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Oliver já havia contado tudo a Casser e agora estavam na enfermaria do castelo,para que Casser pudesse extrair seu sangue e dá-lo a Oliver para o ritual; também já lhe havia devolvido o cordão de leão,Oliver teria que retornar logo para Osen ou criaria mais problemas com o rei.
Casser se virou para ele com o pequeno frasco contendo o líquido escarlate em mãos.

-Aqui está -Disse -Meu sangue,espero que o ajude com o ritual.

Oliver arqueou uma sobrancelha,um sorriso repuxando o canto de sua boca.

-Espero que seja um rei justo,ou não funcionará. -Disse o rapaz.

-Ah,Oliver -Disse Casser,empurrando-o para sair da sala. -Se não funcionar,terá de procurar algum rei ou rainha justo o suficiente.

-Creio que deve funcionar.-Disse Oliver,rindo e dando tapinhas nas costas do amigo.

Casser trancou a enfermaria usando a mente e em seguida se virou para ele.

-Sobre a guerra -Continuou Oliver,pousando a mão no ombro do amigo -É bom que prepare seus melhores homens,trarei mais informações assim que puder.
Casser colocou a mão enluvada no braço de Oliver.

-Até lá,espero que você já esteja de volta para seu posto. -Falou.

Mas Oliver notou que Casser não olhava para ele, espiava algo nos jardins lá fora; ele limpou a garganta.

-Ahn...é muito bonita essa moça que está hospedada no castelo. -Comentou.
Casser piscou e desviou sua atenção para ele.

-O quê?

-Sim,essa moça que está vivendo aqui -Disse Oliver -É muito bonita.

-Não reparei. -Respondeu Casser.

Oliver cruzou os braços.

-Não reparou? ora vamos,meu amigo -Ele disse -Eu vi a forma como olha para ela desde que estavam em Osen!

Casser franziu a testa e o encarou de olhos cemicerrados.

-Olho para ela como olho para todos,Oliver Garcia. -Respondeu o rei.

Oliver soltou um breve riso incrédulo.

-Se demorar muito para se declarar -Advertiu Oliver,em tom confidencial -Outro o fará. -Concluiu,olhando na direção de Joaquin no jardim principal.

Casser fechou a cara novamente e Oliver lhe deu tapinhas no ombro.

-Preciso voltar a Osen -Disse -Trarei mais notícias em breve,até logo meu amigo.

O rei apenas assentiu,sério e assistiu enquanto Oliver partia; mas não levou muito tempo para voltar a espiar Carolina e Joaquin no jardim.

O rei apenas assentiu,sério e assistiu enquanto Oliver partia; mas não levou muito tempo para voltar a espiar Carolina e Joaquin no jardim

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Ele chegara em Osen pouco antes do jantar,fora para seu quarto e após um banho quente e roupas limpas,fora jantar com o rei e sua mãe.

-Como passou seu dia,meu filho? -Indagou o rei na sala de jantar.

Oliver lançou um olhar gélido para o pai.

-Como queria que eu o passasse? -Rebateu o rapaz -Trancafiado neste lugar,é claro.

O rei limpou a boca com um guardanapo e em seguida se virou para Beatrisse ao seu lado.

-E você,meu amor? -Perguntou -Espero que tenha se divertido com costuras e...

-Cale-se! -Disse Oliver,entre dentes. -Não dirija a palavra á minha mãe!

O rei riu e cortou mais um pedaço de carne.

-Tenho notícias para você,meu filho -Disse -Amanhã começaremos os treinos intensificados para a guerra,e quero você no comando. Sei que era o comandante da guarda real de Casser,e quero que seja aqui também. Você fiscalizará as armas que estão sendo produzidas,o desempenho dos homens e escolherá os melhores para a guerra. Logo enviarei o primeiro ataque ao rei Casser e então oficializarei que estamos em guerra.

Oliver apenas o encarava com fúria,sua mãe permanecia silenciosa,mas atenta.

-Tenho um informante sobre os passos do rei Casser -Informou o rei -Quantos homens ele tem,quantos convocará e quem integrará sua tropa.

Aquilo fez o semblante de Oliver converter-se em surpresa e choque,não era possível que o rei de Osen tivesse um informante no castelo de Casser; um traidor,alguém dentro do castelo estava apunhalando Casser pelas costas. Ele pousou o garfo.

-Quem? -Indagou -Quem é seu espião?

O rei bebericou o vinho e o olhou pela borda do copo.

-Isso muito lhe interessa não é? -Disse -Vejo que tem grande apreço por seu antigo rei,mas não o julgo. O fato é que isso não interessa agora,amanhã quero você de pé logo ás primeiras horas da manhã; Não desafie seu pai,Oliver.

Dito isto,o rei se levantou e deixou a sala de jantar. Oliver teria que agir rápido,se quisesse sair e tirar sua mãe e Isadora daquele lugar e assim ajudar Casser. limpou a boca e levantou-se.

-Onde vai filho? -Perguntou Beatrisse,o rosto preocupado.

-Tenho algumas coisas pendentes -Respondeu Oliver -Fique tranquila,logo deixaremos este lugar.

Contornou a mesa e beijou o rosto de sua mãe,em seguida saiu para cumprir o que lhe faltava.

Quando Oliver chegou ao local indicado para o ritual já era tarde da noite,antes de partir ele precisara conferir se o rei iria fiscalizar o diário sob a banheira em seus aposentos,mas isso não acontecera; então Oliver aguardara que o rei adormece...

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Quando Oliver chegou ao local indicado para o ritual já era tarde da noite,antes de partir ele precisara conferir se o rei iria fiscalizar o diário sob a banheira em seus aposentos,mas isso não acontecera; então Oliver aguardara que o rei adormecesse e saltou pela janela de seu próprio quarto,seguira ás escondidas para as terras negras afastadas de Osen.

Ele tinha todos os itens,agora só precisava agir rápido para a conclusão do ritual e buscar as respostas na Terra das almas escravizadas. Ele uniu os itens que conseguira sobre um pequeno altar de pedras improvisado e arrancou um fio vermelho de seu cabelo como pedia as instruções,em seguida derramou todo o conteúdo do frasco que conseguira com Isa sobre as pedras; colocou seu cordão de leão e por último o sangue de Casser foi derramado; após isso,ele deu três voltas no altar de costas como mandava as escrituras. Prendeu a respiração,esperava que funcionasse,pois só assim conseguiria entrar na Terra das almas escravizadas e também esperava que a garotinha que o ajudara lhe estendesse a mão novamente. Ela dissera a ele que garantiria sua entrada no outro mundo,mas como ela faria aquilo? Oliver começava a investigar mentalmente,quando uma chama azul se firmou diante dele; o rapaz se levantou perplexo,funcionara.

E então,de repente não havia mais chama azul; ele olhou ao redor por aquele novo mundo cinzento e frio,vozes longínquas e repletas de dor e morte sussurravam em sua mente; havia entrado na Terra das almas escravizadas.








Rei Das Cinzas - Sombra Das águas (livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora