02

96 13 0
                                    

Suas pernas doíam devido ao excesso de tempo que passara sobre o cavalo na ida para o castelo de Casser; Ela se esforçara o melhor que pôde para manter-se longe do homem que montava atrás dela (soldado de Casser),mas isso fora impossível. O rei Casser cavalgara á frente de seu pequeno grupo de homens (ou criaturas,Carol não saberia dicernir),ele estivera em silêncio durante todo o percurso; virando-se vez ou outra na direção dela,como se para fiscalizar se ela estava sob controle ou se não o atacaria com alguma espécie de poder.

Mas Carol também mantivera-se silenciosa,não adiantaria espernear ou tentar qualquer outra coisa; ela estava presa á Casser e sabia que seria suicídio tentar se livrar dele ali. Pensou em Luid e se ele se sentiria aliviado por tê-la longe agora,ou se viria atrás dela; nenhuma das opções a agradavam,no entanto,já sentia uma saudade enorme dele. Mas Ana Pullper estava certa,ela deveria deixá-lo fora de seu destino desastroso; Luid já havia feito muito por ela e era grata por isso.

Quando as torres do castelo de Casser surgiu diante de seus olhos,Carol respirou fundo e preparou-se para mais problemas.

A cabeça de Luid latejava quando ele abriu os olhos,o fim de tarde iniciava-se no horizonte e ele podia enxergar o sol se escondendo atrás das águas do mar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A cabeça de Luid latejava quando ele abriu os olhos,o fim de tarde iniciava-se no horizonte e ele podia enxergar o sol se escondendo atrás das águas do mar...mar? Ele sentou-se tão abruptamente,que a dor atingiu-o com uma pontada na cabeça.

-Ahhh -Gemeu,segurando a cabeça.

-Beba isto,logo vai passar. -Disse Tom logo acima dele.

Ele segurava um recipiente de madeira,contendo um líquido escuro que Luid afastou com uma mão. Ele franziu a testa para o pai e olhou ao redor,só poderiam estar em Chketu.

-P-pai...não me diga que...

-Ana nos trouxe para cá,achou que ficaríamos a salvo aqui se a guerra se estendesse. -Contou Tom.

Luid entrelaçou os dedos nos cabelos e fechou os olhos por um momento,em seguida vasculhou com os próprios á procura de sua irmã; ela estava sentada na areia,brincando com a mesma há alguns passos dali; respirou aliviado,mas não por muito tempo.

-Carolina. -Lembrou-se. -Onde está Carolina? -Ergueu os olhos verdes para seu pai.

O silêncio que se seguiu foi perturbador,então após um tempo Luid se levantou e ignorando a dor aguda na cabeça,perguntou:

-Ela não está morta,está?

Os olhos de Tom eram cautelosos e indecifráveis,a brisa que vinha do mar agitou um pouco seus cabelos castanhos quando ele respondeu:

-Não sei,meu filho. Não sei.

Rei Das Cinzas - Sombra Das águas (livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora