O Capitão 2 (Concluído)

Cap. 20

Jake Williams On  05h00  dia seguinte

O despertador tocou. Pela primeira vez na vida eu não queria acordar para ir trabalhar. Eu estou bolado já faz duas semanas. A minha quase morte, foi falha. Minha dor só aumenta, eu não sei o que eu faço! A pior besteira que eu fiz foi deixá-la ir. Sei lá, talvez eu deixasse, mas iria junto. Não sei, a saudade está matando.

— Jake? — Lucca abre um pouco a porta.

— O que? — pergunto, apenas.

— Pensei que tinha se atrasado. Ultimamente você fica mais nesse quarto do que no resto do apartamento.

— Eu estou bem. Não se preocupe. — respondo sem expressão no rosto e sem emoção na voz.

Ele apenas fecha a porta e sai. Pego um porta-retrato na cabeceira da cama. Fico olhando para ele, sofrendo, lembrando do dia.

Flashback On

— Jake! Me bota no chão! — a gargalhada dela suava tão bem aos meus ouvidos... — Está todo mundo olhando! — ela ri mais.

— Eu te amoooo!!!! O mundo precisa saber!!! — grito enquanto girava com ela em minhas costas.

— Não precisam saber. Você é meu mundo. — parece sorrir.

— Que clichê! — Jonas chega onde estamos. — Eu deveria continuar ajudando os outros nas compras das coisas do piquenique. — revira os olhos.

— Eu amo essa garota mais do que amo à mim mesmo. Ela é meu tudo. Se ela está mal, se ela está em apuros, a maior parte de mim também está. — olho para cima de meus ombros, para ela, e sorrio. Selamos nossos lábios em meio sorrisos bobos.

— Aff. — Jonas ri.

Flashback off

Lembro que Flávia chegou toda, toda, e já pegou o celular para tirar uma foto. Só que na hora em que ela bateu a foto Jade tinha se desequilibrado e estava com uma perna para o alto e seus braços apertando meu pescoço firmemente. Enquanto mantinha um lindo, perfeito, e único sorriso no rosto. Saiu com os olhos fechados, bem espontânea. Enquanto eu estava com a boca aberta, com a língua para fora, também com os olhos fechados. Foram um dos muitos momentos que já vivemos juntos.

Depois que uma lágrima insistente caí sob meu peitoral descoberto, percebo que eu tinha que me arrumar e deixar isso de lado. Me levantei, deixei o retrato em cima da cama. Caminhei até a mesa onde faço meus relatórios e trabalho em casa, pegando a minha camisa, da qual eu tinha deixado ali na noite passada. Procurei minha farda no guarda-roupa, peguei, vestindo rapidamente. Apenas carrego o celular na mão, do que estava em cima da cabeceira, finalmente saindo do quarto. Não, eu ainda voltei após fechar a porta, para pegar minha bolsa. Pronto, agora sim. Escovo os dentes, lavo o rosto, em seguida, passando pela cozinha.

— Ei, come algo aí, cara. — Matheus oferece alguns tipos de pães e coisas para o café da manhã, enquanto estava em pé comendo um pouco de cada coisa rapidamente.

— Não, valeu. Estou sem fome. — passo direto, indo para a sala.

— Impossível alguém acordar e não sentir fome. Você está de jejum, pode passar mal.

— Tá tudo bem. Eu compro algo depois. Estou atrasado. — fecho a porta do apartamento após pegar a chave do meu carro e dizer aquilo.

Eu não me encontrava em condições de dirigir, eu sabia disso, mas nada importa. Começou a tocar 1kilo - Deixe-me ir na rádio. Era a nossa música. Desde o início falávamos que lembrava da gente.