou cuidar de você, você vai melhorar, e não esquece que ainda tem chances de se lembrar de tudo.

- As chances são mínimas. - ele revira os olhos.

- Não importa, podemos enfrentar a ciência. Podemos mostrar, juntos, para esses médicos, que as conclusões deles foram precipitadas. Mas para isso, você tem que ter força de vontade, ok? Determinação.

- Eu vou tentar.

- Não, não é isso que eu quero ouvir. Você vai conseguir.

- Eu vou conseguir. - sorriu de lado.

- Você sorrindo é bem melhor do que chorando.

- Eu não estava chorando. - ele arqueia uma das sobrancelhas.

- Ah, tá, o bonitão vai fingir que nada do que eu vi aconteceu. É isso mesmo?

- Eu fiquei emocionado. É diferente. - risos.

- Orras. Muito diferente. Seus pais compraram essa muleta para você, acho que percebeu a presença dela. - me refiro à que estava do outro lado do quarto, próximo à janela, da qual estava atrás de Jake, fazendo com que ficasse contra a luz.

O Capitão 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora