O Capitão 2 (Concluído)

Cap. 29

•Jade Williams On•               24/05

A semana passou voando! No meu trabalho estava dando tudo certo, ainda bem que não vim para Nova York à toa. Eu sabia que os Delegados de ambos os Batalhões não iam me desapontar. Ah, sem falar nas pessoas maravilhosas que conheci. No final de semana passado eu, Calleb, Lorenzo e Camilla, fomos para o aniversário de um colega da faculdade que Camilla cursa, jornalismo. Ele deu a maior festona, uma social, na verdade. A casa dele encheu como nunca. Fiz amizade com Dylan e Katherine. São americanos, claro, mas são bem legais. Dificilmente arrumamos amizades ou conhecemos alguém legal aqui. As pessoas são frias e bem distantes. Não gostam muito de abraços e beijos, toques físicos. E como eu sou brasileira isso é bem difícil para mim, que chego alegrando tudo e querendo fazer milhões de amigos. Na volta fiquei zoando Camila, que ficou caidinha pelo americano gato.

Hoje eu estou de folga. Agradeci mentalmente por isso, eu estava precisando mesmo de um tempo para mim. Camilla deixou claro que hoje íamos ao shopping fazer algumas compras. E por isso estou me arrumando nesse exato momento.

— Esse ou esse? — pergunto para mim mesma me olhando no espelho com os dois cabides e uma calça pendurado em cada. — Acho que esse está bom.

Decidi a roupa que eu ia ir depois de quase meia-hora. Peguei uma das calças que eu segurava mesmo, lavagem escura, e um casaco enorme e de pelos no guarda-roupa. Ô friozinho...

Coloquei uma touca de crochê fino, caída, bem estilosa. E duas botas de cano longo. Peguei a minha bolsa e meu celular, tranquei a casa e esperei por Camilla, que combinou de me buscar.

Vi sua BMW branca se aproximando. Os vidros estavam abertos, causando muita euforia antes de eu entrar.

— Amigaaaa!!! Entra aí, hoje vamos fazer a limpa no seu guarda-roupa. Você esqueceu que agora mora em um lugar frio? — ri de sua empolgação.

Camilla era um pouco doidinha... Tabom, completamente doida, mas sabia ter noção das coisas. Era alegre, divertida, simplesmente incrível.

— Vamos sim, comprei poucas coisas desde que cheguei aqui. — abro a porta do passageiro e entro.

— Mas, e aí, como vai com o Lorenzo?

Olha para mim com um sorriso malicioso após parar num sinal vermelho. 

— Ai, amiga, é complicado. — mordo os lábios.

— Por que? Você é solteira, ele é um gato, e ainda é um príncipe. — risos.

— Eu sei, eu sei. Mas esse é o meu medo. Talvez ele esteja se jogando de cabeça e eu não esteja preparada para receber alguém tão especial e genial em minha vida.

— Eu não quero me intrometer, a vida é sua, você sabe as decisões que toma, mas eu me arriscaria. Ele esteve ao seu lado até agora, acho que deveria lhe dar uma chance. Mas você que sabe. — diz enquanto dirige.

— É, mas acho que para tudo tem seu tempo. Se for para acontecer, vai acontecer. — sorrio. — Eu cansei de dar valor para alguém que não me deu.

— Sim, compreendo. Ei, sexta à noite promete, hein... — ela sorri festeira.

Fiquei um pouco pensativa.